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25 de novembro de 1999, o pequeno Elián González foi resgatado próximo a costa estadunidense da Flórida por um grupo de pescadores. Ele é um dos três sobreviventes de um grupo de 15 cubanos que partiram de Cuba clandestinamente. A mãe de Elián, Elizabeth Brotons, morreu na travessia juntamente com o padrasto do menino.
Elián González nasceu em Cárdenas no dia 6 de dezembro de 1993. Em 22 de novembro de 1999, quando tinha apenas seis anos, sua mãe, estimulada pela Lei de Ajuste Cubano, saiu ilegalmente de Cuba rumo aos Estados Unidos. O naufrágio da embarcação em que viajavam provocou a morte de onze dos ocupantes exceto de Elián e mais duas pessoas. O menino foi encontrado dias depois do naufrágio por pescadores estadunidenses, ele estava completamente sozinho, agarrado a um pneu de carro.
Levado para território etadunidense, em dezembro de 1999 Elián foi sequestrado em Miami por contrarrevolucionários anti Cuba com o apoio de parentes distantes.
Foi devolvido a Cuba sob a tutela do pai sete meses depois, em 28 de junho de 2000, após um longo processo judicial, que violou o direito internacional e as próprias leis estadunidenses, pois ambos reconhecem que a jurisdição sobre estes casos cabe unicamente aos tribunais do país de origem.
Sequestro em Miami
Depois de receber cuidados médicos, o menor foi posto aos cuidados de Lázaro González, seu tio-avô paterno residente em Miami, que pouco depois, em cumplicidade com a máfia anti cubana, opôs-se a qualquer tentativa de retornar o Elián para Cuba.
O Pai de o Elián, Juan Miguel González, que desconhecia a saída de seu filho de Cuba, solicitou de imediato a sua repatriação, ato que foi apoiado pelo governo de Cuba e todo o seu povo.
Diante a oposição dos parentes distantes de Elién para que ele voltasse ao seu país, o Serviço de Imigração e Naturalização (INS) dos Estados Unidos reconheceu, em 5 de Janeiro de 2000, o direito de guarda paterna dos filhos de João Miguel sobre seu filho.
A decisão foi respaldada pelo Procurador Geral dos Estados Unidos, Janet Reno e o presidente William Clinton e fixou-se então o retorno do menino antes de 14 de Janeiro. Mas os parentes e os grupos anti cubanos de Miami apelaram da decisão e levaram o caso aos tribunais estadunidenses.
Em 21 de Janeiro, as avós do Elián viajaram aos Estados Unidos para buscar o neto. Cinco dias depois, como resultado de várias gestões, foi que puderam vê-lo, mas apenas por algumas poucas horas, e tiveram que voltar sozinhos para Cuba.
Luta pela libertação em Cuba
Diante do silêncio das autoridades estadunidenses, em 5 de dezembro jovens das Brigadas Técnicas Juvenis (BTJ) protestaram em frente ao Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Havana (SINA), pela repatriação da criança.
A ação foi o prelúdio do que mais tarde resultaria uma onda de numerosas manifestações, entre marchas de centenas de milhares de pessoas e combativas tribunas abertas em diferentes cidades do país e o início da Batalha de Ideias.
Regresso a Cuba
O Pai de o Elián, Juan Miguel González, viajou em 6 de abril a Washington, mas apenas 16 dias depois que conseguiu reunir-se com o seu filho após um agente federal que resgatou o menino das mãos dos sequestradores.
As manobras chegaram ao tribunal de Atlanta, que em duas instâncias rejeitou os pedidos de asilo político para Elián, revogando assim uma ordem judicial que impedia o seu regresso.
Na segunda-feira, 26 de junho, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos em apenas dois dias resolveu um caso que durava mais de 7 meses e recusou todos os recursos legais para os sequestradores. Em 29 de junho, o menino e seu pai voltaram para Cuba.
Em Julho de 2010, Elián fez declarações públicas em que agradeceu aos povos de Cuba e dos Estados Unidos por terem conseguido a sua libertação e apoiado seu pai João Miguel em todos momentos; também declarou não guardar ressentimentos de seus parentes de Miami, apesar de terem sido protagonistas de seu sequestro.
Fonte: Ricardo Alarcon
VENCEREMOS !!!
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