23 de mai. de 2022

Adolfo Pérez Esquivel pede ao Reino Unido para bloquear a extradição de Assange para os EUA

                           

   O Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel pediu ao governo britânico para bloquear a extradição do fundador do WikiLeaks Julian Assange para os Estados Unidos, revelaram fontes próximas ao caso  hoje.

  De acordo com a Campanha contra a Extradição de Assange, o intelectual argentino enviou uma carta em inglês à Ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, que tem em suas mãos o futuro do jornalista australiano desde que o Tribunal Superior de Londres anulou em abril passado a sentença anterior contra sua transferência para o território dos EUA.

    Lembrando que o juiz de julgamento se opôs à extradição de Assange por medo de que sua saúde mental precária o levasse a cometer suicídio em uma prisão americana, Pérez Esquivel advertiu Patel de que poderia haver consequências potencialmente fatais para o ciber-ativista se o Reino Unido decidisse entregá-lo ao sistema de justiça dos EUA.

   Os EUA pretendem julgar o jornalista por publicar arquivos secretos no WikiLeaks expondo crimes de guerra cometidos por seus militares no Iraque e no Afeganistão e milhares de documentos comprometendo a diplomacia dos EUA.

   Se julgado e condenado por um tribunal estadunidense, Assange, que está preso em uma prisão de segurança máxima britânica desde sua prisão na embaixada do Equador em Londres, em abril de 2019, poderia ser condenado a 175 anos de prisão em 17 acusações.

    O intelectual argentino, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1980, considerou o pedido de Washington ilegal e abusivo, e instou a Ministra do Interior a defender o Estado de Direito e a rejeitar a extradição.

    Ele também a lembrou que várias organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas, o Conselho da Europa e o Parlamento Europeu, bem como dezenas de chefes e ex-chefes de Estado, expressaram preocupação com a situação de Assange e pediram a sua libertação.

  "Junto-me à crescente preocupação coletiva com as violações dos direitos humanos, civis e políticos de Julian Assange, acrescentou Pérez Esquivel, que também alertou Patel que a perseguição ao fundador do WikiLeaks estabelece um mau precedente para a liberdade de imprensa, e ratifica a jurisdição universal dos Estados Unidos."


https://cubaenresumen.org/2022/05/21/adolfo-perez-esquivel-solicita-al-reino-unido-bloquear-extradicion-de-assange/

Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 


                                                #FreeAssangeNOW 

                   



21 de mai. de 2022

VIAGEM A CUBA (5 ): JULIAN ASSANGE

                                               
      Em duas ocasiões a campanha pela liberdade do jornalista australiano Julian Assange esteve presente neste período de atividades em Cuba:

   No Encontro Internacional de Solidariedade realizado no Palácio das Convenções em Havana e no VII Seminário pela Paz em Guantánamo.

 No Encontro de Solidariedade a Coordenadora do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos e correspondente do Resumen Latinoamericano em Cuba Graciela Ramirez denunciou a injustiça e grave ameaça que Assange suporta há mais de 10 anos na perseguição que o governo estadunidense promove contra ele. Ressaltou que a causa precisa de todo apoio de todas as pessoas e que o ataque que promovem contra ele é uma afronta à liberdade de expressão e de informação.


     Em Guantánamo, no VII Seminário pela Paz e contra as bases estrangeiras foi a vez do Capítulo Brasil do Comitê Internacional denunciar o caso Assange pela coordenadora Carmen Diniz. A jurista conclamou os demais delegados a se unirem à campanha #FreeAssangeNOW em seus respectivos países. Contextualizou com o tema do Seminário ao relembrar que foi graças à plataforma do jornalista, o WikiLeaks, que se divulgou o tratamento, maus tratos e torturas a prisioneiros na prisão de Guantánamo  - localizada na base estadunidense ali naquele município, sendo esse um dos motivos que o mantém preso.
     Ressaltou que a perseguição implacável a Assange na verdade não é só contra ele, é contra todos nós - que temos o direito de saber o que um governo faz de certo ou de errado pelo mundo. Qualquer governo, por mais poderoso que seja. 

    A extradição de Julian Assange para os Estados Unidos é uma sentença de morte. 


                                  
Aqui  uma série de artigos importantes sobre Assange:  A VERDADE CONFISCADA
https://americalatina.global/biblioteca/ASSANGE_La%20verdad_confiscada.pdf

"A verdadeira democracia é a soma de nossa resistência"




 Enquanto isso, por esses dias em que fiquei em Havana, a TV cubana exibia um especial sobre Julian Assange. "verdade, a gente vê por aqui" não é? Outro patamar....





#FreeAssangeNOW

20 de mai. de 2022

Carta do Al Khader Sports Club da Palestina para a seleção argentina de futebol.

                                         

    Mais uma vez, a possibilidade de a seleção argentina de futebol jogar um amistoso contra a seleção israelense se tornou pública, em meio a um escândalo mundial devido à ocupação da Palestina e ao recente assassinato de Shireen Abu Akleh. As repercussões já começaram, e um clube palestino já se pronunciou sobre isso. Compartilhamos a carta completa em espanhol, português e inglês, que também lista vários episódios de ataques contra o futebol na Palestina, incluindo o assassinato de futebolistas.

        Carta do Al Khader Sports Club of Palestine para a seleção argentina de futebol


Caro Claudio Tapia, jogadores, dirigentes e funcionários da equipe nacional argentina,

18 de maio, Belém, Palestina ocupada

Estamos escrevendo para vocês do Al Khader Sports Club, perto de Belém, no território palestino ocupado, como colegas jogadores de futebol. Entendemos que vocês estão planejando uma partida de futebol "amigável" com a seleção nacional israelense no dia 6 de junho. Pedimos que não joguem esta partida.

Estamos escrevendo esta carta porque ainda estamos sofrendo a perda de nosso colega de equipe, Mohammad Ghneim, de 19 anos.

Mohammad foi baleado pelas costas por soldados israelenses perto da casa de sua família, não muito longe de onde o notório muro do apartheid de Israel corta nossas terras, roubando fazendas, recursos hídricos e separando as cidades palestinas umas das outras.

Antes mesmo de começarmos a nos recuperar do assassinato de Mohammad, na semana passada soldados israelenses mataram a tiros outro promissor jovem futebolista palestino, Thaer Yazouri, de 18 anos, na cidade palestina de al-Bireh, perto do assentamento ilegal israelense de Psagot. No mesmo dia, soldados israelenses também atiraram e mataram a famosa jornalista palestina Shireen Abu Akleh enquanto ela reportava sobre uma incursão militar israelense em Jenin, na Cisjordânia ocupada.

Antes disso, estávamos de luto por Saeed Odeh, de 16 anos, um jogador do Balata FC morto a tiros por soldados israelenses no ano passado, seu sonho de jogar pela seleção palestina foi interrompido

Antes disso, muitos outros.

A Anistia Internacional, em seus numerosos relatórios sobre os ataques mortais de Israel contra os palestinos, disse que Israel demonstra "desprezo chocante" pela vida dos palestinos.

O relatório mais recente da Anistia Internacional, que considera Israel culpado do crime contra a humanidade do apartheid, descreve os assassinatos de palestinos por Israel como "sistemáticos, ilegais e arbitrários". Ele detalha como o regime do apartheid de Israel tem tratado sistematicamente os palestinos em toda parte como um "grupo racialmente inferior", negando-nos os direitos humanos básicos.

Cada um desses atos criminosos do regime do apartheid de Israel deixou nossa equipe devastada, mas também determinada.

Mohammad, como Thaer, Saeed e muitos outros, não estão mais conosco no campo, mas honramos seu espírito enquanto continuamos a lutar para alcançar nossos objetivos como uma equipe e como palestinos lutando pela liberdade, justiça e igualdade.

Não podemos permanecer em silêncio enquanto uma equipe tão importante como a Argentina faz planos de vir aqui para jogar um jogo "amigável" que será usado por Israel para lavar seu regime do apartheid. Estes jogos de exibição ajudam a garantir a impunidade que permite a Israel continuar a incluir o assassinato e a mutilação de jovens futebolistas palestinos entre seus muitos crimes.

Não há nada de "amigável" ali.

Pedimos que cancelem esta partida e, em vez disso, se juntem ao número sem precedentes de jogadores profissionais, equipes e atletas que defendem os direitos palestinos e se recusam a lavar o apartheid israelense.

Pedimos a vocês que mantenham o número 14 em sua mente. Era o número da camisa de nosso colega Mohammad. Ele não pode mais jogar, mas ao cancelar esta partida, vocês podem ajudar a responsabilizar Israel e impedir que ele continue a matar as vidas e os sonhos dos jovens jogadores palestinos.

Pedimos a vocês que honrem Mohammad, Thaer e Saeed, como tantos outros. Por favor, cancelem seu jogo, pois não há nada de "amigável" em jogar o apartheid.

https://palestinalibre.org/articulo.php?a=78208&fbclid=IwAR0TDonxXgquEwKRo4S1YQy2ONW9VSop6RUPp2EvPx-0coVyuBk2tDQlhu8

Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

                                         


 

 

          

VIAGEM A CUBA (4) : O VII SEMINÁRIO PELA PAZ EM GUANTÁNAMO e a explosão no Hotel Saratoga em Havana

                                    
    Carmen Diniz 

Nos dias 4 e 5 de maio foi realizado em Guantánamo o VII Seminário Internacional de Paz e pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras. A esse respeito postamos no podcast de "Coisas de Cuba" da Companheira Marcia Choueri na mesma semana algumas impressões.   

                              

https://www.youtube.com/watch?v=92_5XBzXlPQ&ab_channel=CoisasdeCuba

   Maishttps://cubaenresumen.org/2022/05/04/comenzo-en-guantanamo-seminario-internacional-de-paz-y-contra-las-bases-militares-extranjeras/                   

     O Seminário contou com delegados de 23 países e 70 cubanos. Organizado pelo ICAP e pelo Conselho Mundial da Paz, teve a participação de vários países em intervenções sobre a situação de cada um deles. Impressionou a quantidade dessas bases instaladas em diferentes países pela vontade unilateral do império estadunidenses e seus associados.

   Este ano, a participação de estadunidenses foi bem maior que nos anteriores, o que denota uma maior consciência do povo daquele país. A mais jovem do grupo era uma norte americana de 17 anos somente. 

    A participação das estadunidenses vai ao encontro da intervenção do venezuelano Carlos Ron, presidente do Instituto Simon Bolivar  que conclamou o povo estadunidense a se unir aos reclamos mundiais pela paz, uma das melhores falas do dia.  Ressalte-se a intervenção de Porto Rico com Luis Fidel Escalante e da Palestina com Ahmad Wasef al Labadi , estudante do 3° ano de medicina em Cuba.                                                 

https://cubaenresumen.org/2022/05/05/el-reclamo-por-una-palestina-libre-llega-al-vii-seminario-internacional-de-paz-y-por-la-abolicion-de-las-bases-militares-extranjeras/

              Do Brasil , a participação foi da jurista Carmen Diniz sobre a base de Alcântara que o governo estadunidense pretende ali instalar.  https://cubaenresumen.org/2022/05/04/la-base-de-alcantara-en-brasil/

                                                                    

  No próximo post publicaremos estas participações traduzidas. 

             Um dos pontos mais debatidos e denunciados foi sobre a ocupação ilegal do território de Guantánamo contra a vontade de seu povo. Não se pode chegar próximo à base estadunidense uma vez que a hostilidade permanece , tendo havido inclusive casos de assassinatos de civis cubanos. . Há um espaço delimitando a base e a isolando do território cubano com uma distância de 1 km de largura estendido por 15 km de extensão que abriga a maior região do mundo em número de minas terrestres. Não há previsão de devolução do espaço a seus verdadeiros donos: os cubanos. 

    Interessante assistir ao filme do cineasta Hernando Calvo Ospina : Todo Guantánamo é nosso : https://www.youtube.com/watch?v=ciByYHRwxx4&t=11s&ab_channel=Comit%C3%AACariocadeSolidariedadeaCuba

O filme mostra como é a convivência da população de Guantánamo com  a base. 

Aqui uma foto  da companheira Yumi que mostra a delimitação da base no mar, ou seja, os pescadores ou qualquer outra embarcação não podem ultrapassar o perímetro marcado na água. 



A declaração final do Seminário: 
https://docs.google.com/document/d/1U8mNHFJIXGwRlObTn38HkQc51vHjDzXN/edit



                            RETORNO A HAVANA E  A EXPLOSÃO NO HOTEL  

   Ainda estávamos na estrada voltando para Havana quando chegou a triste notícia da explosão do hotel Saratoga em Havana. A comoção tomou conta de todo o país. Foi impressionante testemunhar a tristeza e a solidariedade dos cubanos no acidente.

   As doações de sangue tiveram que ser suspensas pela quantidade arrecadada, mais de 2000 pessoas inicialmente formaram filas nos bancos de sangue para doar. As equipes de resgate foram incansáveis, a quantidade de gente ajudando, o próprio presidente Diaz Canel esteve à frente das providência necessárias, foi ao local do evento e aos hospitais onde prontamente as vítimas foram atendidas. Apesar do sofrimento, alguns contrarrevolucionários aproveitavam para criar medos e inventar mentiras sobre o fato, como por exemplo que tinha sido um atentado, que os bombeiros demoraram muito a chegar, que a polícia não sabia como agir, que o presidente tripudiava, etc... Em vão. Os cubanos seguiam contribuindo da forma que se lhes cabia. O hotel estava em remodelação e seria reinaugurado neste domingo (15)

 Até a data de hoje se contavam 46 falecidos e foi decretado pelo governo um luto Oficial. A Juventude Cubana organizou uma vigília emocionante à frente do prédio do hotel onde todas as autoridades compareceram, assim como familiares das vítimas. Às 21h do mesmo sábado foi feito um minuto de silêncio pela fatalidade com velas e luzes acesas.   Fotos: https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1834932366701753&id=100005550222266&sfnsn=mo


 Noche de vigilia y homenaje en el IPVCE Carlos Marx a las víctimas del hotel Saratoga. El consejo de dirección, los trabajadores y estudiantes se unen con amor al dolor de Cuba. #FuerzaCuba                       


A linda canção de Raul Torres Lágrimas del Prado

                            


                          
   



19 de mai. de 2022

A Comissária de Direitos Humanos da Europa pede a não extradição de Julian Assange para os EUA à ministra britânica responsável pela decisão

      Dunja Mijatovic, Comissária do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, pediu à Ministra do Interior do Reino Unido Priti Patel que não extradite o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos. A decisão foi deixada nas mãos de Patel depois que o Supremo Tribunal Britânico rejeitou o pedido do ativista australiano para recorrer em março. A ministra deverá anunciar sua decisão a partir de 18 de maio - o último dia do prazo para apresentação de argumentos - até 31 de maio. 

     Em uma carta a Patel datada de 10 de maio e publicada nesta quarta-feira, Mijatovic afirma que as "implicações" para a liberdade de imprensa e os direitos humanos da entrega de Assange não foram adequadamente consideradas. Ela também diz que a acusação do jornalista nos EUA levanta questões sobre a proteção daqueles que publicam informações classificadas de interesse público. "Teria um efeito arrepiante sobre a liberdade da mídia e poderia, em última instância, prejudicar a imprensa no desempenho de sua tarefa como fornecedor de informações e fiscalizador público nas sociedades democráticas", diz a carta.

    Diante desta incerteza, Carlos Poveda, advogado de Assange no Equador, está otimista de que seu cliente não será extraditado, pois, em sua opinião, o contrário geraria "um grave precedente para o jornalismo mundial". "Não é crime exercer um jornalismo transparente, comprometido e militante". Não é um crime verificar e expor crimes hediondos cometidos por estados poderosos.

    Assange, 50 anos, enfrenta acusações de espionagem nos EUA e enfrenta até 175 anos de prisão por expor violações militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão através de seu portal. Sua defesa está buscando a não extradição, argumentando que as garantias de Washington de que ele não será mantido em isolamento ou submetido a torturas psicológicas não são confiáveis.


Matéria original com vídeo:

 https://cubaenresumen.org/2022/05/18/comisaria-de-derechos-humanos-de-europa-pide-la-no-extradicion-a-eeuu-de-julian-assange-a-la-ministra-britanica-responsable-de-la-decision/


Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

                                                        



                                  #FreeAssangeNOW


Dentre os prêmios recebidos por Assange, consta o troféu Audálio Dantas de Indignação, Coragem e Esperança recebido em São Paulo e em breve chegando às mãos de Stella Assange.


DEIXE-OS ENTRAR !! Governo dos EUA nega visto à delegação cubana na Cúpula dos Povos. (assine, divulgue - em port/esp/ing) https://chng.it/kSqNkMsPnr

 Abaixo-assinado para que o governo estadunidense outorgue vistos aos membros da sociedade civil cubana convidados à Cúpula dos Povos pela Democracia a se realizar entre 8 e 10 de junho em Los Angeles.                                       

Entre a delegação de 23 pessoas que deveriam viajar a Los Angeles para participar da Cúpula estão cientistas, atletas olímpicos e ativistas juvenis.

Los Angeles - A Cúpula dos Povos para a Democracia está indignada com a decisão do governo dos EUA de negar vistos a uma delegação de 23 pessoas da sociedade civil cubana. A negação de seus vistos é uma afronta aos próprios valores democráticos que o governo dos EUA e sua "Cúpula das Américas" afirmam defender. Com esta decisão e a exclusão de Cuba da Cúpula oficial de Biden, foi negada a Cuba uma voz em discussões vitais sobre democracia, integração e cooperação regional.
Entre as 23 pessoas que viajaram a Los Angeles para participar da Cúpula da Democracia Popular estavam a renomada cientista e médica cubana Tania Crombet Ramos, membro da Academia Mundial de Ciências que contribuiu para o desenvolvimento de várias vacinas que salvam vidas, Reineris Salas Pérez, lutador olímpico que ganhou uma medalha de bronze em Tóquio, Jorge González Nuñez, um líder estudantil queer cristão e muitos outros, incluindo jornalistas, artistas, sindicalistas e líderes comunitários.
A participação desses diversos representantes da sociedade cubana teria dado ao povo dos EUA, particularmente aos jovens, uma importante oportunidade para aprender mais sobre a ilha e construir relações interpessoais. É uma afronta ao tão necessário diálogo e normalização das relações entre o povo dos Estados Unidos e o povo cubano, que tem sido injustamente dificultado pelo bloqueio ilegal de seis décadas dos Estados Unidos.
Manolo De Los Santos, um dos organizadores da Cúpula dos Povos, disse: "A política do governo dos Estados Unidos é cruel para o povo cubano, mas também para o povo dos Estados Unidos a quem é negado o direito não só de se relacionar com o povo da ilha, mas de poder falar e dialogar diretamente com ele".
Exortamos o governo dos EUA e sua embaixada em Havana a reverter a decisão de negar-lhes vistos.


https://chng.it/kSqNkMsPnr


Español abajo

The People’s Summit for Democracy is outraged by the decision of the United States government to deny visas to a 23 person delegation from Cuban civil society. The denial of their visas is an affront to the same democratic values that the US government and its “Summit of the Americas” pretends to uphold. With this decision and Cuba’s exclusion from Biden’s official Summit, Cuba has been denied a voice in vital discussions about democracy, integration, and regional cooperation.

Among the 23 people set to travel to Los Angeles to participate in the People’s Summit for Democracy were renowned Cuban scientist and medical doctor Tania Crombet Ramos a member of the World Academy of Sciences who contributed to the development of several life-saving vaccines, Reineris Salas Pérez an Olympic wrestler who won the Bronze medal in Tokyo, Jorge González Nuñez a queer Christian student leader, and many others including journalists, artists, trade unionists, and community leaders.

The participation of these diverse representatives of Cuban society would have given people in the US, particularly young people, an important opportunity to learn more about the island and build people to people relationships. It is an affront to the very necessary dialogue and normalization of relations between the people of the United States with the Cuban people who have been unjustly separated by the six-decade illegal US blockade. 

Manolo De Los Santos, one of the organizers of the People’s Summit said: “The US government’s policy towards is cruel towards the Cuban people, but also towards the people of the United States who are being denied the right to not only relate with the people on the Island, but also to be able to speak and dialogue directly with them.”

We call on the US government and its Embassy in Havana, to reverse the decision to deny their visas.

El gobierno de EE.UU. niega visas a la delegación cubana a la Cumbre de los Pueblos

Entre la delegación de 23 personas que iba a viajar a Los Ángeles para participar en la Cumbre hay científicos, atletas olímpicos y activistas juveniles

Los Ángeles - La Cumbre de los Pueblos por la Democracia está indignada por la decisión del gobierno de los EEUU de denegar los visados a una delegación de 23 personas de la sociedad civil cubana. La denegación de sus visados es una afrenta a los mismos valores democráticos que el gobierno estadounidense y su "Cumbre de las Américas" pretenden defender. Con esta decisión y la exclusión de Cuba de la Cumbre oficial de Biden, se ha negado a Cuba una voz en las discusiones vitales sobre la democracia, la integración y la cooperación regional.

Entre las 23 personas que viajaron a Los Ángeles para participar en la Cumbre de los Pueblos por la Democracia se encontraban la renombrada científica y médica cubana Tania Crombet Ramos, miembro de la Academia Mundial de Ciencias que ha contribuido al desarrollo de varias vacunas para salvar vidas, Reineris Salas Pérez, luchador olímpico que ganó la medalla de bronce en Tokio, Jorge González Nuñez, líder estudiantil cristiano queer, y muchos otros, incluyendo periodistas, artistas, sindicalistas y líderes comunitarios.

La participación de estos diversos representantes de la sociedad cubana habría dado al pueblo de los EE.UU., en particular a la juventud, una importante oportunidad de aprender más sobre la isla y construir relaciones de pueblo a pueblo. Es una afrenta al muy necesario diálogo y a la normalización de las relaciones entre el pueblo de Estados Unidos con el pueblo cubano, que ha sido injustamente hecho difícil por el ilegal bloqueo estadounidense de seis décadas.

Manolo De Los Santos, uno de los organizadores de la Cumbre de los Pueblos dijo: "La política del gobierno de Estados Unidos es cruel con el pueblo cubano, pero también con el pueblo de Estados Unidos al que se le niega el derecho no sólo a relacionarse con el pueblo de la Isla, sino a poder hablar y dialogar directamente con él".

Hacemos un llamamiento al gobierno de Estados Unidos y a su embajada en La Habana, para que reviertan la decisión de negarles los visados.

https://chng.it/8P8Y8MJH9d


https://www.change.org/p/let-them-in-stop-the-exclusion-of-cuban-artists-academics   


     

18 de mai. de 2022

VIAGEM A CUBA (3) : O ENCONTRO DE SOLIDARIEDADE

                                 

Após o Primeiro de Maio, no dia 2 se iniciou no Palácio das Convenções o Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba.

       Cuba. Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba: Denunciando o Bloqueio e o Desafio da Unidade Anti-imperialista

PorLaura Mor

    "Unidade na diversidade" foi o tema central que reuniu 1.058 delegados de 60 países dos 5 continentes juntamente com 219 organizações sindicais e movimentos de solidariedade no Palácio de Convenções de Havana, durante o Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba.

     Entre sábado e segunda-feira, uma nova edição do evento de solidariedade foi realizada em Havana, que após três anos de interrupção devido às restrições necessárias diante da pandemia de Covid-19, reuniu novamente delegados da Bolívia, Chile, Venezuela, México, Argentina, Panamá, Espanha, Estados Unidos, Palestina, Jordânia, Peru, Porto Rico, Brasil, Canadá, Colômbia e Reino Unido, entre outros, para analisar possíveis linhas de ação nos cenários políticos atuais.

     No sábado passado, antes de participar do desfile do Primeiro de Maio, os delegados visitaram centros de produção em Havana e Artemisa, onde puderam visualizar os efeitos do bloqueio sobre a economia cubana, particularmente no setor produtivo.

       Em um intercâmbio com vizinhos, eles puderam ter uma aproximação mais precisa do que significa para o povo viver em um pequeno país bloqueado por uma das maiores potências econômicas do mundo e as dificuldades que isso gera em todos os setores da sociedade e na vida cotidiana de cada família cubana.

    Na abertura do evento de hoje, organizado pela Central de Trabajadores de Cuba e pelo Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Ulises Guilarte de Nacimiento, Secretário-Geral do CTC, destacou a importância de "socializar ideias e construir consenso" para conseguir plataformas de ação que contrariem a investida do imperialismo e do neoliberalismo.

   Por sua vez, o Ministro das Relações Exteriores Bruno Rodríguez Parrilla destacou a importância da solidariedade recebida nestes anos de bloqueio econômico, comercial e financeiro e reafirmou o apoio de Cuba ao "direito legítimo da Argentina sobre as Ilhas Malvinas", o direito de Porto Rico de "ser livre e independente do jugo colonial" e o apoio total à Nicarágua na "dissolução dos laços com a desacreditada Organização dos Estados Americanos" (OEA). 

   Ele também destacou a presença da colaboração cubana com 58 brigadas médicas do Contingente "Henry Reeve" em mais de 40 países desde a declaração da pandemia de Covid-19 em 2020 e a cooperação na distribuição de vacinas desenvolvidas em Cuba para países como Nicarágua, Venezuela, Síria, Irã, Vietnã e a República Árabe Saharaui Democrática.

    Também participaram desta sessão de abertura o Presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez, membros do Bureau Político Esteban Lazo Hernández, Roberto Morales Ojeda e uma representação de cientistas cubanos que fizeram parte da equipe que criou as primeiras vacinas anti-Covid na América Latina, Soberana e Abdala, que foram calorosamente aplaudidos por todos os presentes.

  A reunião continuou nesta segunda-feira de manhã em três comissões temáticas simultâneas: "Solidariedade mundial, Covid-19 e o direito à vida dos povos", "Unidade na diversidade na luta anti-imperialista" e "Solidariedade com as causas justas dos povos".

    Não naturalizar o bloqueio, uma tarefa essencial


 "À coesão e unidade para derrotar o infame projeto imperial, que aloca recursos financeiros significativos para estimular e organizar a guerra cultural, midiática e subversiva que visa dividir e fraturar este povo heroico", chamou Bruno Rodríguez Parrilla durante a abertura do encontro. 

Os delegados discutiram em três comissões de trabalho sobre a unidade na diversidade na luta global anti-imperialista, o direito dos povos à vida e a defesa de causas justas, e o impacto do Covid-19 na região.

A exigência do fim do bloqueio contra Cuba (cujos danos, segundo Rodríguez Parrilla, totalizam 150.410 milhões de dólares até o final de 2021) foi um dos temas recorrentes do dia, assim como a campanha midiática manipulada a partir do exterior e dirigida à juventude cubana, ambos denunciados pelos delegados presentes na comissão de solidariedade.

     Graciela Ramirez, Coordenadora do Comitê Internacional para a Paz, Justiça e Dignidade para os Povos e chefe do correspondente da Resumen Latinoamericana em Cuba, detalhou algumas das "tarefas mais urgentes" em termos de solidariedade com o povo cubano.

         No início de seu discurso ele mencionou a amada revolucionária argentino americana Alicia Jrapko, coordenadora do Comitê Internacional para a Paz, Justiça e Dignidade dos Povos nos Estados Unidos, cujo parceiro de vida e luta Bill Hackwell estava presente, e o "querido Ricardo Alarcón, com quem aprendemos tanto a não ter expectativas nos diferentes governos, mas nos trabalhadores, artistas, profissionais e bom povo dos Estados Unidos; a importância de construir pontes de solidariedade e lutar contra o bloqueio". Ele prestou homenagem a ambos, não em silêncio, mas em um aplauso estimulante com o público de pé.

Ao mencionar o "brutal recrudescimento " do bloqueio com as 243 medidas coercivas sancionadas por Donald Trump contra Cuba "em meio a uma pandemia", testemunhou o enorme sofrimento do povo cubano que foi impedido de adquirir "nem aspirinas, nem respiradores, nem medicamentos e alimentos", quando "pessoas estavam morrendo nos hospitais apesar dos enormes esforços do governo cubano".

"Não podemos ter uma atitude de naturalização do bloqueio. Temos que lutar todos os dias contra a guerra não declarada imposta pelos Estados Unidos a um povo inteiro", proclamou ela.

    Ramírez exortou as pessoas a apoiar a Resolução para pôr fim a esta política criminosa e exigir que Cuba não seja excluída da Cúpula e "esteja presente" na Cúpula dos Povos, que será realizada paralelamente à 9ª Cúpula das Américas em Los Angeles, de 8 a 10 de junho, da qual Cuba e Venezuela foram excluídas até agora, e para a qual ele apelou para trabalhar em estreita colaboração com organizações norte-americanas como o Fórum dos Povos.

Ela também pediu a mobilização internacional para a libertação de Julian Assange, cuja extradição para os Estados Unidos está nas mãos do Ministro do Interior do Reino Unido. "Se Assange morrer na prisão, o direito à liberdade de imprensa também morrerá. É tarefa de todos evitar isso.

A estadunidense Gail Walker, Diretora Executiva da IFCO - Pastores pela Paz, também pediu ações fortes para tornar ainda mais visíveis à opinião pública as consequências sofridas pelo povo com uma política que é "um crime contra o povo cubano", como a brasileira Socorro Gomes, Presidente do Conselho Mundial pela Paz, também a descreveu.

   Dagmar García Rivera, Diretora de Pesquisa do Finlay Vaccine Institute, responsável pela criação da vacina Soberana, afirmou que "Cuba é uma ameaça para os Estados Unidos por causa do exemplo que representa para o mundo, por causa do exemplo de dignidade, de motivação", "tudo o que o imperialismo quer ofuscar no mundo".


"Cuba Resiste e Avança":

Declaração de Solidariedade com Cuba

  Durante o dia, foi acordada uma declaração que expressa solidariedade com o povo cubano diante das medidas coercitivas impostas contra Cuba durante a administração Trump e que são mantidas durante a nova administração Biden.

  "Os 1.058 participantes, de 54 países, do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba aprenderam o que a vontade de um povo altruísta é capaz de alcançar quando, liderado por um governo comprometido, continua avançando apesar da insistência da superpotência imperialista, empenhada em minar o nobre projeto social cubano, que se propôs a conquistar toda a justiça com todos e para o bem de todos.

O povo cubano continua comprometido com o legado do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz, uma referência legítima e paradigma de solidariedade em todo o mundo.

 Cuba resiste e avança apesar da política sustentada de bloqueio econômico, comercial e financeiro, intensificada com 243 medidas coercitivas unilaterais, adotadas pela administração Trump e mantidas pela administração Biden, em meio a uma pandemia global.

O bloqueio é a principal ferramenta do imperialismo em sua tentativa de quebrar e render o espírito de independência, altruísmo, socialismo e internacionalismo dos cubanos. Esta política cruel e hostil constitui uma violação sistemática e permanente dos direitos humanos de todo um povo e é rejeitada e condenada pela imensa maioria dos países do mundo e por todos aqueles que defendem a paz e o direito à soberania, autodeterminação e solidariedade entre os povos. O bloqueio é um ato de genocídio, um ultraje à humanidade e o principal obstáculo ao desenvolvimento de Cuba. 

  Em sua aplicação extraterritorial, o bloqueio privou os povos do mundo do direito de manter laços mais estreitos com um país que se destaca por sua criatividade, capacidade de resistência, espírito de luta e espírito de solidariedade.

Em meio às circunstâncias mais difíceis, o povo cubano manteve estoicamente sua nobre tradição de compartilhar o que tem, não o que lhe sobra. A colaboração médica cubana já cuidou de mais de um bilhão de pessoas em 150 países, sem outro compromisso que o de servir aos mais pobres e necessitados, praticando a solidariedade com ações e não com palavras.

Esta Reunião foi possível precisamente porque Cuba é um exemplo no enfrentamento da pandemia da COVID-19 com a imunização da maioria de seu povo com suas próprias vacinas, que também beneficiaram milhões de pessoas em todo o mundo. Este é o resultado de sua resistência criativa.

Apelamos ao mundo para que se mobilize em defesa da Revolução Cubana, cercada por uma brutal campanha midiática que exacerba a mentira, a manipulação, a desinformação e a desídia, que estimula o ódio e o confronto, para confundir e tentar justificar novas ações que visem reverter a ordem política, econômica e social livre e esmagadoramente escolhida pelo povo cubano.

Reafirmamos que, juntamente com os cubanos patrióticos que vivem no exterior, manteremos e promoveremos a jornada mundial de solidariedade com Cuba, a defesa de suas missões diplomáticas contra qualquer ação hostil, a mobilização de doações para apoiar seus esforços pela vida de seu povo e a promoção objetiva de sua realidade.

Pedimos coesão e unidade para derrotar o infame projeto imperial, que aloca recursos financeiros significativos para estimular e organizar a guerra cultural, midiática e subversiva que visa dividir e fraturar este povo heroico. Cuba demonstra que tem a força moral e ideológica para assegurar a continuidade da Revolução, que representa um símbolo de luta e de internacionalismo. Reafirmamos que "aquele que hoje se levanta por Cuba, se levanta por todos os tempos", como disse José Martí.


Com base no respeito ao direito internacional, à paz mundial e à soberania dos povos, à coexistência pacífica, à amizade, à solidariedade e à cooperação: Cuba socialista tem o direito de existir!


Chega de bloqueios!


Viva o internacionalismo e a paz!


Viva a Solidariedade com Cuba e os povos em luta"!


Havana, 2 de maio de 2022

                        


Desta forma, amigos solidários de diferentes países do mundo levantaram mais uma vez sua voz para exigir o fim de uma política genocida contra 12 milhões de cubanos e cubanas.


Fotos: Yaimi Ravelo/ Resumen Latinoamericano Cuba Correspondente


https://www.resumenlatinoamericano.org/2022/05/03/cuba-encuentro-internacional-de-solidaridad-con-cuba-la-denuncia-del-bloqueo-y-el-desafio-de-la-unidad-antimperialista/

Tradução: Carmen Diniz / Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba.

                        


Parte de integrantes do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos no Encontro 



17 de mai. de 2022

VIAGEM A CUBA (2) PRIMEIRO DE MAIO: A FESTA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS #NoMasBloqueo

                                                 

     Chega o grande dia esperado e saímos todos para a Praça da Revolução de madrugada, ainda noite.  Após dois anos sem o desfile do primeiro de maio em Cuba em função da pandemia,  especulava se com todos os problemas do último período, covid, arrocho do bloqueio, guerra na Europa, dificuldades de todos os tipos, se o povo realmente iria este ano mostrar sua resistência e apoio ao governo. Aí está o resultado.              


     O fato é que mais de cinco milhões de cubanos foram às ruas e praças por todo o país festejar o dia do Trabalhador e da Trabalhadora com a resistência de sempre. Um golpe nos que apostavam no fracasso ou em um não - apoio do povo aos seus governantes. Ledo engano. O que mantém esse país funcionando e sendo um pesadelo para o capitalismo é a força de seu povo, a consciência política e acima de tudo o socialismo. 

        


 A Praça da Revolução, lotada de cubanos e estrangeiros se enche de orgulho e alegria. Uma festa que começou com um desfile que trouxe como grupo à frente os profissionais de saúde que tanto contribuíram no combate à pandemia em Cuba e no mundo, seguidos das mais diversas categorias de trabalhadores, muito aplaudidos e encerrando o desfile com a Internacional cantada por todos em meio a lágrimas de emoção. Uma festa (esta sim...) da democracia. 

  Mais do ato:   https://pt.granma.cu/cuba/2022-05-03/misterios

 Um vídeo com parte do desfile (3min):   


   O gran finale do desfile: A Internacional ! De arrepiar !(2:50m)

                      



FOTOS : https://www.resumenlatinoamericano.org/2022/05/01/cuba-cobertura-especial-del-1o-de-mayo-vamos-con-todo/
#CubaViveYTrabaja 
    

    Em contraponto aos festejos da data, o Primeiro de Maio de 2022 contou com a triste notícia do falecimento do político e diplomata  Ricardo Alarcón de Quesada. Um sentimento de tristeza percorreu toda a Ilha por esse que foi um dos grandes nomes da Revolução Cubana em todos os momentos. Grande perda.

                        

Ricardo Alarcon

Mais: https://cubaenresumen.org/2022/05/01/cuba-fallecio-ricardo-alarcon-de-quesada/

16 de mai. de 2022

DECLARAÇÃO DO MINREX : um passo limitado na direção correta.

                                    

Hoje, o governo dos Estados Unidos  anunciou várias medidas, positivas mas de escopo muito limitado, com respeito a Cuba nas áreas de vistos, migração regular, voos para as províncias, remessas e ajustes nos regulamentos para transações com o setor não estatal.

Por sua natureza, é possível identificar algumas das promessas do Presidente Biden durante a campanha eleitoral de 2020 para aliviar  decisões desumanas tomadas pela administração do Presidente Trump, o que apertou o bloqueio para níveis sem precedentes e a política de "pressão máxima" desde então aplicada contra nosso país.

Os anúncios não modificam em nada o bloqueio, nem as principais medidas de cerco econômico tomadas pela Trump, tais como as listas de entidades que estão sujeitas a medidas coercivas adicionais, nem elimina as proibições de viagem impostas aos americanos.

EUA anunciam medidas para Cuba.

Não reverte a inclusão arbitrária e fraudulenta de Cuba na lista do Departamento de Estado de países alegadamente patrocinadores do terrorismo, uma das principais causas das dificuldades de Cuba em suas transações comerciais e financeiras em muitas partes do mundo.

É, entretanto, um passo limitado na direção correta, uma resposta à denúncia do povo e do governo cubanos. Também responde aos apelos da sociedade norte-americana e dos cubanos que vivem nos EUA. Esta tem sido uma exigência da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe e de quase todos os Estados membros das Nações Unidas, expressada no voto esmagador contra o bloqueio. Estas são apenas exigências que têm sido ignoradas pelo governo dos EUA a um custo muito alto para nossa população.

Desde 2019, o bloqueio foi intensificado ao extremo, aproveitando oportunisticamente o contexto da pandemia de Covid 19, a crise internacional e a consequente depressão econômica. Sem exagero, as consequências deste cerco podem ser descritas como devastadoras. O aumento da migração é uma mostra disso.

Ao tomar estas medidas limitadas, o Departamento de Estado está usando uma linguagem abertamente hostil, acompanhada por calúnias tradicionais e novas falácias que se tornaram moda nos últimos meses, demonstrando que nem os objetivos da política dos EUA contra Cuba, nem suas principais ferramentas, mudaram

Para conhecer o alcance real deste anúncio, será necessário aguardar a publicação dos regulamentos de implementação.

O Governo de Cuba reitera sua disposição de iniciar um diálogo respeitoso em pé de igualdade com o Governo dos Estados Unidos, com base na Carta das Nações Unidas, sem interferência nos assuntos internos e com pleno respeito à independência e soberania.

https://www.pcc.cu/noticias/declaracion-del-minrex-un-paso-limitado-en-la-direccion-correcta

Tradução: Carmen Diniz 




As medidas: 

https://www.granma.cu/mundo/2022-05-16/estados-unidos-anuncia-medidas-para-cuba




VIAGEM A CUBA ABRIL/MAIO 2022 (1): dia 29 de abril ALICIA JRAPKO


Uma homenagem de Cuba a Alicia Jrapko, aquela grande "pequena luz" no caminho da solidariedade

Por Laura V. Mor/ Fotos: Yaimi Ravelo/ Video: Victor Villalba Gutiérrez/ Resumen Latinoamericano Corresponsalía Cuba.

    Havana, 29 de abril de 2022 - "Alicia Jrapko Vive". Uma vida de luta pela mudança revolucionária no mundo" é o nome da exposição fotográfica inaugurada hoje na sede do Sindicato dos Jornalistas e Escritores de Cuba (UPEC) na capital cubana e que traça em imagens a vida de "uma mulher que não foi apenas solidária com Cuba, mas com todas as causas nobres e justas deste mundo".

    Foi assim que Ricardo Ronquillo, Presidente da UPEC, descreveu nossa querida companheira do Resumen Latinoamericano no Escritório do Correspondente dos EUA, junto com seu marido Bill Hackwell.

 "Somente alguém com sua capacidade de amar pode unir pessoas com tanta história". Ela será sempre um símbolo", disse o Herói da República e amigo de Alicia, Gerardo Hernández Nordelo, diante de um auditório cheio de colegas solidários de diferentes partes do mundo que se reuniram para recordar sua vida.

   Alicia, que nos deixou fisicamente em 11 de janeiro, era argentina, de Merlo, na Província de Buenos Aires. Estudou jornalismo em Córdoba, viveu vários anos no México após seu exílio, até que finalmente se estabeleceu nos Estados Unidos, onde começou a trabalhar em solidariedade com Cuba junto com Pastores por la Paz.

                        

     Até seus últimos dias ela foi coordenadora do Comitê Internacional pela Paz, Justiça e Dignidade para os Povos (antigo Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco) e Co-Presidente da Rede de Solidariedade com Cuba nos Estados Unidos.

   Entre as distinções que recebeu por seu enorme compromisso político estavam a medalha "Félix Elmuza", o Brasão da Cidade de Holguín e a Medalha da Amizade concedida pelo Conselho de Estado da República de Cuba, sob proposta do Instituto Cubano de Amizade com os Povos.

  "A grande causa de Alicia Jrapko foi a plena reivindicação do povo cubano, uma batalha que ela empreendeu com enorme capacidade organizacional. Ela não conhecia impossibilidades e por isso, pelo anonimato, ela fez tudo por nosso povo", lembrou a jornalista e vice-presidente da UPEC Rosa Miriam Elizalde.

   "Por que é importante que a Revolução Cubana exista? Porque é aquela luzinha no fim do caminho", dizia Alicia; que hoje também se transforma naquela grande "luzinha" que "nos rearmará e nos dará forças para continuar lutando" na defesa de Cuba e de todas as causas justas, seguindo as palavras de Graciela em homenagem a Alicia.

    "Cada pessoa brilha com sua própria luz entre todas as outras. Não há dois fogos iguais. Há fogos grandes e pequenos e fogos de todas as cores. Há pessoas de fogo sereno, que nem notam o vento, e há pessoas de fogo louco, que enchem o ar de faíscas. Alguns fogos, fogos bobos, não se acendem ou ardem; mas outros ardem tão intensamente que você não consegue olhar para eles sem piscar, e quem se aproximar, acende", escreveu Eduardo Galeano em "El libro de los abrazos" (O livro dos abraços).  Alicia é uma dessas pessoas, como disse Graciela, sem dúvida.

Celebrar a grandeza humana e moral" de uma mulher como Alicia - como Ricardo Ronquillo tão bem definiu - é o objetivo desta exposição fotográfica. A partir de hoje, ela pode ser visitada na sede da UPEC e retrata uma vida de luta, dedicação revolucionária e, acima de tudo, muito amor


VEJA A REPORTAGEM COMPLETA COM FOTOS E VÍDEOS :  

https://cubaenresumen.org/2022/04/30/un-homenaje-desde-cuba-a-alicia-jrapko-esa-gran-lucecita-en-el-camino-de-la-solidaridad/

Mais um vídeo em homenagem à querida Alicia:


E por fim, alguns registros de Alicia Jrapko em sua estadia no Brasil (fotos de Bill Hackwell) 

Na Câmara Municipal do Rio de Janeiro em atividade pela liberdade dos 5 cubanos

Na Escola Nacional Florestan Fernandes 


       Tradução e edição: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba