29 de jun. de 2024

CUBA, A ILHA MAIS ESPIONADA

                           

 Arthur González 

     De Miami, um jornalista de origem cubana que fez carreira graças à Revolução, realizou de 17 a 21 de junho de 2024 um programa intitulado “A Ilha dos Espiões”, exibido na televisão daquela cidade com o objetivo de acusar Cuba de semear espionagem nos Estados Unidos e constituir uma “ameaça” à segurança nacional.

     O jornalista escondeu deliberadamente que Cuba tem sido o ninho da espionagem ianque, muito antes do triunfo de Fidel Castro em 1959 e é verdadeiramente a ilha mais espionada do Hemisfério Ocidental, algo que a história reflete e não pode ser negado.

     Uma carta do secretário de Estado ianque, John Quincy Adams, datada de 29 de abril de 1823, dirigida ao agente Thomas Randall, enviado a Havana com a missão de espionar para o governo dos Estados Unidos, diz entre outras questões interessantes:

 

“Durante a sua estadia na Ilha de Cuba, comunicarás privadamente, em notas confidenciais a este Departamento, todas as informações que puder obter, sobre a situação política da Ilha, os objetivos do seu Governo e os sentimentos dos seus habitantes [. …]”

 

      Nem se diz que, na década de 1950, a sede da CIA em Havana era composta por mais de 24 agentes da CIA, do FBI e da inteligência militar, que ocupavam diferentes cargos diplomáticos, o que lhes permitia recrutar agentes nas diferentes esferas da política cubana, vida econômica e militar, para obter informações de interesse dos Estados Unidos. Além disso, enviaram vários oficiais como supostos empresários e comerciantes para circular livremente pelo país e conhecer diretamente a situação do tecido social.

      Entre os oficiais com cobertura não diplomática (NOC) estava David A. Phillips, especialista em guerra psicológica que participou em 1954 nas atividades da CIA contra Jacobo Árbenz na Guatemala. Em 1958 foi enviado a Cuba para dirigir uma campanha de guerra psicológica para desacreditar o movimento revolucionário, por uma agência de relações públicas. Em 1961, esse oficial da CIA orientou o assassinato de Fidel Castro.

     A CIA utilizou extensivamente a colônia de cidadãos americanos em Cuba, entre eles Edmund Moranskie, residente em Havana desde antes de 1959, empresário da distribuidora de filmes Columbia Pictures; Frank Clark Emmick, presidente do American Club e empresário da empresa COMARCU, dedicada à exportação de frutos do mar, o pecuarista Lawrence Kirby Lunt, Geraldine Shamma e Warren Payne, entre muitos.

     Em 1956, a CIA realizou a sua reunião anual de Chefes de Estação Latino-Americanos em Havana, porque consideravam Cuba a sua neocolónia.

     O jornalista de Miami não sabe que Allen Dulles, diretor da CIA de 1953 a 1961, visitou a Ilha e dirigiu a criação do Bureau para a Repressão das Atividades Comunistas (BRAC)? O secretário-geral desse órgão era o tenente-coronel Mariano Faget Díaz, e os oficiais que o compunham recebiam treinamento e recursos de seus homólogos ianques.

     Lyman Kickpatrick, 1º inspetor da CIA, visitou a Ilha em três ocasiões para avaliar  in situ  a situação política em Cuba e o real apoio do povo ao movimento contra o ditador Fulgêncio Batista.

      Os oficiais da CIA e do FBI, Charles Wilson, John Watcher, Elton Vaughan, baseados na sede da CIA em Havana, colaboraram com os órgãos repressivos da tirania, e até portavam documentos como membros do Serviço de Inteligência Militar (SIM) e do Bureau de Inteligência Militar. Investigação (BI).

     William A. Morgan e John M. Spiritto chegaram a Cuba em 1958 com a missão de integrar a Frente Nacional de Escambray e recrutar entre os seus membros, como fizeram com Eloy Gutiérrez Menoyo e outros. Por sua vez, a Estação de Havana ordenou ao oficial Robert Wichea, com fachada de vice-cônsul em Santiago de Cuba, que penetrasse no movimento 26 de Julho. Em agosto de 1958, a CIA enviou o oficial Frank Sturgis e o agente Pedro Díaz Lanz à Sierra Maestra num pequeno avião armado, como justificação para a abordagem a Fidel Castro.

    Após o triunfo revolucionário, a Estação de Havana desenvolveu um extenso trabalho a nível nacional e os seus oficiais organizaram os primeiros grupos contra-revolucionários, sendo os oficiais do FBI Edwin L. Sweet e William G. Friedman surpreendidos e detidos enquanto treinavam numa casa privada localizada em bairro Miramar, a diversos elementos para a execução de ações subversivas.

    Os adidos militares da embaixada ianque, coronel Erickson S. Nichols e major Robert Van Horn, promoveram um plano para explodir a refinaria de petróleo Ñico López e a usina de Tallapiedra, ambas no ancoradouro de Havana, além de outras para assassinar a Fidel Castro.

     Por que esse trabalho jornalístico de Miami que procura acusar Cuba de espionagem nos Estados Unidos não fala das ações realizadas pela CIA desde 1959 contra a Revolução para afetar a segurança nacional?

     Dois casos que merecem ser levados ao cinema foram a instalação, por agentes da CIA, de microfones de última geração na sede da agência de notícias chinesa SINJUA, em 1960, e nas instalações onde deveria funcionar a nova embaixada soviética em Havana.

     No primeiro caso, os técnicos da CIA foram apanhados em flagrante, quando varriam o chão do apartamento superior da agência chinesa e instalavam os microfones, que seriam operados remotamente a partir de outro local. A CIA enviou o chefe da sua divisão técnica do Hemisfério Ocidental a Havana com visto de turista, juntamente com pessoal qualificado, ao qual se juntaram outros oficiais localizados na embaixada. Os supostos turistas foram punidos e presos; os “diplomatas” expulsos de Cuba.

    No segundo caso, enviaram uma equipe técnica que instalou sub-repticiamente microfones na cobertura do Hotel Rosita de Hornedo, hoje empresa CIMEX, que seriam acionados a partir de um apartamento do prédio vizinho, de propriedade de um cubano por eles recrutado.

    Esta interferência ianque poderia afetar a segurança nacional de Cuba, pois a parte estrangeira pensava que se tratava de uma atividade dos órgãos de segurança cubanos.

    O oficial da CIA Philip Agee, no seu livro “Inside The Company, CIA Diary”, expõe informações sobre as operações realizadas pela DTS e pela CIA na América Latina e nas embaixadas e instalações cubanas após o triunfo revolucionário.

   Os planos desclassificados da CIA demonstram as suas ações contra Cuba, entre outras:

“Plano para a deserção de altos funcionários do governo cubano, a fim de dividir o regime por dentro.”

“Ações encobertas e enganosas, para ajudar a dividir o regime comunista em Cuba, com o apoio dos Departamentos de Defesa, de Estado e do FBI.”

“Operações para iniciar um movimento popular contra a Revolução.”

“Implementar um programa secreto de recolhimento de informações para os requisitos estratégicos dos Estados Unidos e outras necessidades operacionais.”

“Ações de propaganda para estimular a sabotagem e outras formas de resistência passiva e ativa.”

“Estimular o descontentamento nos centros militares e outros poderes.”

“Apoiar grupos anti-Castro na execução destas ações.”

 

    No material de Miami, não há uma única referência às operações terroristas contra o povo cubano, organizadas e financiadas pela CIA, desde a fracassada invasão da Baía dos Porcos, os voos de espionagem com aviões U-2, até aos realizados pela ALFA 66, os L Commandos, a CORU, os incêndios em centros comerciais, cinemas, teatros, escolas, fábricas e locais de trabalho, os mais de 600 planos de assassinato contra Fidel Castro, e a introdução de pragas e doenças contra as pessoas, a fauna e a flora da ilha.

    Para esclarecer a opinião pública nos Estados Unidos, deveriam divulgar o relatório do Inspetor Geral da CIA, elaborado em 1967 e desclassificado em 1994, sobre as conspirações para assassinar Fidel Castro, que explica detalhadamente o recrutamento do Comandante Rolando Cubelas, ao OMS treinados para eliminar o líder cubano, fato muito mais perigoso que a atividade de inteligência levada a cabo por Ana Belén Montes.

    Alzheimer ou premeditação do jornalista, ao ignorar a denúncia feita por Cuba à CIA em Outubro de 1976, quando os seus agentes explodiram um avião civil cubano com 73 pessoas a bordo, e outra em Junho de 1987, onde a televisão cubana publicou durante semanas o recrutamento, processo e orientação a 26 funcionários do Estado e a um diplomata italiano, para procurarem informações econômicas, políticas e militares, que permitiriam aos Estados Unidos sabotar as contratações cubanas e impedir a obtenção de créditos financeiros.

   Todos eles enganaram oficiais ianques experientes, uma situação relatada pelo oficial da CIA Ronald Kessler no seu livro “Incide The CIA”.

    Nessa denúncia com filmagens secretas, Cuba expôs o trabalho ilegal de 38 oficiais da CIA, credenciados como diplomatas na missão ianque em Havana e outros 113 oficiais que atuaram sob o disfarce de funcionários em trânsito durante um ano, onde o fornecimento de estado-de- -equipamentos de transmissão de última geração, dinheiro e meios para criptografar e decifrar informações, aos seus supostos agentes.

   Esta é a queixa mais veemente feita à CIA, mas foi silenciada pela imprensa ianque e pelos seus aliados, o que mostra que Cuba é uma vítima e por isso se defende.

   É por isso que José Martí afirmou:

“A verdade é apenas uma, e aquele que a diz quando os outros têm medo de dizê-lo, prevalece.”

http://razonesdecuba.cu/cuba-la-isla-mas-espiada/

@comitecarioca21


                                PARTICIPE : 

20 de jun. de 2024

UM DIA INESQUECÍVEL EM MARICÁ (ou MariCuba, como alguns definem ) +fotos e vídeos em port/esp

Encerramento da exibição de "Onde estão os girassóis" 
                                                   

   No último dia 12 de junho o Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos visitou o Município de Maricá, no Rio de Janeiro com o objetivo de fazer a estreia no Brasil do filme cubano “Onde estão os Girassóis” produzido pelo Resumen Latinoamericano e recém estreado em Havana no Centro Fidel Castro.

     As atividades realizadas na cidade faziam parte da homenagem prestada a  Ernesto Che Guevara na semana da data de seu nascimento (14/06/1928).                          

   Uma das visitas do Comitê foi ao Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, um grande hospital que atende não somente a população de Maricá como também do entorno. Um importante empreendimento realizado pela prefeitura da cidade e que dá dignidade aos moradores da região. Além da dimensão do hospital e das referências ao Dr. Guevara, o hospital continua crescendo, agora com o projeto de construção de um heliponto para melhor atender.                                           


Saiba mais : https://www.marica.rj.gov.br/noticia/hospital-municipal-dr-ernesto-che-guevara-completa-4-anos-oferecendo-assistencia-de-qualidade-a-populacao/

    Ao saber que o hospital que leva seu nome não contava com nenhuma foto ou desenho de seu rosto,  o Comitê se incumbiu de presentear o Hospital ,na pessoa de seus diretores e funcionários, com um quadro emoldurado trazido de Cuba, desenhado por artista cubano e com sua consigna: Há que se endurecer, sem perder a ternura jamais”. Além da cópia de sua certidão de nascimento para ser emoldurada e colocada à vista de seus visitantes.

Dra Simone Maeso - Diretora Geral / Dr. Marcos Victoriano - Diretor Técnico
Dr. Claudio Moraes - Diretor Administrativo / Valéria Costa - Diretora Multiprofissional
                             Fotos: Georges Nickolas - Assessor de Comunicação

Famosa frase do médico Guevara na lateral do hospital 

A entrada do hospital Dr. Ernesto Che Guevara.

       

Atrás das pessoas se vê a construção de um heliponto para o hospital.

   Após a visita ao hospital seguimos para a Incubadora de Inovação Social em Cultura, única com essas características no Brasil que conta com uma boa quantidade de equipamentos de alta tecnologia, muito impressionante. Tudo público e muito eficiente. Trata-se do ICTIM. O Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) é uma autarquia com missão institucional voltada para a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico, e o desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços inovadores. Uma instituição “hightech” muito bem estruturada. Ali conversamos sobre projetos a se desenvolverem em intercâmbio com Cuba proximamente.                          

Com Mariana Maia, representante da ICTIM e Carlos Alves na porta da ICTIM
                    
 

  Em seguida nos dirigimos à sede do Programa “Sim eu posso” na cidade , método cubano de alfabetização que uma brigada do Movimento Sem Terra (MST) põe em prática na cidade com o apoio da Prefeitura.

  Saiba mais : https://www.instagram.com/jornadaalfabetizacao_marica/   

  e aqui: https://www.facebook.com/profile.php?id=100086484923879

Luciane Olegario da Silva, Daniel Rodrigues da Silva, Indianara dos Santos Maia, Jean Carlo Pereira:      Coordenador da Brigada Nacional Joaquim Piñero.
               Coordenação Político Pedagógica, do Sim eu Posso em Maricá.

           Um lindo projeto que conta com mais de 250 voluntários e já alfabetizou mais de mil moradores no período de um ano. Um trabalho valoroso e muito valioso. Ficamos encantados com a reunião com os 4 militantes que nos contaram toda a história do projeto na cidade e a vontade revolucionária de alterar a realidade local.  

                                
    
    

À noite, a  atividade na cidade foi a estreia nacional do filme cubano “Onde estão os girassóis” no Cinema Público Municipal Henfil , um cinema localizado na parte central da cidade e que serve cultura da melhor qualidade à população. 

Saiba mais : https://www.marica.rj.gov.br/orgao/cine-henfil/ 

Em participação antes da exibição, o secretário de Cultura 
Leandro da Silva, saúda o evento.

O cinema, muito bonito e confortável nos recebeu com muita camaradagem e ali exibimos, então, pela primeira vez no país, o filme cubano. O debate posterior foi muito rico, os participantes gostaram muito da exibição e ainda fizemos um sorteio de peças de artesanato cubano e charutos , um  grand finale  do evento            

Maricá foi a cidade escolhida pelo Comitê Internacional como o local de estreia do filme no Brasil exatamente pela proximidade com Cuba, os diferentes projetos que estão sendo realizados  entre a cidade e a Ilha e como uma espécie de reconhecimento às autoridades locais por exercerem esta proximidade pelo bem-estar de sua população além de uma espécie de alternativa ao criminoso bloqueio que os diferentes governos dos EUA impõem a Cuba há mais de 60 anos.


            Conclusão inevitável a que chegamos após as atividades em Maricá é de encantamento pelo tanto que se pode realizar e uma prefeitura que – assim como Cuba – coloca seus habitantes no centro das atenções. A certeza de que é possível alterar a realidade de uma localidade e oferecer a seus cidadãos serviços e equipamentos destinados a seu crescimento intelectual além de possibilitar mais  facilidades em seu dia a dia. Há uma moeda local (mumbuca), ônibus de graça, bicicletas de graça, um hospital de primeira linha, enfim, uma série de benefícios que humanizam a vida cotidiana de seus cidadãos

 O  Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos - Capítulo Brasil agradece de coração às pessoas e entidades que tornaram possível essa visita à cidade de Maricá. Sem eles nada disso seria possível.:

 Carol Souza da favela.ong, Carlos Alves, nosso companheiro de lutas há muitos anos, representando o MNU   (Movimento Negro Unificado), o grupo  LGBT Maricá  e a CMP (Central de Movimentos Populares) @_gabrielalopes_ , o Secretário de Cultura de Maricá, Leandro da Silva e  os companheiros do @CineHenfil 

  Com muita alegria, exibimos aqui um vídeo de Aleida Guevara March, filha do Che e médica como o pai, que envia uma saudação especial a todas as pessoas e entidades que nesta data homenageam, anualmente, o Comandante Che Guevara.  :




UN DÍA EN MARICÁ (o MariCuba, como algunos la definen) +fotos y vídeos

El 12 de junio, el Capítulo Brasil del Comité Internacional por la Paz, Justicia y Dignidad de los Pueblos visitó a la ciudad de Maricá, en Río de Janeiro, para estrenar la película cubana "Donde están los girasoles", producida por Resumen Latinoamericano y exhibida recientemente en La Habana, en el Centro Fidel Castro.
Las actividades realizadas en la ciudad formaron parte del homenaje rendido a Ernesto Che Guevara, durante la semana de la fecha de su nacimiento (14/06/1928).    
Una de las visitas del Comité fue al Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, un gran establecimiento que atiende no sólo a la población de Maricá, sino también de los alrededores. Se trata de una importante obra llevada a cabo por la alcaldía de la ciudad y que aporta dignidad a los habitantes de la región. Además de su tamaño y de las referencias al Dr. Guevara, el hospital sigue creciendo, ahora con el proyecto de construir un helipuerto para atender mejor.
Cuando el Comité se enteró de que el hospital que lleva su nombre no tenía fotos ni dibujos del rostro del Che, le regaló, en la persona de sus directores y personal, un cuadro enmarcado traído de Cuba, dibujado por un artista cubano y con su lema: "Debemos endurecernos, sin perder nunca la ternura". También tenía enmarcada y expuesta a la vista de los visitantes una copia de su partida de nacimiento.
Tras la visita al hospital, fuimos a la Incubadora de Innovación Social en Cultura, única en su género en Brasil, que cuenta con un impresionante equipamiento de alta tecnología. Todo público y muy eficiente. Este es el ICTIM, el Instituto Maricá de Ciencia, Tecnología e Innovación, una organización con una misión institucional centrada en la investigación básica o aplicada de carácter científico o tecnológico, y en el desarrollo de nuevos productos, procesos y servicios innovadores. Es una institución de alta tecnología, muy bien estructurada. Allí hablamos de los proyectos que se desarrollarán, en un programa de intercambio con Cuba en un futuro próximo.                          
Luego fuimos a la sede del programa "Yo sí puedo" en la ciudad, un método cubano de alfabetización que una brigada del Movimiento de los Sin Tierra (MST) está poniendo en práctica en  Maricá, con el apoyo del Ayuntamiento. Se trata de un hermoso proyecto en el que participan más de 250 voluntarios y que ya ha alfabetizado a más de mil vecinos en el espacio de un año. Es un esfuerzo valioso y que merece la pena. Nos encantó el encuentro con los cuatro activistas que nos contaron toda la historia del proyecto en la ciudad y su voluntad revolucionaria de cambiar la realidad local.   
Por la noche, la actividad en la ciudad fue el estreno nacional de la película cubana "Donde están los girasoles", en el Cine Público Municipal Henfil, situado en la parte central de la ciudad, donde se ofrece cultura de la más alta calidad a la población. El cine, muy bonito y confortable, nos acogió con gran camaradería y allí proyectamos la película cubana por primera vez en el país. El debate posterior fue muy rico, los participantes disfrutaron mucho de la proyección y también realizamos un sorteo de artesanía cubana y puros, un gran colofón para el evento.
Maricá fue elegida por el Comité Internacional como sede del estreno de la película en Brasil precisamente por su proximidad con Cuba, por los diferentes proyectos que se están llevando a cabo entre la ciudad y la isla, y como una especie de reconocimiento a las autoridades locales, por ejercer esta proximidad para el bienestar de su población, así como una especie de alternativa al criminal bloqueo que los diferentes gobiernos de EEUU han impuesto a Cuba durante más de 60 años.
La conclusión inevitable a la que llegamos, después de las actividades en Maricá, es la alegría por lo mucho que puede lograr un gobierno municipal que – como el de Cuba – pone en el centro la atención a sus habitantes; la certeza de que es posible cambiar la realidad de una localidad y ofrecer a sus ciudadanos servicios y oportunidades orientados a su crecimiento intelectual, además de facilitarles su vida cotidiana. Maricá tiene una moneda local (mumbuca), autobuses gratuitos, bicicletas gratuitas, un hospital de primer nivel, en fin, una serie de beneficios que humanizan la vida cotidiana de sus ciudadanos
El Comité Internacional por la Paz, la Justicia y la Dignidad de los Pueblos - Capítulo Brasil agradece de corazón a las personas y organizaciones que hicieron posible esta visita a la ciudad de Maricá. Sin ellos, nada de esto habría sido posible: Carol Souza de favela.ong, Carlos Alves, nuestro compañero de armas durante muchos años, en representación del MNU (Movimiento Negro Unificado), el grupo LGBT de Maricá y el CMP (Centro de Movimientos Populares) @gabrielalopes, el Secretario de Cultura de Maricá, Leandro da Silva y los compañeros de @CineHenfil. 
Por último, un video de Aleida Guevara March, hija del Che que también es médica, como fue su padre, con un saludo especial a todas las personas y organizaciones que honran al Comandante Che Guevara todos los años en esta fecha.


                 

19 de jun. de 2024

PALESTINA LIVRE DO RIO AO MAR !! (+fotos e vídeos) port/esp

                       

    Nos dias 13 e 14 de junho, várias entidades do Rio de Janeiro receberam as visitas do palestino Jamal Juma', fundador da Campanha Palestina Contra o Muro do Apartheid e do movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) e de Maren Mantovani, coordenadora de relações internacionais da Campanha Palestina Contra o Muro do Apartheid e que  atua na secretaria internacional do Comitê Nacional Palestino do Movimento BDS.

  Na manhã do dia 13  foi realizada uma coletiva de imprensa no Gabinete do deputado Glauber Braga. No período da tarde, os dois foram recebidos pelos gabinetes das deputadas estaduais Marina dos Santos e Elika Takimoto, ambas do PT. À noite ocorreu o Ato Público no SINPRO- RJ (Sindicato dos Professores) : 'As armas de Israel matam na Palestina e no Brasil' que reuniu mais 100 pessoas de diferentes movimentos sociais em solidariedade ao povo palestino. Já na sexta dia 14 , foi a vez da vereadora Monica Cunha do Psol recebê-los. A agenda fechou com uma visita aos representantes do Sindipetro do Rio de Janeiro.

                                 

  A realidade palestina é ainda pior do que vem sendo televisionado. Jamal, em suas falas, pediu aos movimentos que continuem em mobilização exigindo do governo brasileiro que corte relações imediatamente com Israel. Vamos juntos/as em luta por uma Palestina livre do rio ao mar!

   As atividades foram realizadas por um conjunto de entidades,  a saber:   Movimento dos Pequenos Agricultores, Raízes do Brasil, Julho Negro, Instituto Pacs, Rede Jubileu Sul, Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos, Juventude Sanaud, Árabes e Judeus pela Paz, Grupo Tortura Nunca Mais e Iniciativa Direito Memória e Justiça Racial.

                                        

A conferência de Jamal Juma foi um relato muito forte e importante para saber da realidade que a Palestina vive sem qualquer “filtro”, trazido a nós por quem vive as atrocidades lá cometidas. Por essa razão, transcrevemos parte do relato para quem não pôde comparecer, feito pelo companheiro Rafael Daguerre, assim como suas a maioria das fotos aqui.

                      
                                         

                                  


     “Quero falar um pouco sobre o que é o genocídio que a ocupação militar israelense está cometendo em Gaza. Destruindo casas, ruas inteiras, toda a infraestrutura de Gaza. Escolas, Universidades... 16 universidades completamente destruídas, não existe mais universidades em Gaza. Escolas, muitas delas que são protegidas ou deveriam ser protegidas pela comunidade internacional, pela ONU, foram bombardeadas. Os números que chegam das pessoas mortas são os números oficiais, das pessoas que chegam mortas e que morrem nos hospitais, que o Ministério informa de 37.200 palestinos assassinados [até o momento]. O número com certeza é muito maior. Centenas de milhares de pessoas estão enterradas, presas sob os escombros, que não conseguem ser encontradas. Mais de 100 mil pessoas feridas. Estamos falando de pessoas sem acesso a hospital, sem os remédios necessários, então são pessoas feridas que provavelmente podem vir a morrer. Se olharmos para as estatísticas e para os alvos em Gaza, dos 37 mil palestinos assassinados, 15 mil são crianças e mais de 10 mil são mulheres. No momento tem cerca de 50 mil mulheres grávidas em Gaza, sem ter condições de parir as crianças. Então, com certeza, suas vidas e a vida de suas crianças estão em grande perigo.

Acredito que nem na primeira e nem na segunda guerra mundial tantos jornalistas foram assassinados. São 170 jornalistas assassinados e Israel tem eles como alvo. Um dos doutores mais famosos de Gaza foi assassinado por Israel, centenas de outros médicos, enfermeiras, professores de universidade. Eles estão destruindo Gaza, tornando Gaza insustentável, impossível de se viver, mas também matando as possibilidades e as mentes pensantes dentro de Gaza.

Mas o genocídio não é feito apenas pelas bombas. Vocês sabem que existe um cerco em Gaza, então nenhuma ajuda consegue entrar. Agora, centenas de milhares de pessoas estão correndo o risco de morrer de fome, de fome forçada. Mais de 1 milhão de pessoas em Gaza enfrentam doenças pandêmicas. Isso porque não há água e eles estão bebendo água do esgoto e do mar também. Se você perceber, Israel tem como alvo todas as pessoas de Gaza, todas as formas de vida em Gaza.” – Jamal Juma.

  Fotos de Rafael Aguerre e do Comitê Carioca

Ao lado a linda foto de Rafael Aguerre com Gizele Martins e Jamal Juma : 

                                      "Sem perder a ternura, jamais"      

Abaixo, alguns panfletos que usamos nestas atividades tratando de uma compra por parte da FAB a Israel de drones, seu custo e o que se pode fazer com esse dinheiro no nosso país. De livre distribuição.                                                                              

                 

  

Seguimos com cada vez mais unidade e muita  disposição

  neste combate pela Palestina. Livre. Do rio ao mar.


                                                    VENCEREMOS !

           



Se não permitirem que se assista o vídeo acima, postamos então esse aqui: ( e a gente segue 'driblando' os algoritmos.......)

  


 Los días 13 y 14 de junio, las organizaciones de Río de Janeiro recibieron la visita del palestino Jamal Juma, fundador de la Campaña Palestina contra el Muro del Apartheid y del movimiento BDS (Boicot, Desinversiones y Sanciones), y de Maren Mantovani, Coordinadora de Relaciones Internacionales de la Campaña Palestina contra el Muro del Apartheid quien trabaja en la Secretaría Internacional del Comité Nacional Palestino del Movimiento BDS. 
 El día 13 por la mañana se celebró una rueda de prensa en el despacho del diputado Glauber Braga. Por la tarde, ambos fueron recibidos en los despachos de las diputadas estatales Marina dos Santos y Elika Takimoto, ambas del PT. Por la noche hubo un Acto Público en el SINPRO-RJ (Sindicato de Profesores) bajo el lema "Las armas de Israel matan en Palestina y en Brasil". Este acto reunió a más de 100 personas de diferentes movimientos sociales en solidaridad con el pueblo palestino. El viernes 14, le tocó a la concejala del Psol, Monica Cunha, darles la bienvenida. La agenda terminó con una visita a representantes del Sindipetro en Río de Janeiro. 
La realidad palestina es aún peor de lo que se ha televisado. En sus discursos, Jamal pidió a los movimientos que siguieran movilizándose, exigiendo al gobierno brasileño que cortara inmediatamente las relaciones con Israel. ¡Luchemos juntos por una Palestina libre del río al mar!
Las actividades fueron organizadas por varias organizaciones, entre ellas:   Movimiento de Pequeños Agricultores, Raíces de Brasil, Julio Negro, Instituto Pacs, Red Jubileo Sur, Capítulo Brasil del Comité Internacional por la Paz, la Justicia y la Dignidad de los Pueblos, Juventud Sanaud, Árabes y Judíos por la Paz, Grupo “Tortura Nunca Más” e Iniciativa por el Derecho a la Memoria y la Justicia Racial.
 La charla de Jamal Juma fue un relato muy fuerte e importante de la realidad que vive Palestina sin ningún "filtro", traído hasta nosotros por quienes están viviendo las atrocidades que allí se cometen. Por ello, transcribimos parte del relato para los que no pudieron asistir, a cargo del compañero Rafael Daguerre.
              "Quiero hablar un poco del genocidio que la ocupación militar israelí está cometiendo en Gaza. Destruyendo casas, calles enteras, toda la infraestructura de Gaza, escuelas, universidades... 16 universidades completamente destruídas, ya no hay universidades en Gaza. Escuelas, muchas de las cuales están protegidas o deberían estar protegidas por la comunidad internacional, por la ONU, han sido bombardeadas. Las cifras que están llegando de personas muertas son las cifras oficiales, de personas que llegan muertas o que mueren en los hospitales, que el Ministerio cifra en 37.200 palestinos muertos [hasta ahora]. Sin duda, la cifra es mucho mayor. Cientos de miles de personas están enterradas, atrapadas bajo escombros que no se pueden encontrar. Más de 100.000 personas han resultado heridas. Estamos hablando de personas sin acceso a hospitales, sin los medicamentos necesarios, por lo que se trata de heridos que probablemente podrían morir. Si miramos las estadísticas y los objetivos en Gaza, de los 37.000 palestinos muertos, 15.000 son niños y más de 10.000 son mujeres. Actualmente hay unas 50.000 mujeres embarazadas en Gaza que no pueden dar a luz a sus hijos. Así que sus vidas y las de sus hijos corren sin duda un gran peligro.
No creo que en la Primera ni en la Segunda Guerra Mundial asesinaran a tantos periodistas. Hay 170 periodistas asesinados e Israel los tiene en su punto de mira. Uno de los médicos más famosos de Gaza fue asesinado por Israel, junto con otros cientos de médicos, enfermeras y profesores universitarios. Están destruyendo Gaza, haciendo que Gaza sea insostenible, imposible de habitar, pero también matando las posibilidades y las mentes pensantes dentro de Gaza.
Pero el genocidio no sólo se lleva a cabo con bombas. Saben que Gaza está sitiada, por lo que no puede entrar ayuda. Ahora mismo, cientos de miles de personas corren el riesgo de morir de hambre, de inanición forzada. Más de un millón de personas en Gaza se enfrentan a enfermedades pandémicas. Eso se debe a que no hay agua y además están bebiendo aguas residuales y agua de mar. Si te das cuenta, Israel está atacando a toda la población de Gaza, a todas las formas de vida en Gaza". - Jamal Juma.
Seguimos con más unidad y mucha voluntad en esta lucha por Palestina Libre. Del río al mar.
                                                            ¡VENCEREMOS!


18 de jun. de 2024

A dengue se vai mas deixa perguntas (port/esp)

                                        

Médicos e cientistas latino-americanos suspeitam da manipulação científica do mosquito por forças poderosas, que envolveriam os EUA e a indústria farmacêutica

Por Teresa Cruvinel

13 de junho de 2024

Com a proximidade do inverno, a epidemia de dengue que atacou alguns estados brasileiros cedeu, embora ainda estejam sendo registrados casos graves e leves. Alguns países sul-americanos, como Peru, Paraguai, Bolívia e Argentina também sofreram com a dengue, e tal como o Brasil, experimentaram um crescimento notável dos casos.

Causas diversas são apontadas para a explosão da doença mas circulam também especulações sobre experimentos científicos, realizados pela indústria farmacêutica, com participação do Pentágono e militares norte-americanos, que teriam produzido variantes mais resistentes e letais do vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.

Este ano o Brasil registrou 4,5 milhões de casos mas eles podem ter chegado a 6 milhões, por conta de subnotificações, um aumento exponencial em relação a 2023, quando tivemos 1.079 casos oficiais. As mortes causadas por dengue chegaram a 2,5 mil mas outras duas mil ainda estão sendo investigadas.

A taxa brasileira de 2,2 mil casos por cada 100 mil habitantes ultrapassou o limiar de epidemia fixado pela Organização Mundial de Saúde. Alguns estados, como o Rio de Janeiro, reconheceram a situação de epidemia. Outros não.

A letalidade ficou em 0,5 para casos leves mas foi maior nos casos graves. O Brasil foi o país sul-americano mais atingido, respondendo por 83% dos casos na região. Só o estado de São Paulo teve em 2024 mais casos que todo o Brasil em 2023. Na Argentina o número de casos triplicou em relação a 2023 e o Peru chegou a decretar estado de emergência.

A mudança climática, com suas ondas de calor, certamente ajudou o mosquito. A desinformação da população e erros dos gestores públicos locais também contribuíram para a explosão de casos. A vacina surgiu mas sua oferta foi limitada.

Estes fatores existem mas há médicos e cientistas latino-americanos que suspeitem da manipulação científica do mosquito por forças poderosas, que envolveriam os Estados Unidos e a indústria farmacêutica (que ampliaria seus ganhos a venda de fármacos).

Teoria da conspiração? Pode ser. Recebi de um médico entomologista de um país vizinho informações preocupantes neste sentido, embora de difícil confirmação. Diz ele que este ano verificou-se uma estranha resistência do mosquito a inseticidas que antes funcionavam contra ele. E que muitos dos casos graves acabaram evoluindo para a síndrome de Guillain Barré, o que não ocorria antes. Na Bolívia teriam sido identificados mosquitos com capacidade de reproduzir-se em prazo bem menor que o observado em seus ancestrais.

Diz ele que um colega pesquisador deixou o laboratório norte-americano Namru-South, que tem uma unidade no Peru, decepcionado com os experimentos que ali foram desenvolvidos em 2023, com participação do Pentágono e dos militares peruanos. Um dos projetos teria sido destinado a criar novas cepas do patógeno transmitido pelo Aedes Aegypti, que se difundem mais rapidamente entre os mosquitos, com carga viral elevadíssima.

Este laboratório de fato existe e sua página na Internet informa que a unidade peruana de Callao, criada há dez anos a partir de um acordo com a Marinha daquele país, “pesquisa e monitora diversas doenças infecciosas com implicações militares e de saúde pública na América Central e do Sul. As suas áreas de investigação abrangem malária, dengue, doenças diarreicas, infecções sexualmente transmissíveis e monitorização da resistência antimicrobiana”.

É estranho que uma instituição de pesquisa em saúde esteja vinculada a uma força militar, e não ao ministério da saúde local. O Namru South mantém outra unidade em Honduras, na Base Aérea de Soto Cana.

Muitos outros detalhes forneceu-me a fonte sobre a atuação do dito laboratório no Peru. A algumas instalações nem mesmo as autoridades peruanas teriam acesso.

Não é fácil, talvez seja impossível confirmar tais informações. Mas elas reforçam nossa intuição de que há mistérios ainda não revelados tanto em relação à Covid19 como em relação à explosão de dengue que tivemos este ano. O pico já passou mas a doença ainda está derrubando muita gente.

 



El dengue desaparece pero deja interrogantes 

Médicos y científicos latinoamericanos sospechan de la manipulación científica del mosquito por fuerzas poderosas en las que están implicados Estados Unidos y la industria farmacéutica.

Por Teresa Cruvinel

13 de junio de 2024 

A medida que se acerca el invierno, la epidemia de dengue que asoló algunos estados brasileños está en remisión, aunque se siguen registrando casos graves y leves. Algunos países sudamericanos como Perú, Paraguay, Bolivia y Argentina también han sufrido el dengue y, al igual que Brasil, han experimentado un notable aumento de casos.

Se han aducido diversas causas para la explosión de la enfermedad, pero también se especula sobre experimentos científicos llevados a cabo por la industria farmacéutica, con la participación del Pentágono y el ejército estadounidense, que han producido variantes más resistentes y letales del virus transmitido por el mosquito Aedes Aegypti.

Este año Brasil registró 4,5 millones de casos, pero pueden haber llegado a 6 millones debido al falta de notificación, un aumento exponencial en comparación con 2023, cuando tuvimos 1.079 casos oficiales. Las muertes por dengue ascendieron a 2.500, pero otras 2.000 siguen siendo investigadas.

La tasa brasileña de 2.200 casos por cada 100.000 habitantes superó el umbral epidémico establecido por la Organización Mundial de la Salud. Algunos estados, como Río de Janeiro, han reconocido la situación epidémica. Otros no.

La letalidad se situó en 0,5 en los casos leves, pero fue mayor en los graves. Brasil fue el país sudamericano más afectado, con el 83% de los casos de la región. Sólo en el estado de São Paulo se registraron más casos en 2024 que en todo Brasil en 2023. En Argentina, el número de casos se triplicó en comparación con 2023 y Perú llegó a declarar el estado de emergencia.

El cambio climático, con sus olas de calor, sin duda ha ayudado al mosquito. La desinformación de la población y los errores de los gestores públicos locales también han contribuido a la explosión de casos. La vacuna ha aparecido, pero su suministro ha sido limitado.

Estos factores existen, pero hay médicos y científicos latinoamericanos que sospechan de la manipulación científica del mosquito por fuerzas poderosas, en la que estarían implicados Estados Unidos y la industria farmacéutica (que aumentaría sus beneficios con la venta de medicamentos).

¿Teoría de la conspiración? Podría ser. He recibido una información preocupante de un entomólogo de un país vecino, aunque es difícil de confirmar. Dice que este año se ha producido una extraña resistencia del mosquito a los insecticidas que solían actuar contra él. Y muchos de los casos graves han acabado convirtiéndose en el síndrome de Guillain Barré, lo que no ocurría antes. En Bolivia se han identificado mosquitos con la capacidad de reproducirse en mucho menos tiempo que sus antepasados.

Cuenta que un colega investigador abandonó el laboratorio estadounidense Namru-Sur, que tiene una unidad en Perú, decepcionado con los experimentos que se estaban llevando a cabo allí en 2023, con la participación del Pentágono y el ejército peruano. Uno de los proyectos estaba supuestamente destinado a crear nuevas cepas del patógeno transmitido por el Aedes Aegypti, que se propagan más rápidamente entre los mosquitos, con una carga viral muy elevada.

Este laboratorio existe y en su página web se indica que la unidad peruana del Callao, creada hace diez años en convenio con la Marina de Guerra del Perú, "investiga y monitorea diversas enfermedades infecciosas con implicancia militar y de salud pública en Centro y Sudamérica. Sus áreas de investigación abarcan la malaria, el dengue, las enfermedades diarreicas, las infecciones de transmisión sexual y la vigilancia de la resistencia a los antimicrobianos".

Resulta extraño que una institución de investigación sanitaria esté vinculada a una fuerza militar, y no al ministerio de sanidad local. Namru Sur mantiene otra unidad en Honduras, en la base aérea de Soto Cana.

La fuente me dio muchos otros detalles sobre las operaciones del laboratorio en Perú. Algunas instalaciones ni siquiera son accesibles para las autoridades peruanas.

No es fácil, tal vez es imposible, confirmar esta información. Pero refuerza nuestra sospecha de que aún quedan misterios por desvelar, tanto en relación con el Covid-19 como con la explosión de dengue que hemos tenido este año. El pico ha pasado, pero la enfermedad sigue llevándose por delante a mucha gente.


Fonte:    https://www.brasil247.com/blog/a-dengue-se-vai-mas-deixa-perguntas

 @comitecarioca21