13 de jun. de 2025

NÃO É SÓ UMA ESPERANÇA. É UMA CERTEZA. (Port/Esp)

                                 

No topo do Monte Pascoal, território indígena: pela Palestina livre, do rio ao mar!                                                                                                               

Em 22 de abril de 1500, os portugueses avistaram pela primeira vez o que viria a ser chamado de Brasil. O local desse avistamento foi o Monte Pascoal. Hoje, estou aqui, no mesmo Monte Pascoal — o primeiro pedaço de terra visto pelos colonizadores. Neste lugar simbólico, onde teve início a invasão e o roubo das terras indígenas, caminho ao lado do povo Pataxó — que, após séculos de violência, resistência e luta, permanece vivo, firme e em retomada do que é seu por direito: seu território, sua cultura, sua dignidade.

Visto uma camisa que diz “Viva a Palestina Livre” porque acredito que as lutas se conectam. O que o Estado de Israel faz hoje com o povo palestino é genocídio. É ocupação militar, é limpeza étnica, é o apagamento sistemático de uma história e de um povo. Assim como os povos originários das Américas foram massacrados em nome de impérios, hoje a Palestina sangra sob as bombas, muros e cercas de um Estado que busca apagar sua existência.

Mas a história nos ensina: não se apaga um povo que resiste. O povo Pataxó está aqui — vivo, presente e enraizado nesta terra ancestral. E o povo palestino também seguirá: resistindo, lutando, e reconquistando seu direito à terra, à autodeterminação e à paz. A ocupação não é eterna. A justiça, sim. A luta por liberdade e justiça é inabalável.

Este lugar é um símbolo poderoso de resiliência. A história do povo Pataxó prova que a justiça pode prevalecer, que a verdade pode emergir, e que a terra, uma vez tomada, pode — e deve — ser devolvida aos seus verdadeiros guardiões.

Que a força e a resistência do povo Pataxó nos inspirem a seguir lutando pela libertação da Palestina. Que a memória do passado e a esperança no futuro nos guiem na construção de um mundo mais justo, digno e livre para todos.

Viva a Palestina Livre!                                                                                            

   Leandro Bertoldi

Nota do Comitê Carioca : Leandro é médico, formado na Escola Latino-Americana de Medicina (Cuba)  e diretor executivo da SMI (Sociedade Médica Internacional) ligada à ELAM

                                                     


NO ES SOLO UNA ESPERANZA. ES UNA CERTEZA.

 

En la cima del Monte Pascoal, territorio indígena: ¡por una Palestina libre, desde el río hasta el mar!

El 22 de abril de 1500, los portugueses avistaron por primera vez lo que más tarde se llamaría Brasil. El lugar de ese avistamiento fue el Monte Pascoal. Hoy estoy aquí, en el mismo Monte Pascoal, el primer pedazo de tierra que vieron los colonizadores. En este lugar simbólico, donde comenzó la invasión y el robo de las tierras indígenas, camino junto al pueblo Pataxó, que, tras siglos de violencia, resistencia y lucha, sigue vivo, firme y recuperando lo que es suyo por derecho: su territorio, su cultura, su dignidad.

Llevo una camiseta que dice «Viva la Palestina Libre» porque creo que las luchas están conectadas. Lo que el Estado de Israel está haciendo hoy con el pueblo palestino es genocidio. Es ocupación militar, es limpieza étnica, es el borrado sistemático de una historia y de un pueblo. Al igual que los pueblos originarios de América fueron masacrados en nombre de los imperios, hoy Palestina sangra bajo las bombas, los muros y las vallas de un Estado que busca borrar su existencia.

Pero la historia nos enseña que no se puede borrar a un pueblo que resiste. El pueblo Pataxó está aquí, vivo, presente y arraigado en esta tierra ancestral. Y el pueblo palestino también seguirá resistiendo, luchando y reconquistando su derecho a la tierra, a la autodeterminación y a la paz. La ocupación no es eterna. La justicia, sí. La lucha por la libertad y la justicia es inquebrantable.

Este lugar es un poderoso símbolo de resiliencia. La historia del pueblo Pataxó demuestra que la justicia puede prevalecer, que la verdad puede salir a la luz y que la tierra, una vez tomada, puede —y debe— ser devuelta a sus verdaderos guardianes.

Que la fuerza y la resistencia del pueblo Pataxó nos inspiren a seguir luchando por la liberación de Palestina. Que la memoria del pasado y la esperanza en el futuro nos guíen en la construcción de un mundo más justo, digno y libre para todos.

¡Viva Palestina Libre! 

Leandro Bertoldi

Nota del Comité Carioca: Leandro es médico, graduado en la Escuela Latinoamericana de Medicina (Cuba) y director ejecutivo de la SMI (Sociedad Médica Internacional), vinculada a la ELAM.







10 de jun. de 2025

CUBA, A BATALHA DOS MEGABYTES. UMA REALIDADE CONSTRUÍDA.

                                         

 cubaporsiempre

    Uma nova onda midiática, buscando replicar em menor escala o roteiro desestabilizador de 11 de julho de 2021, vem se desenrolando contra Cuba. Manchetes sensacionalistas como "Greve histórica na Universidade de Havana" (El Mundo), "Estudantes ampliam protesto" (Infobae), "Universitários em greve" (Diario de las Américas), "Descontentamento em Cuba explode nas universidades" (El País), "Estudantes cubanos realizam protesto inusitado" (Los Angeles Times) e "A faísca de aumento de tarifas acende o desencanto político em Cuba" (EFE) têm inundado a imprensa internacional, projetando uma imagem de caos e crise que não corresponde à realidade. Enquanto as universidades cubanas optam pelo diálogo entre estudantes e autoridades, esses veículos de comunicação, juntamente com pseudoveículos financiados pelo NED (National Endowment for Democracy) de Miami, fabricam uma narrativa de protestos massivos e desestabilização, construindo uma realidade paralela.

    Os congressistas cubano-americanos de Miami, María Elvira Salazar, Carlos Giménez e Mario Díaz-Balart, também desempenharam um papel fundamental.Em 2021, o dia 11 de julho marcou uma reviravolta nas tentativas de desestabilização contra Cuba. Aproveitando as dificuldades econômicas, exacerbadas pelo bloqueio americano, e o aumento das infecções por COVID-19, atores externos orquestraram protestos amplificados pelas redes sociais e pela mídia. Imagens manipuladas, como as do Egito em 2011, apresentadas como protestos cubanos, e hashtags como #SOSCuba foram usadas para gerar uma percepção de crise total.Cinco anos depois, em 2025, o roteiro se repete, mas com um novo pretexto: o descontentamento estudantil com o aumento das tarifas de internet.

      Estudantes universitários cubanos expressaram críticas legítimas às novas tarifas da ETECSA, exigindo conectividade justa e transparência. No entanto, embora a universidade e as autoridades governamentais tenham iniciado um diálogo para atender a essas demandas, essas preocupações foram transformadas online na narrativa de uma "rebelião estudantil". Essas manchetes não refletem a realidade: não houve greves generalizadas ou manifestações em massa, mas sim discussões construtivas. A Federação de Estudantes Universitários (FEU), embora inicialmente questionasse as tarifas, distanciou-se dos protestos construídos, acusando a mídia externa de manipular o descontentamento. Essa distorção informacional, apoiada pela "realidade aumentada" das mídias sociais, busca deslegitimar as instituições cubanas e projetar um país à beira do colapso. Repetindo táticas clássicas de "guerra de quarta geração", o objetivo é claro: gerar agitação e pressionar toda a sociedade a se juntar a um movimento fictício.

    Um dos pontos-chave desta campanha é Agustín Antonetti, operador da direitista Fundación Libertad, conhecido por seu papel em campanhas de desinformação contra governos progressistas na América Latina. Antonetti participou de operações fraudulentas e de bots contra Evo Morales na Bolívia e Andrés Manuel López Obrador no México. Sua presença confirma a repetição de um manual projetado para desestabilizar, financiado do exterior e executado com algoritmos que priorizam a desinformação.

     A trama do 11J também inclui o uso de figuras públicas para legitimar o discurso desestabilizador. Em 2025, artistas estrangeiros como Melendi, durante um show, agitaram a bandeira cubana e exclamaram "Viva minha Cuba livre!" — um gesto que, embora apresentado como espontâneo, se alinha com a campanha midiática. Alejandro Sanz, por sua vez, emitiu uma declaração no X apoiando a "juventude cubana", sem mencionar o diálogo em curso nas universidades ou o contexto de manipulação. Essas intervenções, longe de serem de apoio, reforçam uma narrativa que ignora a realidade cubana e busca alimentar o descontentamento.

    Em 2021, Salazar acusou o governo cubano de "fechar a internet" para ocultar os protestos, alegação que ela apoiou com apelos à ação. Em 2025, os três congressistas emitiram declarações incendiárias, exigindo sanções contra Cuba e incentivando os estudantes a se "levantarem" contra o governo. Essas posturas cínicas buscam inflamar o clima e justificar a intervenção externa.

     No entanto, elas fracassaram. Os protestos em massa nunca se materializaram, nunca aconteceram, e os meios de comunicação que noticiaram com tanta intensidade as "manifestações" não publicaram sequer uma única foto de um estudante sendo reprimido pela polícia. O presidente Miguel Díaz-Canel chamou essas campanhas de "ofensiva brutal" de desinformação, destacando que os próprios estudantes rejeitaram essa manipulação. A resiliência do povo cubano e sua capacidade de distinguir entre demandas legítimas e narrativas fabricadas por algoritmos frustraram esses planos de desestabilização.

    A "batalha dos megabytes" é mais um capítulo de uma guerra midiática que tenta desestabilizar Cuba, explorando o descontentamento estudantil para projetar uma crise inexistente. Manchetes sensacionalistas, contas falsas e vozes de influenciadores fazem parte de um roteiro, mas Cuba se recusa a ceder. Essa determinação em criar uma realidade virtual de caos colidiu com a verdade: um povo que superará o obstáculo e, unido, enfrentará a desinformação e o imperialismo digital. 

A batalha não é por megabytes, mas pela dignidade de uma nação que resiste!

https://micubaporsiempre.wordpress.com/2025/06/10/cuba-la-batalla-de-los-megas-una-realidad-construida/#more-57

Trad: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

30 de mai. de 2025

POR QUE "ISRAEL" NÃO VENCEU GAZA APÓS 600 DIAS DE GUERRA ? (PORT/ESP)

                           

O desejo de Netanyahu em Gaza é matar por bombardeios e de fome o máximo possível dos 2,1 milhões de palestinos do enclave. 

por Sayid Marcos Tenório* 

  Tenho acompanhado os comentários de vários analistas publicados em portais de vários países, inclusive de “israel”, questionando o desempenho do exército sionista, que mesmo após mais de 600 dias de intenso bombardeio aéreo e terrestre contra Gaza, nenhum dos três objetivos da guerra foi alcançado pelo regime nazi sionista de Netanyahu.

    E as questões mais frequentes levantadas por estes analistas são “por que ‘israel’ ainda não acabou com o Hamas?”, “por que isso está acontecendo?”, “por que o Hamas ousa e parece indestrutível?”, o que demonstra a incapacidade de entender que o Hamas é um adversário resiliente e o povo palestino tem a determinação de permanecer nas suas terras e enfrentar por todos os meios aqueles que juraram sua destruição. 

   Apesar da destruição da infraestrutura e da morte de líderes proeminentes da Resistência, “Israel” não alcançará a vitória em Gaza e não conseguirá destruir o Hamas, que continua respirando e resistindo, e forçando o exército sionista a retornar repetidamente às mesmas áreas.

  A conclusão inicial que podemos ter é a de que a “máquina de guerra” do estado judeu não apenas falhou como se meteu em uma guerra eterna em Gaza, que enfraqueceu seus líderes, causou divisões na sociedade israelense e exaustão em suas forças militares. Além dos milhares casos de soldados afastados por problemas psiquiátricos e do elevado número de suicídios. “Israel” precisa saber que pode vencer cada batalha, mas perderá a guerra.

  O desejo de Netanyahu em Gaza é matar por bombardeios e de fome o máximo possível dos 2,1 milhões de palestinos do enclave. E está fazendo isso diariamente com exacerbados e visível crueldade, sem que as potências ocidentais tomem qualquer iniciativa além da retórica, para estancar o genocídio e garantir o respeito ao direito internacional humanitário.

  O plano de esvaziar Gaza tem falhado dia após dia, mesmo diante das rompantes fascistas de Donald Trump, pois, centenas de milhares de palestinos que haviam sido expulsos e convencidos com promessas falsas, continuam retornando para suas casas desde o recente cessar-fogo, embora não houvesse mais nada delas.

  Nos mais de 600 dias de guerra em Gaza, “israel” usou uma força muitas vezes maior que a usada pelos EUA na Guerra do Vietnã, que durou 19 anos e provocou a morte de mais de 966 mil vietnamitas. No Vietnã, os EUA lançaram cerca de 15 toneladas de explosivos por quilômetro quadrado, enquanto Israel lançou 275 toneladas por quilômetro quadrado em Gaza desde 7 de outubro de 2023 — um número 18 vezes maior!

  Diante deste cenário catastrófico, não se viu até agora nenhuma palavra pública de condenação ao genocídio e aos crimes antissemitas de “israel” contra os árabes muçulmanos em Gaza, dita pelos lábios de Mohammed bin Salman, o príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita; nem pelo presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed Al Nahyan; ou pelo emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al Thani. Mas o abandono solene por eles dos verdadeiros heróis do mundo árabe, que estão sendo mortos de fome e bombardeados até a morte.

  A determinação dos palestinos de permanecer e morrer em suas terras, e o apoio crescente da opinião pública mundial, que está se voltando rapidamente contra Israel, são fatores que levarão o povo palestino a conquista do seu Estado. Observe que este apoio está se infiltrando inclusive nos grupos de centro e de direita e está firmemente estabelecido na esquerda. Rotular críticas legítimas ao genocídio como antissemitas, não está mais funcionando como antes. Essa bala de prata já foi disparada.

  Ao tentar varrer a Palestina do mapa, “Israel” tornou o mundo inteiro Palestina. Dezenas de milhões de pessoas têm se mobilizado nas ruas das capitais do mundo em apoio ao povo palestino. Ao tentar sitiar o povo de Gaza, o sionismo sitiou a si mesmo e parece estar em declínio terminal, ao ponto de historiadores sionistas, como Yuval Noah Harari, prever o fim do sionismo.

 A guerra genocida de “Israel” contra o povo palestino na Faixa de Gaza, utilizando todos os tipos de armas, munições e bombas internacionalmente proibidas, bombardeando indiscriminadamente escolas e hospitais protegidos pelo Direito Humanitário Internacional, não conseguiu nem será capaz de alcançar nenhum dos seus objetivos agressivos, principalmente o de aniquilar a resistência palestina.

  A única conquista que Israel pode ostentar são os crimes de guerra, o genocídio, o assassinato em massa de crianças e mulheres, a destruição de infraestruturas e a eliminação de todos os aspectos da vida na Faixa de Gaza. Enquanto isso, o povo palestino exibe excepcionais imagens de paciência, resiliência, patriotismo, apego à pátria e apoio incondicional à sua resistência.


*Sayid Marcos Tenório é historiador, especialista em Relações Internacionais e vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal). Autor do livro Palestina: do mito da terra prometida à terra da resistência (Anita Garibaldi/Ibraspal).

Participe: https://www.antigenocidepledge.com/               antigenocidepledge.com/


En español : 

¿Por qué «israel» no ha vencido a Gaza tras 600 días de guerra?

El deseo de Netanyahu en Gaza es matar con bombardeos y hambre al mayor número posible de los 2,1 millones de palestinos del enclave.

por Sayid Marcos Tenório

He seguido los comentarios de varios analistas publicados en portales de varios países, incluido «Israel», que cuestionan el desempeño del ejército sionista, que incluso después de más de 600 días de intensos bombardeos aéreos y terrestres contra Gaza, ninguno de los tres objetivos de la guerra ha sido alcanzado por el régimen nazi sionista de Netanyahu.

Y las preguntas más frecuentes planteadas por estos analistas son «¿por qué Israel aún no ha acabado con Hamás?», «¿por qué está sucediendo esto?», «¿por qué Hamás se atreve y parece indestructible?», lo que demuestra la incapacidad de comprender que Hamás es un adversario resistente y que el pueblo palestino está decidido a permanecer en sus tierras y enfrentarse por todos los medios a quienes han jurado su destrucción.

A pesar de la destrucción de la infraestructura y la muerte de destacados líderes de la Resistencia, «Israel» no logrará la victoria en Gaza ni conseguirá destruir a Hamás, que sigue respirando y resistiendo, y obligando al ejército sionista a regresar repetidamente a las mismas zonas.

La conclusión inicial que podemos sacar es que la «máquina de guerra» del Estado judío no solo ha fracasado, sino que se ha metido en una guerra eterna en Gaza, que ha debilitado a sus líderes, ha causado divisiones en la sociedad israelí y ha agotado a sus fuerzas militares. Además de los miles de casos de soldados apartados por problemas psiquiátricos y del elevado número de suicidios. «Israel» debe saber que puede ganar cada batalla, pero perderá la guerra.

El deseo de Netanyahu en Gaza es matar con bombardeos y hambre al mayor número posible de los 2,1 millones de palestinos del enclave. Y lo está haciendo a diario con una crueldad exacerbada y visible, sin que las potencias occidentales tomen ninguna iniciativa más allá de la retórica para detener el genocidio y garantizar el respeto del derecho internacional humanitario.

El plan de vaciar Gaza ha fracasado día tras día, incluso ante las arrebatos fascistas de Donald Trump, ya que cientos de miles de palestinos que habían sido expulsados y convencidos con falsas promesas siguen regresando a sus hogares desde el reciente alto el fuego, aunque ya no queda nada de ellos.

En los más de 600 días de guerra en Gaza, «Israel» ha utilizado una fuerza mucho mayor que la empleada por Estados Unidos en la guerra de Vietnam, que duró 19 años y provocó la muerte de más de 966 000 vietnamitas. En Vietnam, Estados Unidos lanzó alrededor de 15 toneladas de explosivos por kilómetro cuadrado, mientras que Israel ha lanzado 275 toneladas por kilómetro cuadrado en Gaza desde el 7 de octubre de 2023, ¡una cifra 18 veces mayor!

Ante este escenario catastrófico, hasta ahora no se ha escuchado ninguna palabra pública de condena al genocidio y a los crímenes antisemitas de «Israel» contra los árabes musulmanes en Gaza, pronunciada por Mohammed bin Salman, príncipe heredero y gobernante de facto de Arabia Saudí; ni por el presidente de los Emiratos Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed Al Nahyan; ni por el emir de Catar, el jeque Tamim bin Hamad al Thani. Pero el abandono solemne por parte de ellos de los verdaderos héroes del mundo árabe, que están siendo asesinados de hambre y bombardeados hasta la muerte.

La determinación de los palestinos de permanecer y morir en sus tierras, y el creciente apoyo de la opinión pública mundial, que se está volviendo rápidamente contra Israel, son factores que llevarán al pueblo palestino a la conquista de su Estado. Obsérvese que este apoyo se está infiltrando incluso en los grupos de centro y de derecha y está firmemente establecido en la izquierda. Tachar de antisemitas las críticas legítimas al genocidio ya no funciona como antes. Esa bala de plata ya ha sido disparada.

Al intentar borrar Palestina del mapa, «Israel» ha convertido al mundo entero en Palestina. Decenas de millones de personas se han movilizado en las calles de las capitales del mundo en apoyo al pueblo palestino. Al intentar sitiar al pueblo de Gaza, el sionismo se ha sitiado a sí mismo y parece estar en declive terminal, hasta el punto de que historiadores sionistas, como Yuval Noah Harari, predicen el fin del sionismo.

La guerra genocida de «Israel» contra el pueblo palestino en la Franja de Gaza, utilizando todo tipo de armas, municiones y bombas prohibidas internacionalmente, bombardeando indiscriminadamente escuelas y hospitales protegidos por el Derecho Internacional Humanitario, no ha logrado ni podrá lograr ninguno de sus objetivos agresivos, principalmente el de aniquilar la resistencia palestina.

El único logro que Israel puede presumir son los crímenes de guerra, el genocidio, el asesinato masivo de niños y mujeres, la destrucción de infraestructuras y la eliminación de todos los aspectos de la vida en la Franja de Gaza. Mientras tanto, el pueblo palestino muestra una excepcional paciencia, resiliencia, patriotismo, apego a la patria y apoyo incondicional a su resistencia.


Sayid Marcos Tenório es historiador, especialista en Relaciones Internacionales y vicepresidente del Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal). Autor del libro Palestina: del mito de la tierra prometida a la tierra de la resistencia (Anita Garibaldi/Ibraspal).



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O Ministério das Relações Exteriores convoca o Encarregado de Negócios dos EUA para protestar contra sua conduta desrespeitosa.

                         
 

     Nesta sexta-feira, 30 de maio, o Ministério das Relações Exteriores convocou o Encarregado de Negócios dos EUA para chamar sua atenção, mais uma vez, para o comportamento intrometido e hostil que ele tem demonstrado desde que chegou a Cuba, o que é impróprio de um diplomata e desrespeitoso ao povo cubano.

  O diretor de Assuntos Bilaterais do Departamento de Estado dos EUA, Alejandro García del Toro, entregou uma nota verbal de protesto ao diplomata, expressando seu firme repúdio à sua conduta, que viola a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e contradiz o Acordo para o Restabelecimento das Relações Diplomáticas assinado entre os dois governos.

  García del Toro enfatizou, conforme descrito na nota verbal entregue, que ao incitar cidadãos cubanos a cometer atos criminosos graves, atacar a ordem constitucional ou encorajá-los a agir contra as autoridades, ou a se manifestar em apoio aos interesses e objetivos de uma potência estrangeira hostil, o diplomata está se envolvendo em conduta provocativa e irresponsável. Acrescentou que a imunidade de que goza como representante de seu país não pode ser usada como cobertura para atos contrários à soberania e à ordem interna do país em que está credenciado, neste caso Cuba.

  A nota verbal do ministério também rejeitou a manipulação pública e insultuosa ao herói nacional José Martí pelo encarregado de negócios. Isso mostrou ao estadunidense que ele desconhece que a independência e o anti-imperialismo, como pilares da nação cubana, baseiam-se na convicção e no alerta de José Martí sobre o perigo que o desejo de dominação dos Estados Unidos representa para Cuba.

  O diretor aproveitou o encontro para entregar ao diplomata cópias de fragmentos da carta inacabada de José Martí ao seu amigo mexicano Manuel Mercado.

https://cubaenresumen.org/2025/05/30/convoca-el-minrex-al-encargado-de-negocios-de-estados-unidos-en-protesta-por-su-conducta-irrespetuosa/

Fonte: CubaMINREX

@comitecarioca21




28 de mai. de 2025

RAÚL CAPOTE, EX-AGENTE CUBANO: BIG TECHS VÃO SUBSTITUIR HOLLYWOOD NA GUERRA CULTURAL DOS EUA.

Raúl Capote: "Estamos enfrentando um fascismo que, como sua própria natureza sempre indicou, não tem escrúpulo algum" (Imagem: Gerada por IA)
                                 

Em entrevista, o ex-infiltrado na CIA fala sobre as faces do novo imperialismo sob Trump e explica que agora as corporações podem fazer guerra economizando milhões de dólares

 Geraldina Colotti  - Resumen Latinoamericano - Tradução: Ana Corbisier

No último mês de março, a Universidade de Havana celebrou o 20º aniversário da Telesur, o canal de notícias multiestatal criado por Fidel Castro e Hugo Chávez, em julho de 2005, no marco da ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), com o objetivo de enfrentar o “latifúndio midiático” na América Latina. O canal é hoje representado por uma ampla delegação de jornalistas e operadores, liderada por sua diretora, Patricia Villegas. Foram instalados estandes dedicados à Palestina e um grande palco para concertos e espetáculos culturais, pronto para receber a noite de encerramento do 4º Colóquio Internacional Pátria, com o lema “Somos povos tecendo redes”.

Três dias de seminários, encontros, conferências e debates animados por prestigiados convidados nacionais e internacionais (mais de 400, provenientes de 47 países): jornalistas, intelectuais, editores e comunidades organizadas no campo da comunicação alternativa. Foi uma ocasião também para celebrar o 133º aniversário da criação do Patria, o jornal fundado por José Martí, que concebia a pátria como “humanidade”. Um conceito aplicado hoje contra as “pequenas pátrias” xenófobas, os fechamentos e as fronteiras impostas pelo “tecnofeudalismo” de Donald Trump.

Havana não parece ter sido afetada pela enésima rodada de apagões que acaba de terminar, e que não abalaram o bom humor dos cubanos: “Quando há sol, aproveitamos a praia; quando não há, aproveitamos para ficar em casa e fazer amor”, nos conta um trabalhador que limpa o jardim. No meio de um pequeno grupo de jovens com piercings e tranças, encontramos Raúl Capote Fernández, jornalista do diário Granma, analista político e ex-agente da segurança do Estado de Cuba. O resultado deste diálogo você confere a seguir.

 

Geraldina Colotti – Tendo se infiltrado na CIA e conhecido por dentro os planos de desestabilização contra Cuba, sua perspectiva é privilegiada para observar o que está acontecendo hoje. O que mudou desde que você deixou de ser um agente operativo? Como vê a situação com a chegada de Trump?

Raúl Capote – Estamos vivendo uma situação muito complexa, realmente muito difícil, porque com o ressurgimento dos fascismos em todas as suas variantes no mundo, com um governo de ultradireita nos Estados Unidos, com uma visão totalmente diferente daquela a que estávamos habituados, inclusive dentro do próprio império estadunidense, isso agrava as coisas em muitos sentidos: porque estamos diante de uma direita organizada, articulada, com um propósito definido, e a resposta que demos a partir da esquerda foi uma resposta, poderíamos dizer, desarticulada.

Apesar de termos nos reunido muitas vezes, conversado, tentado organizar um programa antifascista a nível internacional, não tivemos a possibilidade — talvez por razões que exigiriam uma análise muito mais profunda — de criar realmente uma frente antifascista com tudo o que as circunstâncias exigem: porque estamos enfrentando um fascismo que, como sua própria natureza sempre indicou, não tem escrúpulo algum.

Ou seja, vivemos em um mundo onde se pode massacrar um povo como o da Palestina, sem que absolutamente nada aconteça; onde podem ocorrer fenômenos como os da Síria, e todo mundo permanece em silêncio, simplesmente porque não está totalmente alinhado com meu pensamento ou com minhas crenças. E então há assassinatos bons, assassinatos maus; criminosos bons, criminosos maus. Claro, qualquer crime tem sempre um significado, mas “Israel” (a entidade sionista, para dizer corretamente) assassina milhares de crianças, mulheres, e o mundo se acostumou, vamos dizer com toda franqueza, a ver imagens horripilantes, sem que isso desperte nada.

Hoje temos um vizinho aqui de Cuba, ao norte, que com uma tranquilidade tremenda diz que vai se apoderar da Groenlândia, que supostamente é um aliado, dizem. Ou diz: “vou me apoderar do Canadá”. Diz que vai se apoderar do canal do Panamá. Se vão fazer isso com aliados dos Estados Unidos, que são até membros da Otan, e não acontece absolutamente nada, não há uma resposta, imagine o que pode acontecer conosco!

E a resposta da Europa, inclusive dos partidos de “centro-esquerda” que falam de pacifismo, é continuar armando Zelensky. O que você acha disso?

Penso que há uma confusão tremenda, que, aliás, tem a ver com a grande decadência que existe na Europa, não apenas do pensamento político, mas também da liderança política da esquerda, onde há igualmente uma falta de radicalidade.

A ultradireita europeia, o fascismo europeu, apropriou-se do nosso discurso, o discurso da esquerda; então, as direitas se apresentaram diante das massas como aquelas que vão solucionar os problemas criados, amparando-se nessa nova esquerda que foi construída durante muitos anos, que sustentou o globalismo por muito tempo, uma esquerda moldada sob medida para os interesses desse globalismo neoliberal, e que ainda detém o poder em alguns países da Europa, mas que responde a interesses específicos.

Assim, o monopólio da defesa do nacionalismo, da defesa dos interesses nacionais, parece ter ficado com a direita. Dessa forma, a direita aparece com um discurso positivo, dizendo que não quer guerra, falando de paz, enquanto os governos de centro e de esquerda falam em guerra, falam de uma guerra cujas consequências são incertas. Não sou, de forma alguma, simpatizante de Donald Trump, mas Trump responde ao ministro inglês, e com toda razão, pergunta: você pode vencer a Rússia? Você está falando de guerra com a Rússia — você realmente tem como vencer a Rússia? Não tem, ou seja, estão levando a Europa a uma guerra que não podem vencer, que na verdade ninguém pode vencer, e isso é o mais triste de tudo. É uma guerra que não leva absolutamente a nada e que ninguém sairá vencedor.

Estamos, então, diante de um monte de acontecimentos neste mundo, onde é evidente que está em curso uma mudança, uma mudança profunda, sobretudo no plano das hegemonias. E esse processo de aterrissagem pode seguir dois caminhos: ou será uma aterrissagem suave, consensuada, na qual todos participam dessa nova visão de mundo que muitos defendem, ou será uma aterrissagem conduzida pelo fascismo, pela ultradireita, que regerá os destinos do mundo, repartindo-o, dividindo as zonas de influência e decidindo quem manda onde, subordinando o restante do mundo — porque precisam dessa mudança, impulsionada pelo próprio desenvolvimento tecnológico.

E aí teríamos que recorrer a Marx para compreender. O problema é que esquecemos Marx, inclusive nós que falamos de Marx — não utilizamos as ferramentas que ele nos deixou para analisar a história e os acontecimentos, que é o mais importante; ou seja, não usamos a metodologia que o marxismo nos legou para compreender a história. Então, o que está acontecendo? Para onde vamos agora? Se não temos uma resposta, se não temos uma análise correta do que está ocorrendo, para onde iremos com um desenvolvimento tecnológico tão avançado, que exige uma repartição do mundo e a conquista do poder — o verdadeiro poder real deste mundo capitalista? O que farão amanhã com os milhares de pessoas que ficarão sem trabalho, quando os avanços tecnológicos e a inteligência artificial deixarem milhões de cidadãos desempregados neste mundo?

A propósito da Inteligência Artificial e do impacto que ela tem no sabotamento do sistema elétrico e dos serviços públicos. Esse foi o tema aqui no Colóquio Pátria. Como você viu esses eventos num momento em que Cuba se relança apesar dos apagões e de tudo? As ruas estão tão cheias de vida como se nada tivesse acontecido.

Você sabe que Cuba, felizmente, é um bastião. Pátria é uma ideia brilhante desde a sua criação, e tem crescido, se transformado. Eu acredito que a ideia de realizá-lo na universidade é extremamente interessante, não apenas pelos espaços, mas pelo que representa a Universidade de Havana e seu próprio simbolismo, porque utilizar um jornal como o Patria tem uma atualidade tremenda. Patria é o jornal de Martí, criado não apenas como um órgão de um partido revolucionário para fazer uma guerra, mas como o órgão de um partido revolucionário para fazer uma revolução — que era o que Martí queria fazer em Cuba.

… E com um sentido muito diferente daquele conceito de pátria xenófoba que têm os fascistas…

Exatamente, porque é o conceito de pátria de Martí, que Martí define com clareza: pátria é humanidade, ou seja, é o conceito de pátria que Martí defendeu. Mas, além disso, é um jornal que Martí cria em um momento em que está surgindo o imperialismo estadunidense.

Martí está travando uma guerra contra o imperialismo nascente — não esqueçamos nunca que o imperialismo estadunidense se torna o que é hoje a partir da guerra hispano-cubo-americana, a guerra que se desencadeia em Cuba pela independência, na qual os Estados Unidos intervêm e se apropriam da vitória das tropas insurgentes cubanas. E Cuba está sendo vítima, naquele momento, de uma duríssima guerra cultural, a primeira da história moderna, que levou a uma campanha de descrédito dos Estados Unidos, na qual se utilizou pela primeira vez a imprensa; já existia Pulitzer, estavam lá os grandes meios de comunicação estadunidenses operando para influenciar a forma de pensar das pessoas e garantir a negação de Cuba. Então estamos falando de um jornal que enfrentou, pela primeira vez, esse desafio.

O que enfrentamos hoje é um desafio diferente, é verdade, a época é outra, mas estamos diante do mesmo plano. Hoje estamos diante de um império em decadência; Martí o enfrentou em seu nascimento e agora está em decadência, por isso é tão simbólico que se crie um evento que leve o nome do jornal de Martí. Porque estamos enfrentando também um novo mundo que está surgindo, o imperialismo que está promovendo o fascismo, o mundo que está promovendo a ultradireita em escala internacional.

Não é o mundo que queremos, este é o mundo contra o qual lutamos toda a vida: é o mundo da exclusão, é o mundo do racismo, é o mundo onde se pode agir com absoluta liberdade e, ao mesmo tempo, assassinar, matar e invadir, sem que ocorra absolutamente nada; com um sistema internacional criado após a Segunda Guerra Mundial e que praticamente não existe mais, porque esse novo poder que está surgindo com tanta força está destruindo o sistema multilateral, está destruindo o sistema que criou as Nações Unidas. Ainda que nunca tenham sido perfeitos — todos sabemos o que isso significou — era o único sistema que havia, o único lugar onde talvez se pudesse expressar determinadas questões, onde houve debates muito interessantes em certos momentos, e que servia, ao menos, para que as pessoas desabafassem, para que se discutissem temas. Hoje isso está a caminho da destruição, e não sabemos o que vai acontecer.

Cuba também foi laboratório dos ataques por meio da Inteligência Artificial, para alcançar a “mudança de regime”. Em 2010, a CIA criou o Zunzuneo, uma espécie de Twitter que operava de forma encoberta para coletar informações sobre os usuários cubanos e, depois, utilizar essas informações para disseminar mensagens políticas com o objetivo de gerar desestabilização. O alvo principal era confundir os jovens. Podemos considerá-lo um precursor da estratégia de guerra digital que vemos hoje, com o uso de bots e trolls nas redes sociais para disseminar propaganda e desinformação de forma anônima?

Sim, mas agora estamos enfrentando algo novo, e muita gente não entende o que está acontecendo no mundo hoje. Já ouvi alguns, inclusive da esquerda, dizerem “a revolução Trump”. Não, Trump não está fazendo uma revolução, é uma involução — e não podemos perder isso de vista, porque ele está mudando as regras do jogo, e é isso que está acontecendo agora.

A subversão da classe dominante, como dizia Gramsci?

Sim, e agora o imperialismo não precisa mais de organizações como a Usaid, não precisa disso. Eles gastaram aí 68 bilhões de euros. Para que vão usá-la? Já têm uma enorme experiência utilizando as empresas digitais. Um exemplo é a indústria do entretenimento estadunidense — em grande parte, a guerra cultural que eles impuseram ao mundo. Eles venceram a guerra cultural no mundo e mantêm a hegemonia cultural no mundo, usando sua imensa indústria do entretenimento, sua poderosa indústria cultural. Então, para que você vai querer ONGs? Para que utilizar esse tipo de coisa? Se hoje você pode contar com uma indústria que representa o que são hoje as grandes empresas tecnológicas. Por que Trump apareceu cercado por todos os grandes donos das plataformas digitais? Porque a guerra vem por aí. Ele não precisa mais dessas coisas antigas — isso é dinheiro desperdiçado.

Hoje, serão essas empresas que vão comandar, como fez Hollywood em seu tempo, como fez toda a indústria do entretenimento em seu tempo. Hoje você tem a internet, tem a inteligência artificial; hoje você pode promover determinado influencer nas redes sociais por meio da digitalização da empresa, conduzindo os conteúdos, premiando os conteúdos que você quer que sejam vistos e condenando ao absoluto esquecimento aqueles que você não quer que apareçam nas redes sociais. A ditadura do algoritmo.

Esse é o imenso poder — e esse imenso poder que o capitalismo jamais teve está agora nas mãos dessas grandes empresas. Elas têm a capacidade de fazer essa guerra economizando milhões de dólares. Em todos os sentidos.

                                 

Raúl Capote


https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/raul-capote-ex-agente-cubano-big-techs-vao-substituir-hollywood-na-guerra-cultural-dos-eua/

26 de mai. de 2025

BRICS: "UMA ALTERNATIVA MUITO IMPORTANTE PARA CUBA".

                                       


Os BRICS representam um caminho viável por meio do qual a ilha poderia resolver alguns de seus problemas, disse Juana Lilia Delgado Portal, ministra e presidente do Banco Central de Cuba, em entrevista à Sputnik.

"Estamos em uma situação de crescente intensificação do bloqueio econômico, comercial e financeiro que Cuba sofre há mais de 66 anos e, claro, os BRICS representam uma alternativa muito importante para Cuba, onde encontra a oportunidade de integrar projetos, de realmente encontrar parceiros com os quais possa se envolver econômica, comercial, financeiramente, por meio de investimentos e por meio da cooperação", disse a executiva, falando no Fórum de Empreendedorismo Feminino dos BRICS, que contou com a presença de mais de 1.400 participantes de 50 países                                                    

O BRICS é uma associação multilateral criada em 2006. Além de Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, agora inclui Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria e Uzbequistão tornaram-se oficialmente estados-membros do grupo em 1º de janeiro de 2025.

Atualmente, esse bloco é responsável por 36% do PIB global, superando os 29,3% do G7 e os 14,5% da União Europeia (UE).
 
"Ouvimos pedidos de muitos participantes do Fórum para estabelecer relações econômicas com nosso país, para aprender sobre nossa realidade e para nos aprofundar em maneiras pelas quais Cuba pode se integrar ainda mais ao BRICS", compartilha Delgado Portal. Segundo a executiva, os BRICS desempenham um papel importante na transformação da arquitetura financeira atual, o que, segundo ela, não resolve de fato todos os problemas do sul global.
 
"A possibilidade aberta dentro desta organização, baseada na utilização das moedas nacionais de seus países-membros para transações entre países, constitui uma alternativa que representa uma mudança importante e transcendental para os países", disse a Ministra-Presidente do Banco Central do país caribenho.


Para ela, isso implica "romper" com uma das maiores pressões que muitas nações enfrentam: "a dependência do uso do dólar americano em transações internacionais", da qual Cuba pode se beneficiar.

A construção de um mundo verdadeiramente multipolar, afirma ela, anda de mãos dadas com a necessidade de mídias alternativas, que nada mais são do que "uma possibilidade de transmitir as realidades do nosso povo, que nem sempre encontram espaço na grande mídia, onde a informação é manipulada e não apresentada com a veracidade necessária e, em muitos casos, nem sequer oferecida".

Fonte: Sputnik/ Foto da capa: Sputnik                  

https://cubaenresumen.org/2025/05/19/los-brics-alternativa-muy-importante-para-cuba/

@comitecarioca21