29 de ago. de 2020

#FreeAssange

 A audiência em Londres para decidir a extradição do jornalista  Julian Assange será na segunda-feira 7 de setembro. Petição on line reivindica que ele não seja extraditado para os Estados Unidos. 

Repórteres Sem Fronteiras (RSF) se opõe firmemente à possível extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, onde poderia ser condenado a até 175 anos de prisão por acusações que incluem publicar e fornecer aos jornalistas informações que atendem ao interesse público.

ATUALIZAÇÃO: A audiência de extradição dos EUA contra Julian Assange será retomada em 7 de setembro no Tribunal Criminal Central de Londres. Estaremos entregando esta petição às autoridades do Reino Unido naquela manhã. Ajude-nos a alcançar nossa meta de 100.000 assinaturas assinando e compartilhando!


O uso da Lei de Espionagem pela Administração Trump pode levar à condenação de Assange e a uma sentença de até 175 anos de prisão. Isso abriria um precedente perigoso para todos os jornalistas que publicam informações classificadas de interesse público.

Em retaliação por seu papel de facilitar revelações importantes na mídia internacional sobre a maneira como os Estados Unidos conduziram suas guerras, Assange enfrenta 18 acusações nos EUA, incluindo 17 sob a Lei de Espionagem. Um tribunal do Reino Unido irá considerar o pedido de extradição dos EUA a partir de 24 de fevereiro.

Os supostos crimes de Assange datam de 2010, quando a organização que ele fundou, o WikiLeaks, transmitiu documentos aos meios de comunicação, incluindo Le Monde, The Guardian e The New York Times.

Os documentos, fornecidos ao WikiLeaks pela denunciante Chelsea Manning, incluíam 250.000 telegramas diplomáticos dos EUA e milhares de relatórios internos do exército dos EUA, em sua maioria confidenciais, sobre operações militares no Iraque e no Afeganistão. A sua divulgação expôs casos de tortura, rapto e desaparecimentos:

     


                                          https://www.youtube.com/watch?v=UaqY12VHFv4

A publicação desses documentos pelos meios de comunicação era claramente de interesse público, e não um ato de espionagem. A contribuição de Julian Assange para o jornalismo é inegável.

Assange buscou refúgio na Embaixada do Equador em Londres por sete anos, mas, como resultado de uma mudança de governo no Equador, ele foi liberado para as autoridades do Reino Unido e preso em 11 de abril de 2019.

A RSF exorta o governo do Reino Unido a priorizar os princípios da liberdade de expressão e a defesa do jornalismo no tratamento de Assange e a agir de acordo com a lei do Reino Unido e as obrigações internacionais de direitos humanos do país.

RSF está preocupada com a saúde de Assange. Depois de visitá-lo na prisão de Belmarsh, em Londres, em 9 de maio, o relator especial da ONU Nils Melzer relatou que Assange havia sido deliberadamente exposto a tratamento desumano e degradante que poderia ser descrito como tortura psicológica.

Todos os dias, as organizações de notícias contam e publicam informações classificadas para servir ao interesse público. Se a perseguição legal a Assange continuar, o jornalismo investigativo e a liberdade de imprensa serão as vítimas.

Por questão de urgência, assine esta petição solicitando que o Reino Unido não acate o pedido dos Estados Unidos de extraditar Julian Assange. Compartilhe este apelo usando a hashtag #FreeAssange!

https://rsf.org/en/free-assange

Tradução : Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

Mais do assunto:  

 https://www.brasildefato.com.br/2020/08/27/reporteres-sem-fronteiras-lanca-abaixo-assinado-contra-extradicao-de-julian-assange

Mais sobre o caso e o vídeo no YouTube:

https://www.brasildefato.com.br/2020/08/28/diretor-de-doc-sobre-assange-mundo-precisa-saber-o-que-realmente-esta-acontecendo

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