Por Mariela Castro* publicado em 6 de novembro de 2023
"Em menos de um mês, o bombardeio do exército israelense contra a população indefesa de Gaza matou mais de 8.000 pessoas e feriu mais de 20.000, a maioria delas crianças, adolescentes, mulheres, algumas delas grávidas e idosos.
Destruíram hospitais, escolas, casas e centros religiosos, com a convicção de que o único palestino bom é o palestino morto. Quanta crueldade e cinismo caracterizam o regime sionista de Israel. Sob o pretexto de punir a resistência palestina, eles assassinam mães e seus filhos.
O antissemitismo contra a Palestina perpetrado pelo Estado terrorista de Israel responde apenas aos interesses econômicos e geopolíticos da dominação imperialista, liderada pelos EUA com o apoio covarde e inaceitável da União Europeia.
Em um momento de tamanha dor, eu me solidarizo com o povo palestino e me uno ao apelo global pelo fim imediato do genocídio em Gaza.
Junto-me a todas as vozes que se manifestam contra a usurpação colonial dos territórios palestinos, contra a perseguição cruel e impiedosa de seus cidadãos.
É hora de exigir a libertação dos prisioneiros palestinos para garantir a libertação dos soldados israelenses sequestrados.
Também me solidarizo com as pessoas de fé judaica, que enfrentam o sionismo com dignidade e coragem em todo o mundo. Uno-me àqueles que condenam as violações do direito internacional pelo Estado de Israel e grito: Não em nosso nome ou Palestina do rio ao mar.
Nesses dias terríveis de genocídio em Gaza, fiquei comovida ao ouvir o som terno da palavra habibi (*meu amor) em meio aos soluços das crianças que beijam seus entes queridos pela última vez, ao lado das cenas desoladoras de mães, pais, irmãos, profissionais de saúde chorando em desespero pelas vidas inocentes arrancadas pela barbárie sionista.
A humanidade sente uma dor incurável e uma indignação que se acentua a cada dia.
A ditadura sionista do Estado terrorista de Israel não será perdoada por Deus nem pela humanidade. O povo não esquecerá a covardia dos líderes que se opuseram ao fim do genocídio em Gaza quando ele foi aprovado por uma resolução da ONU.
A Palestina é e sempre será uma terra árabe, juntamente com os cristãos e judeus originais. Seus mártires ressurgirão das cinzas para continuar a lutar pela plena soberania palestina e pela paz mundial.
Peço que todos os dias dediquemos um minuto de silêncio às vítimas de Gaza, aos mártires do sionismo e aos excessos do imperialismo.
Convoco todas as mulheres a unirem suas vozes pela paz na Palestina. O mundo está com a Palestina, a humanidade deseja a paz.
Quem se levanta hoje com a Palestina, se levanta para todos os tempos.
Palestina vencerá".
*Mariela é a diretora do Centro Nacional de Educação Sexual (CENESEX) e uma ativista pelos direitos da comunidade LGBT em Cuba. É autora de nove livros.
https://www.resumenlatinoamericano.org/2023/11/06/cuba-mariela-castro-palestina-es-y-sera-siempre-tierra-arabe-2/
Tradução: Carmen Diniz/ Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas.
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