Este desfecho não foi fruto da sorte, mas do heroísmo de um povo que se recusou a se render. |
Raúl Antonio Capote
É impossível apagar da memória coletiva o fato de que a agressão fascista contra a URSS custou a vida de cerca de 27 milhões de pessoas.
A Conferência de Munique, realizada nos dias 29 e 30 de
setembro de 1938, reuniu na cidade alemã os chefes de governo do Reino Unido,
Neville Chamberlain; da França, Édouard Daladier; da Alemanha, Adolf Hitler; e
da Itália, Benito Mussolini.
Segundo Neville Chamberlain, o pacto resultante daquele
conclave garantia a paz mundial, mas as consequências foram catastróficas:
apesar das promessas de Hitler, em março de 1939 a Alemanha invadiu a
Tchecoslováquia.
Na verdade, em Munique havia sido acordado o desmembramento
da Tchecoslováquia, a entrega da Polônia e o futuro ataque alemão à URSS.
Após a vitória definitiva, milhares de moscovitas saíram para comemorar na Praça Vermelha. Foto: Retiradas da RT
Por outro lado, a União Soviética formulou, em 1938, uma
aliança com os círculos dirigentes da França e da Grã-Bretanha, que foi
rejeitada.
Ao amanhecer de 22 de junho de 1941, todas as estações de
rádio soviéticas transmitiram a declaração do governo sobre a invasão alemã.
Sem declaração de guerra, as hordas fascistas invadiram o território soviético.
Em 30 de março de 1941, Adolf Hitler declarou, no Decreto
Barbarroja: “Trata-se de uma luta de extermínio... No Leste, a crueldade é um
bem para o futuro”.
Após sua rápida conquista da França, Hitler acreditava que
um país povoado por Untermenschen (“sub-humanos”) seria facilmente dominado. No
entanto, em meados de agosto, a resistência soviética havia frustrado os planos
alemães de vencer a guerra no outono de 1941. Em dezembro daquele ano, o
“invencível” exército alemão foi derrotado às portas de Moscou.
As batalhas travadas entre 1942 e 1943 foram decisivas. A
conquista de Stalingrado – objetivo estratégico fundamental para a Wehrmacht –
terminou com a rendição das tropas alemãs, em fevereiro de 1943. A balança na
frente oriental inclinou-se para a URSS. A Segunda Guerra Mundial havia mudado
de rumo.
Os soldados soviéticos derrotaram as tropas nazistas em
Moscou, Stalingrado (atual Volgogrado), Leningrado, a frente de Kursk, o rio
Dnieper, Bielorrússia, o Báltico e Berlim.
Durante a guerra, 607 divisões inimigas foram derrotadas na
frente soviético-alemã. As perdas da Alemanha e seus aliados ultrapassaram 8,5
milhões de pessoas, e mais de 75% de seu armamento foi destruído ou capturado.
É impossível apagar da memória coletiva o fato de que a
agressão fascista contra a URSS custou a vida de cerca de 27 milhões de
pessoas, entre elas dez milhões de soldados do Exército Vermelho. Um total de
1.710 cidades e mais de 70.000 vilarejos foram total ou parcialmente
destruídos.
A Grande Guerra Patriótica culminou com a vitória soviética.
O ato de rendição incondicional da Alemanha foi assinado nos arredores de
Berlim, em 8 de maio de 1945, às 22h43 (9 de maio, 0h43, hora de Moscou).
Este desfecho não foi fruto da sorte, do acaso ou do “inverno russo”, mas do espírito de sacrifício, da maestria militar, da superioridade do sistema econômico soviético e do heroísmo incomparável de um povo que se recusou a se render à barbárie.
https://www.granma.cu/mundo/2025-05-09/la-victoria-y-la-tenaz-franqueza-de-la-historia-09-05-2025-00-05-16
Trad: @comitecarioca
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