Havana, 12 de dezembro de 2024 - O genocídio que está sendo perpetuado na Faixa de Gaza foi denunciado hoje com a estreia do documentário La Raiz del Olivo , na 45ª edição do Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano.
O emblemático cinema Yara, na capital cubana, foi o anfitrião da exibição desse filme, que faz parte do programa concebido pelos organizadores do Festival para defender a causa palestina através do cinema.
Sergio Eguino Viera, diretor de La Raíz del Olivo, considerou um motivo de orgulho o fato de um filme que denuncia os crimes do sionismo em terras palestinas ter estreado nesse prestigioso festival de cinema.
“Em 14 meses de genocídio israelense, já são 45.000 mortos, é fácil dizer”, denunciou o jovem cineasta cubano- boliviano, ‘cada cifra, cada número, representa uma vida, uma família, um sonho’.
Sergio reconheceu na figura de Ernesto Che Guevara um símbolo que une os cubanos à Palestina, “porque o inimigo que temos em comum é o imperialismo, eles são os mesmos que financiam o genocídio e a ocupação na Palestina, que mantêm o bloqueio a Cuba e são os mesmos que financiam os golpes de Estado em toda a América Latina. Portanto, não podemos parar de falar sobre a Palestina e muito menos agora, quando a mídia hegemônica simplesmente para de falar sobre a Palestina”.
“A Netflix eliminou todos os seus filmes de sua programação, mas não aqui em Cuba, obrigado Cuba por isso”, agradeceu o cineasta ao governo cubano por sua disposição de criar espaços que denunciem o genocídio cometido por ‘Israel’ contra o povo palestino.
La Raiz del Olivo é a produção mais recente de La Chaski e Resumen Latinoamericano, com a colaboração da rede pan-árabe Al Mayadeen. Ela conta as histórias de Watan, Omaima, Murid, Baylasan e Bassel, narradas por meio de cartas que são testemunhos não apenas da dor de um povo nobre. Elas testemunham a bravura, a resiliência e a esperança dos palestinos de ver sua terra livre, do rio ao mar.
A apresentação do documentário contou com a presença dos cinco protagonistas do filme, acompanhados por Graciela Ramírez Cruz, produtora do filme, considerada pelo diretor, Sergio Eguino, como uma fonte de inspiração por “o que Graciela representa em solidariedade e na luta pela causa palestina”.
Graciela Ramírez, chefe do escritório de Cuba do Resumen Latinoamericano, também agradeceu a bela recepção do filme neste 45º Festival do Novo Cinema Latino-Americano, e “sobretudo ao governo cubano, por ter sido um dos primeiros países do mundo a apoiar a causa palestina, Fidel, Raúl e Che, e hoje Díaz-Canel; o primeiro presidente e um dos poucos que marchou ao lado do povo palestino e do povo cubano pelas ruas de Cuba sem deixar de exigir o direito da Palestina de existir”. A jornalista argentina expressou na apresentação do documentário, em nome de Wafica Mehdi, diretora da América Latina da Al Mayadeen e Carlos Aznárez, diretor geral do Resumen Latinoamericano.
Estiveram presentes na estreia de La Raiz del Olivo Alexis Triana, presidente do ICAIC, Lis Cuesta, diretora de eventos do Ministério da Cultura e esposa do presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel; Mariela Castro Espín, diretora do Centro Nacional de Educação Sexual (CENESEX), Aleida Guevara e uma representação do Corpo Diplomático credenciado em Cuba.
Um longo aplauso, repleto de emoção, veio dos assentos lotados no salão central do Yara e no andar superior.
A estreia de La Raíz del Olivo foi aplaudida de pé por um público que demonstrou grande sensibilidade em relação a uma causa urgente e determinante na história da humanidade.
A equipe desse documentário esteve composta por Carolina González López como assistente de direção, Annalie Rueda Cardero, como parte da equipe de pesquisa, Fabiana Mansur como suporte técnico, Ernesto Eguino Viera na musicalização e a contribuição do artista plástico boliviano Manuel Morales Centellas com o cartaz.
Tradução/Edição: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas
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