A celebração do Dia da Cultura Cubana destaca uma profunda homenagem e reconhecimento da primeira vez que o Hino Nacional foi cantado, em 20 de outubro de 1868.
Em 1868, Cuba e Porto Rico eram duas das colônias remanescentes do que um dia foi o grande império espanhol na América, expandido a sangue e fogo com base na exploração e destruição dos povos nativos.
Em 10 de outubro daquele ano, com o levante em La Demajagua, liderado pelo Pai da Pátria, Carlos Manuel de Céspedes, e um grupo de compatriotas destemidos e honrados, teve início a luta contra o colonialismo, que durou 30 anos e foi abortada pela intromissão oportunista de um império emergente: os Estados Unidos.
10 dias após o início da luta pela emancipação, de acordo com os textos históricos, “ainda sob a agitação do triunfo da independência na cidade de Bayamo, o patriota Pedro Figueredo Cisneros, o Perucho, cruzou as pernas em seu cavalo e escreveu em uma folha de papel o texto da marcha que foi imediatamente entoada por todos os presentes”.
A marcha, também conhecida como o Hino de Bayamo, foi instituída como o Hino Nacional na Constituição de 1901 e inclui duas das seis estrofes originais do texto escrito por Perucho. Essas estrofes retratam o sentimento de amor à pátria, a decisão de defendê-la, com o custo da própria vida, e de se dedicar absolutamente ao gesto emancipatório que acabava de começar.
A data do Dia da Cultura foi oficializada por decreto do Conselho de Ministros, em 22 de agosto de 1980, reconhecendo o elevado simbolismo dessa canção guerreira que reflete o patriotismo de um povo que, desde o início de sua luta pela independência, fundiu-se em uma única nacionalidade, a cubana, e consolidou sua própria cultura com a herança dos europeus, indígenas, africanos e chineses que, com seu sangue e esforço, regaram a epopeia libertadora, forjaram um povo e moldaram os conceitos de consciência nacional e cultura cubana imbricados em outro: a Cubanía.
O artigo 2 da atual Constituição da República de Cuba estabelece: os símbolos nacionais são a Bandeira da Estrela Solitária, o Hino de Bayamo e o Brasão da Palma Real.
No Dia Nacional da Cultura, prestamos uma merecida homenagem a todas as manifestações. A cultura, em um sentido elementar, mas a cultura como parte da superestrutura abrange várias manifestações além das artísticas e literárias, é expressa na criatividade e autenticidade dos cubanos na música, dança, artes visuais e cênicas que têm reconhecimento internacional e destacam a qualidade de seus profissionais e também dos amadores que amam essas manifestações.
Em um processo revolucionário, a cultura tem logicamente uma ampla projeção, sendo portadora de valores que a inspiram, como a liberdade, a dignidade, o amor à pátria, o internacionalismo, a identidade e o senso de justiça.
Portanto, não é coincidência que os inimigos da revolução promovam a desesperança, o esquecimento histórico, a ignorância de seu país e de sua forma de governo, bem como os valores superficiais e consumistas nos quais baseiam seu sistema.
156 anos depois de ter sido cantado pela primeira vez, as notas do Hino Nacional permanecem plenamente válidas e continuam a nutrir o patriotismo e a capacidade de resistência da nação cubana, determinada a derrotar o cerco da maior potência do mundo e a construir a sociedade à qual a maioria do povo aspira.
Al combate corred, bayameses / que la Patria os contempla orgullosa / No temáis una muerte gloriosa / que morir por la Patria es vivir. / En cadenas vivir es vivir / en afrenta y oprobio sumido. / Del clarín escuchad el sonido / ¡A las armas, valientes, correden /
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