Maduro exorta líderes mundiais a combaterem o fascismo
O
Presidente da República, Nicolás Maduro, presidiu esta sexta-feira o Encontro
por uma Alternativa Social Global, promovido pela ALBA-TCP e pelo Instituto
Simón Bolívar da Venezuela.
A
atividade, que aconteceu em Caracas, debateu a construção de uma agenda comum
contra o imperialismo.
O
chefe de Estado iniciou o seu discurso dando as boas-vindas aos líderes das
nações que visitam a Venezuela: “Hoje participam 60 países e temos 300
convidados nacionais e internacionais”.
Da
mesma forma, destacou aos presentes o aniversário que o povo venezuelano
comemora nesta sexta-feira: “Foi neste 19 de abril de 1810 que o Grito de
Caracas tocou a campainha do que seria a guerra contra o colonialismo espanhol,
a guerra que permitiu a independência política nessa fase.”
“Hoje
comemoramos 214 anos desse grito que é o mesmo, o povo é o mesmo, a batalha é a
mesma e a vitória hoje nos pertence”, disse Maduro.
Por outro lado, o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil, João Pedro Stédile, tomou a palavra e enfatizou: “O planeta está em risco devido à ofensiva dos capitalistas. Está acontecendo uma verdadeira barbárie, o que estamos vendo no Haiti e em Gaza são genocídios por ação do capitalismo, que só se preocupa em vender armas”.
![]() |
João Pedro Stédile pede para retomar os trabalhos básicos. |
“O capitalismo não hesita em apelar ao
fascismo para se manter. Avaliamos que é um sistema decadente que nada tem a
oferecer ao povo. Esperamos que através do Alba-TPC e do Brics possamos
enterrar o dólar. Porque o dólar é a principal arma de exploração das pessoas,
é por isso que devemos lutar contra o dólar”, ressaltou Stédile.
Lançou
ainda uma autocrítica aos presentes: “Não podemos só falar mal dos nossos
inimigos, temos que perceber como eles funcionam. Por que não podemos enfrentar
o capitalismo? Porque precisamos de um movimento popular maior, temos que nos
organizar para derrotá-los. Devemos retomar o trabalho básico, como disse o
Comandante Chávez, ir de casa em casa e travar a luta ideológica através das
redes. Temos uma tarefa: construir um programa comum.”
O
Presidente Nacional aplaudiu as palavras de Stédile e exortou todos os líderes
das nações a lutarem contra o neoliberalismo e o fascismo, retomando os
movimentos populares de massas.
“A
única forma de estarmos preparados para as lutas que temos de travar é ter a
população consciente, ativa, informada e mobilizada”, ressaltou.
Numa
outra ordem de ideias, o presidente Maduro alertou o povo sobre a extrema
direita onde argumentou que o sionismo está por trás dela: “Aqui na Venezuela
estão por trás dos sobrenomes, Machado, Capriles, todos saíram para aplaudir o
genocídio contra o povo palestino, todos saíram para aplaudir o ataque e o
bombardeio de mísseis contra o consulado iraniano em Damasco, todos, Machado,
López, Capriles.”
O
presidente também parabenizou o presidente da Colômbia pelo seu aniversário e
indicou que com a Colômbia “não nos separarão, não importa o que façam os
impérios do norte. Temos um pai comum, Simón Bolívar, e um destino comum: a
união, a cooperação e o desenvolvimento partilhado desta imensa região”.
“Temos a mesma bandeira; amarelo, azul e vermelho, que foi a bandeira dos nossos libertadores. Quem o criou? Francisco de Miranda. No Haiti, a bandeira tricolor foi criada e hasteada pela primeira vez”, lembrou Maduro.
![]() |
Evo Morales enfatizou que as nações antiimperialistas consolidadas são uma derrota para o império. |
Da
mesma forma, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, interveio para falar da
consolidação de Cuba e Venezuela como países que lutam contra o imperialismo:
“Temos dois governos consolidados, dois países consolidados, Cuba e Venezuela,
governos anti-imperialistas e muitos governos socialistas, de tendências
humanísticas. “É uma derrota para o império e é por isso que está em declínio.”
“Eles
planejam como nos dividir, como nos dominar, como roubar os nossos recursos
naturais. Essa é a luta, não só na América Latina, mas em todo o mundo”,
afirmou Morales.
Aquecimento
global
O Presidente Maduro fez uma breve reflexão sobre o aquecimento global onde afirmou que: “Estamos entrando rapidamente numa nova era e temos de estar na vanguarda da nova era. Confio que o grande desenvolvimento científico e tecnológico nos permitirá liberar o planeta do aquecimento global e da destruição".
“Acredito
que as medidas de mitigação e prevenção podem, num determinado momento, ser
combinadas com medidas de cura para as feridas que o capitalismo criou no
planeta em 200 anos”, disse.
Após
esta sessão, o dignatário nacional expressou aos presentes a necessidade de
criar uma nova alternativa social global contra o capitalismo e o fascismo.
“Chegou
a hora dos movimentos sociais da ALBA com uma visão muito ampla, baseada na
civilização humana, na paz, no amor, na vida e na esperança, num mundo
multipolar a partir dos povos”, indicou.
Por
fim, o presidente alertou o imperialismo que hoje mais do que nunca “a ALBA
está consolidada, hoje a ALBA é uma referência moral, política, programática,
hoje a ALBA é uma referência para as pessoas que lutam e que sonham”.
https://www.resumenlatinoamericano.org/2024/04/20/venezuela-maduro-insta-a-lideres-mundiales-a-luchar-contra-el-fascismo/
Nenhum comentário:
Postar um comentário