6 de ago. de 2020

É cubano o enfermeiro que salvou um bebê argelino contra o peito

O bebê está salvo, não fará parte das 15.000 crianças menores de cinco anos que morrem diariamente de pobreza e doenças curáveis, segundo a UNICEF

O enfermeiro cubano, José Alberto Oliva, salvou a vida de um  recém- nascido Foto:  de Facebook

Outra criança africana, neste caso argelino, perdeu o ser que lhe deu a vida. Ele perdeu muito cedo. Ela partiu sem ele gaguejando a sílaba e a palavra sagrada; a primeira que todo ser humano tenta dizer: «ma, ma; mamãe".

Esse mundo desigual e egoísta, aquele que detém poder e riqueza às custas da dor de milhões, de bebês órfãos e mães de coração partido, este mundo deixou outro inocente sem a mãe.

Duplamente emocionantes, a notícia veio através de Tele Pinar, desta vez do local do evento: a província de Ouargla, no sul da Argélia, a mais de 9.200 quilômetros de Pinar del Río, lar de um "estranho" que atravessa esses limites e salva a vida do infeliz bebê. Por alguma associação rara psicológica, quando descobri o que aconteceu, a memória me deu um nome: Angiel, outro anjo, abandonado há 12 anos, sob os escombros e na noite do Haiti.

Dizem que o terremoto derrubou a casinha precária de Angiel, e a pequena, sem a menor noção do que estava acontecendo, rastejou pela escuridão, até que sentiu algo delicado e ainda quente. Instintivamente, esperou até o amanhecer; era um braço de sua mãe, morta sob os escombros.

 No meio da tragédia a garota viu alguns seres chorarem - também "estranhos" - que respiraram aliviados e a salvaram. Aqueles, como o enfermeiro de Pinar del Río, José Alberto Oliva, o salvador do garoto argelino, pertencem ao mesmo "exército": são cubanos de jaleco branco chamados de "escravos" por mercadores de ódio.

A mãe do inocente africano morreu de COVID-19 e a criança contraiu a doença. José Alberto, junto com outros colegas cubanos, ajudou a salvá-lo, apoiado por um método que eles chamam de "pele com pele, ou canguru". A imagem diz mais que um milhão de palavras; ali está José Alberto, com o homenzinho pressionado contra o peito; embalou-o e devolveu o calor levado pela pandemia.

O bebê está salvo, não fará parte das 15.000 crianças menores de cinco anos que morrem diariamente de pobreza e doenças curáveis, segundo a UNICEF.

Os inocentes e milhares como ele vivem e viverão porque milhares de cubanos andam pelo mundo, dando saltos de amor, mais altos e mais bonitos que os dos cangurus, para salvar ...


             Para participar da Campanha:  cubanobel.org/assine_a_peticao


A campanha é para a nomeação ao Nobel da Brigada Médica Cubana :  médicos, enfermeiros, técnicos, etc

Tradução; Carmen Diniz

Autor: José LLamos Camejo | internet@granma.cu

6 de agosto de 2020 00:08:39

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