Em um texto marcado por ironia fina, Michael Moore fala sobre a formação de um império do qual faz parte e que tenta com seu talento alertar para os rumos da marcha da insensatez que os EUA trilham .
A quem pretendemos
enganar?
Michael Moore. Foto: Youtube.
Ah, Estados Unidos! Passamos de separar aos bebês indígenas de
seus pais (e depois exterminá-los), a roubar bebês de seus pais escravos (e
depois revendê-los como escravos), a construir um país baseado no trabalho
infantil (trabalhando em fábricas desde os oito anos), a encarcerar meninos
japoneses - americanos em campos de concentração, a permitir que sacerdotes
abusem sexualmente de meninos durante décadas, a forçar baldes de xarope de
milho alto em frutose pela garganta dos meninos até que a metade deles façam
parte de uma epidemia de obesidade infantil, a converter nossas escolas em
campos de extermínio porque amamos nossas armas mais que amamos a nossos meninos.
A quem pretendemos
enganar? Basta de se
fazer surpresos de que Trump está sequestrando meninos latinos, separando de
seus pais, fingindo que isso “não é o que somos”. Sim, o
é. E SEMPRE foi. Não digam que Trump está violando “nossos valores estadunidenses”.
Abusar de meninos é um valor histórico estadunidense. Estejam orgulhosos, estadunidenses:
Trump somos nós.
Para acabar com esta loucura temos que parar de nos contar
contos de fadas sobre o passado e confrontar o presente, pondo o corpo na linha
de fogo, em defesa destes meninos. Averiguem, na zona onde vivem, onde estão presos
os meninos que a Segurança Nacional sequestrou - 18 estados têm cárceres onde
prenderam estes meninos; em minha área,
Grand Rapids (Missouri), estão em “Bethany Christian Services”, lugar financiado
por Betsy DeVos. Vayan , rodeiem o
edifício e não se retirem até que esses meninos se reúnam com seus pais. Se
esses fossem seus filhos, é EXATAMENTE o que fariam. Eles são seus filhos.
Fonte: cubadebate on line Nov/2018
Alojamento para crianças filhos de imigrantes nos EUA
O Comandante Fidel Castro sempre alertou que não deveríamos odiar o povo norte-americano, mesmo porque se trata de um povo irmão manipulado pelos sucessivos (des) governos daquele país. Moore nos prova que mais uma vez o Comandante estava certo.
E segue a caravana:
SOLIDARIEDADE COM A AMÉRICA CENTRAL
Os irmãos centro-americanos vão em busca de um ressarcimento de todos os bens saqueados pelos Estados Unidos. A pobreza e o saque das riquezas destas nações irmãs são responsabilidade do império do norte e dos títeres e lacaios que eles designaram para que os governe mal.
Conclamamos a um protesto mundial .
Não ao massacre dos migrantes centro-americanos.
MISÉRIA QUE CAMINHA
Dizem-lhe caravana
a esta miséria que caminha,
à dor descalça pelas rotas do planeta
e há fronteiras feitas de metralha e desprezo
como uma linha de morte sedenta de sangue
enquanto a ditadura é uma comparsa
que lhe rende honra à ignomínia
porque o lugar onde nasceram
é um país inóspito chamado oligarquia
e preferem morrer em algum outro lugar
antes que nos bairros do despojo
que é o mesmo que dizer inferno,
não aparece um deus a dividir as águas
e há que cruzar a nado os rios da morte
até que a indiferença
deixe de ser nosso maior pecado,
e a humanidade inteira marche pela justiça.
a esta miséria que caminha,
à dor descalça pelas rotas do planeta
e há fronteiras feitas de metralha e desprezo
como uma linha de morte sedenta de sangue
enquanto a ditadura é uma comparsa
que lhe rende honra à ignomínia
porque o lugar onde nasceram
é um país inóspito chamado oligarquia
e preferem morrer em algum outro lugar
antes que nos bairros do despojo
que é o mesmo que dizer inferno,
não aparece um deus a dividir as águas
e há que cruzar a nado os rios da morte
até que a indiferença
deixe de ser nosso maior pecado,
e a humanidade inteira marche pela justiça.
William Pérez Vega © 4 de novembro 2018
Texto original:
MISERIA
QUE CAMINA
Le
dicen caravana
a esta miseria que camina,
al dolor descalzo por las rutas del planeta
y hay fronteras hechas de metralla y desprecio
como una línea de muerte sedienta de sangre
mientras la dictadura es una comparsa
que le rinde honor a la ignominia
porque el lugar donde nacieron
es un país inhóspito llamado oligarquía
y prefieren morir en algún otro lugar
antes que en los barrios del despojo
que es lo mismo que decir infierno,
no aparece un dios a dividir las aguas
y hay que cruzar a nado los ríos de la muerte
hasta que la indiferencia
deje de ser nuestro mayor pecado,
y la humanidad entera marche por la justicia.
a esta miseria que camina,
al dolor descalzo por las rutas del planeta
y hay fronteras hechas de metralla y desprecio
como una línea de muerte sedienta de sangre
mientras la dictadura es una comparsa
que le rinde honor a la ignominia
porque el lugar donde nacieron
es un país inhóspito llamado oligarquía
y prefieren morir en algún otro lugar
antes que en los barrios del despojo
que es lo mismo que decir infierno,
no aparece un dios a dividir las aguas
y hay que cruzar a nado los ríos de la muerte
hasta que la indiferencia
deje de ser nuestro mayor pecado,
y la humanidad entera marche por la justicia.
William Pérez Vega © 4 de noviembre
2018
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