Feito inédito ✨ Pela 1ª vez na história do Brics, movimentos populares, organizados no Conselho Popular do Brics, terão um espaço oficial para apresentar suas pautas diretamente a chefes de Estado do bloco amanhã (6).
A abertura à participação social na cúpula é parte de um esforço da presidência brasileira do Brics em 2024 para ampliar o diálogo com setores da sociedade civil. Em abril, a presidência já havia promovido um encontro entre representantes populares e os chamados sherpas – diplomatas e negociadores de alto nível que atuam na formulação da agenda política do bloco.
Agora, o gesto se repete de forma ainda mais visível, com a inserção das demandas populares diretamente na sessão com os chefes de Estado. Representantes da sociedade civil terão 3 minutos para intervir diretamente diante dos presidentes dos países-membros. O brasileiro João Pedro Stedile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), será o responsável por falar em nome do Conselho Popular do Brics.
Ele estará acompanhado de Raymond Matlala, conselheiro pela África do Sul, e Victoria Panova, conselheira pela Rússia. “O encontro é histórico porque consolida um método”, afirmou Stedile ao #BrasildeFato. “Todos estão de acordo que os problemas que os povos enfrentam, sobretudo no Sul Global, não serão resolvidos apenas por iniciativas governamentais. Ou a gente envolve o povo, ou não vamos superar a pobreza e a desigualdade.”
Entre os temas que devem ser levados aos presidentes estão a soberania alimentar, a industrialização dos países do Sul, a taxação de grandes fortunas, o controle dos paraísos fiscais, a desdolarização da economia mundial e o enfrentamento da crise climática por meio de propostas concretas como desmatamento zero e controle da mineração.
Acompanhe a cobertura da Cúpula dos Brics no #BdF 📲
ENCONTRO DO PRESIDENTE DIAZ CANEL NO RIO DE JANEIRO
Diante de dezenas de amigos históricos e também jovens, todos militantes da solidariedade no #Brasil, explicamos a crítica situação que #Cuba vive hoje devido aos efeitos do #BloqueoGenocida. Agradecemos seu apoio incondicional, que também faz parte da nossa resistência criativa.
Como
é habitual em sua agenda de trabalho no exterior, o presidente Miguel
Díaz-Canel Bermúdez se reuniu esta manhã no Rio de Janeiro com quase 300
brasileiros que, como ele disse no encontro, fizeram da solidariedade e do amor
por #Cuba o centro de suas vidas.
🗣️| Para nós era vital, imprescindível, ter este
encontro com aqueles que permanecem ao lado de Cuba em tempos difíceis e
complexos.
Poucas
horas depois de chegar aqui, disse ele, sentimos o calor, o amor e a
solidariedade do povo brasileiro.
🗣️| Depois de falar sobre a atualidade cubana e o imenso
desafio diário que representa enfrentar o bloqueio do governo dos Estados
Unidos, ele afirmou que vocês podem ter certeza de que Cuba não vai desistir,
pelo nosso povo, pela nossa convicção e por vocês.
🗣️| A solidariedade nos compromete e nos obriga a ser
mais fortes, também para não falhar com vocês, disse ele.
A
resistência de Cuba se alimenta da força do nosso povo e da solidariedade que
vocês nos oferecem.
♥️|
Várias vozes, de amigos históricos de Cuba e também de jovens que se juntaram à
causa cubana, falaram da coragem, da dignidade do povo e do governo cubano, do
seu desafio histórico ao imperialismo, e agradeceram o exemplo que isso
significa.
🫂| Reafirmaram sua disposição de continuar lutando
contra o bloqueio dos Estados Unidos e para que Cuba seja retirada da
fraudulenta lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo.
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foto: Alejandro Azcuy Domínguez |
https://www.instagram.com/presidenciadecuba/
Trad: @comitecarioca21
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Foto: Priscila Ramos/MST |
PRESIDENTE DE CUBA SE REÚNE COM ARTISTAS E PARLAMENTARES
Encontro
promovido pela embaixada cubana buscou fortalecer laços com movimentos de
solidariedade no Brasil
O
presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, participou neste domingo (6) de dois
encontros com artistas, parlamentares e lideranças populares brasileiras,
organizados pela embaixada cubana. As reuniões ocorreram em um hotel na zona
sul do Rio de Janeiro (RJ) e reuniram cerca de 150 pessoas.
O
primeiro momento foi um encontro ampliado, com a presença de representantes do
movimento de solidariedade a Cuba, parlamentares, militantes, intelectuais e
artistas. Em seguida, houve uma reunião mais reservada, com algumas das
principais lideranças convidadas.
Entre
os participantes estavam o jornalista Breno Altman, o escritor Frei Betto, o
líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro
Stedile, o escritor e tradutor Eric Nepomuceno, o ator Osmar Prado e as
parlamentares Maíra do MST (PT-RJ), Jandira Feghali e Marina do MST (PT-RJ),
além de outras personalidades.
A
agenda fez parte da visita de Díaz-Canel ao Brasil para a cúpula do Brics,
realizada também no Rio neste domingo e na segunda-feira (7). Desde o início de
2025, Cuba participa do bloco como país parceiro. Seu ingresso ampliou as
possibilidades diplomáticas de Havana, especialmente com países do Sul Global.
A realização do encontro no Brasil está inserida em uma estratégia do governo cubano de estreitar o diálogo com setores internacionais que apoiam sua soberania e resistem ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos. No Brasil, esse esforço é conduzido principalmente pela embaixada cubana, que articula agendas com movimentos populares, parlamentares progressistas e intelectuais solidários à ilha.
O CONSELHO POPULAR E SUAS PROPOSTAS NO BRICS
Na avaliação do Conselho, o mundo atravessa uma grave crise de governança liderada por potências ocidentais, que ameaça a sobrevivência das democracias e a soberania dos povos. “Se quisermos salvar a civilização humana, precisamos criar mecanismos novos de cooperação internacional”, afirmou o dirigente.
Também foi defendida a tributação de grandes fortunas e o combate aos capitais especulativos que operam em paraísos fiscais e que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), presidido por Dilma Rousseff (PT), crie mecanismos que permitam o financiamento direto de projetos sociais elaborados por organizações populares dos países-membros.
Veja o vídeo na íntegra no YouTube do #BrasildeFato 📲
Presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez na XVII Cúpula dos #BRICS:
“Creio que devo começar agradecendo, em nome do meu país e do meu povo, nossa integração aos BRICS como parceiros. BRICS é hoje sinônimo de esperança”.
É a esperança de que o multilateralismo seja salvo do caos e da ineficácia em que a arrogância de poucos mergulhou a ONU, que há 80 anos nasceu para evitar que a guerra fosse uma alternativa para a solução de conflitos e que hoje precisa urgentemente de profundas reformas, afirmou.
| Diante do cenário internacional ameaçador, “emergem os BRICS, cujos países membros ou parceiros, tão diferentes, tão desiguais em nível de desenvolvimento, avançam promovendo ideais comuns de paz, diálogo, respeito mútuo, cooperação e solidariedade”.
| “É muito inspirador o compromisso do Grupo com a construção de uma ordem internacional mais justa e inclusiva, sem a qual não será possível alcançar o desenvolvimento sustentável que todos merecemos e que tanto tem sido adiado para nações presas à maldição do subdesenvolvimento”.
| Nesse empenho, enfatizou o presidente cubano, é urgente reformar desde suas raízes a atual arquitetura financeira internacional e suas instituições pouco transparentes e nada democráticas, projetadas para perpetuar a exclusão e a exploração das nações do Sul.
| “É também premissa indispensável uma governança mais inclusiva e democrática da Inteligência Artificial, que assegure o acesso de todos os países aos seus benefícios e evite seu uso contrário à paz e ao Direito Internacional”.
As gerações presentes e futuras “temos direito a viver em um mundo de paz e segurança, onde prevaleçam a justiça social, o respeito à pluralidade cultural, étnica e religiosa, e o acesso democrático à ciência e à tecnologia”.
| Trata-se de um mundo, avaliou, “onde todos os direitos humanos para todos sejam realizáveis sem politização ou dois pesos e duas medidas, com base na cooperação e no respeito ao direito de cada país de escolher seu sistema político, econômico e social, sem interferência externa”.
| “Um mundo sem bloqueios cruéis nem medidas coercivas unilaterais, contrárias ao Direito Internacional”.
| “Para enfrentar os desafios comuns, a humanidade não precisa de bloqueios, falsos supremacismos e apetites de dominação e exploração. O que a espécie humana precisa urgentemente para sobreviver é de mais respeito às nossas diferenças legítimas, mais diálogo, cooperação”.
| “É urgente um compromisso firme e renovado com o multilateralismo, para garantir a coexistência pacífica e promover o desenvolvimento sustentável, equitativo e inclusivo para todos os povos. É urgente, portanto, alimentar e fortalecer o BRICS, ao qual temos a honra de pertencer”.
(aplausos)


Ótima cobertura do evento !
ResponderExcluirEstive pela ACJM , no encontro da solidariedade com o presidente cubano. Uma emoção muito forte ouvir o Presidente socialista , representante de um povo corajoso e exemplo para o mundo.
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