Brasília, 31 maio : A
prisão que cumpre hoje Luis Inácio Lula da Silva fere qualquer norma jurídica
internacional, afirmou o líder sindical estadunidense Stanley Gacek, que
visitou o ex-presidente brasileiro na sede da Polícia Federal em Curitiba.
‘A prisão de Lula é uma perversidade
ante qualquer norma jurídica internacional. E isso significa também que há que
confrontar estas decisões da justiça’, indicou Gacek, que dialogou com o ex-dirigente
operário junto ao presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do
Brasil, Vagner Freitas.
Frente aos integrantes da Vigília Lula Livre, o
sindicalista estadunidense comparou a primeira condenação judicial (por liderar
a histórica greve geral do ABC - zona
industrial de São Paulo) do ex-mandatário na década de 1980 com a atual e
ressaltou que em plena ditadura (1964-1985) seus direitos foram mais
respeitados.
‘Naquele momento, pendentes
recursos na justiça militar, Lula foi libertado e tive o orgulho de acompanhá-lo em assembleias naquela ocasião
’, relembrou o secretário internacional da Federação Norte-americana dos
Comerciantes e Trabalhadores da Indústria Alimentar (UFCW), que representa 1,3 milhões de operários dos Estados Unidos e
Canadá.
Atualmente, acrescentou, , ‘Lula é
preso político em uma suposta democracia, para impedir a possibilidade de ser
eleito presidente da República’.
Tal conjuntura ‘tem que ser
revertida, temos que lutar contra isso. É o que estou fazendo: incentivando a
comunidade internacional sindical a isso’.
Por sua vez, Freitas transmitiu o
que o próprio Lula lhe disse sobre a atuação de parte do Poder Judiciário na
tentativa de incriminá-lo.
‘Esta é a terceira vez que venho
aqui (a Curitiba, capital do estado do Paraná) e espero que seja a última. E
novamente Lula falou sobre a perseguição política contra ele, sobre o fato de
ter sido impedido de disputar as eleições e continua perguntando ao (ex-juiz)
Sérgio Moro: qual é a prova que você tem contra mim?’, referiu o titular da
CUT.
Segundo Freitas, recebeu do ex-governante
a missão de transmitir uma mensagem ao povo brasileiro de esperança e
indignação’ e que continuem os confrontos com o Governo de Jair Bolsonaro.
Lula não quer somente a liberdade,
mas ‘provar sua inocência e estar junto à luta para interromper esta operação
construída para entregar a economia brasileira aos interesses internacionais’,
assegurou o líder da CUT.
(Prensa Latina)
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