13 de jan. de 2025

QUE TAL "LAVAR A ALMA" COM DECLARAÇÕES DE DOIS PRESIDENTES LATINO-AMERICANOS ? Saboreie !

Cepeda e Petro 
                         

   O empresário e senador do partido conservador colombiano Efraín Cepeda e outros líderes da oposição na Colômbia estão exigindo que o presidente Petro rompa relações e tome medidas enérgicas contra a Venezuela. 


Esta é a resposta do presidente Petro: 

    "É uma ideia insistente condenar à fome 14 milhões de colombianos que vivem na fronteira e desencadear um enorme êxodo de migrantes para as Américas do Sul e do Norte.

    Não, senhores, “ações enérgicas” não devem ser tomadas por um governo contra outro; a política interna de um país é determinada por seu próprio povo.

   Nostálgicos de guerras e derramamento de sangue, saibam que o presidente da Colômbia está fazendo o que a constituição determina: paz.

   As “ações enérgicas” de um governo contra outro é o que vimos no Iraque, na Síria, na Líbia, em Gaza, no Líbano, no Iêmen, na Ucrânia e agora, como uma ameaça, contra o Panamá, a Dinamarca e o Canadá.

   É o fim do direito e da justiça internacionais e o início da barbárie humana.

   Tais ações não deixam nada além de feridas nos povos que perduram por gerações. Vi bloqueios econômicos que buscam sua escravização, condenam povos inteiros à fome ao buscar sua escravização e os colocam de joelhos; vi que deixaram milhões de mortos, incluindo centenas de milhares de crianças, mulheres e idosos. Isso levou os governos colombianos a cometer crimes internacionais, a bombardear territórios estrangeiros, a trazer instrumentos de espionagem ilegais, a assassinar fora de nosso território, a apoiar golpes de Estado em países vizinhos e em nosso próprio país.

   Não há eleições livres sob bloqueios econômicos estrangeiros. Um bloqueio é a aniquilação final do voto, que deixa de ser totalmente livre. É a interferência final contra a liberdade antes que as correntes físicas sejam sacudidas. Foi um grande erro os países poderosos do mundo pressionarem por eleições sob bloqueio econômico na América Latina.

   Os problemas da América Latina devem ser resolvidos pela América Latina, nosso relacionamento com o mundo deve ser baseado na fraternidade, na dignidade e na igualdade.

   Não exijam que eu ajude a bloquear um povo irmão com fome, que será a nossa própria fome, não exijam que eu permita que o solo colombiano seja usado para matar um povo irmão, que será a nossa própria morte. Nunca se encontrará em um democrata ou em um progressista a menor disposição para ser o Caim da história, o Caim da América.

   Aqueles que permitiram o assassinato de 6.402 jovens na Colômbia, alvejados com balas oficiais, como os arcádios e os aurelianos, aqueles que estenderam esse assassinato aos bairros populares de Bogotá em uma triste noite de setembro, herdeiros daqueles que queriam matar Bolívar em outra triste noite de setembro, aqueles que condenaram as comunas populares ao terror, aqueles que permitiram que milhões de camponeses fossem deslocados de suas terras, não têm autoridade moral para falar de democracia. 

   Parece que alguns viciados em morte gostariam que o sangue que vimos correr em nosso povo desde os cem anos de solidão continuasse a ser derramado aos litros no século atual e nos séculos vindouros. A Colômbia não está condenada à morte, mas à vida.

   Meu papel não é condenar a Colômbia, a América do Sul e o Caribe ao sangue, mas à vida.

   O povo libertário e soberano da Venezuela lutou, conosco ao seu lado, pela liberdade, não por correntes. Esse povo deve decidir livremente, completamente livre daqueles que cobiçam o petróleo ou a servidão dos povos.

   O esforço da Colômbia, se convidada pelo povo venezuelano, é ajudar o povo de Bolívar a se expressar livre e soberanamente."


                                           
Claudia e Trump 



C. DRA. CLAUDIA SHEIMBAUM PARDO
Presidente Constitucional dos Estados Unidos Mexicanos

C. DR. JUAN RAMÓN DE LA FUENTE
Secretário de Relações Exteriores

                                                AO POVO DO MÉXICO.

   "Em 20 de janeiro, Donald Trump tomará posse como presidente dos Estados Unidos, acompanhado de uma política muito agressiva em relação ao nosso país, pois prevê uma série de ações racistas, segregacionistas e intervencionistas nos campos da migração e da luta contra o tráfico de drogas.

  Com relação à migração, prevê deportações em massa e militarização da fronteira. Com relação ao tráfico de drogas, a única coisa que lhe ocorre é declarar os cartéis de drogas como “terroristas”, o que “lhe daria o direito”, segundo ele, de intervir militarmente no território nacional sob esse pretexto.

  Como parte de seus planos, ele nomeou como embaixador de seu país no México o coronel Ronald Douglas Johnson, um ex-boina verde do exército americano que, como agente da CIA, trabalhou em operações secretas em El Salvador - onde também foi embaixador -, no Iraque e no Afeganistão. Em todos esses países, ele foi conselheiro e instrutor de grupos paramilitares, como os “comandos policiais”, corpos armados que assassinaram seletivamente centenas de oponentes, além de execuções públicas em massa.

  Em El Salvador, no final da década de 1980, assessorou a criação dos chamados esquadrões da morte, que realizaram milhares de desaparecimentos forçados, execuções extrajudiciais, enterros clandestinos, tortura, intimidação da população mais pobre, estupro, feminicídio e controle de territórios por meio de cercos militares que provocaram deslocamentos forçados. Ele trabalhou como membro de uma equipe de 55 conselheiros militares americanos encarregados de programas de contrainsurgência naquele país. Entre outras façanhas desses comandos estavam os assassinatos de jornalistas locais e internacionais, padres, bispos e o memorável arcebispo Oscar Arnulfo Romero.

  Por todas essas razões, cidadãos mexicanos de diversas origens e gêneros, declaramos considerar o próximo embaixador dos Estados Unidos, Ronald Douglas Johnson, persona non grata em nosso território devido ao seu histórico de assassinatos em países irmãos, típico de um regime que busca expandir políticas intervencionistas e representa uma política contrária aos direitos humanos.

A T E N T A M E N T E

CIDADE DO MÉXICO, janeiro de 2025.

                              


Traduções /Edição: @comitecarioca21


        


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