Caravana de luz, de
futuro
Fidel e os combatentes da Serra Mestre chegaram a Havana em 8 de janeiro de 1959, com a convicção de que dali em diante tudo seria mais difícil
Foram pouco mais de mil quilômetros que
percorreram os combatentes da Serra Maestra
de um extremo ao outro do país em
janeiro de 1959. E foram bem mais de mil, sim, os abraços, as lágrimas de
emoção e as mostras de júbilo e de agradecimento que receberam durante a travessia,
porque o povo cubano sabia que a partir desse momento, a história de Cuba seria
outra.
Os barbudos da Serra, como lhes
diziam, deixaram atrás as vicissitudes próprias de uma luta que, contra a
brutal repressão batistiana, defendia o direito de todos a desfrutar da
liberdade plena em sua terra e de ser donos de seu futuro. Levavam em seus
olhos o convencimento pleno de que o proposto por Fidel em A história me absolverá aconteceria maior porque esta Revolução era e
é pelos humildes e para os humildes.
“Não imaginemos que agora tudo será mais fácil,
talvez desde agora todo seja mais difícil”, expressou Fidel quando a caravana
entrou em Havana em um dia como hoje, há seis décadas. Tinha razão, pois a
alegria do triunfo não podia disfarçar os grandes desafios que se enfrentariam.
A Fidel e a seus colegas de causa
preocupava-lhes quantos desses homens e mulheres que lhes demonstravam sua
alegria teriam trabalho, quantos meninos podiam assistir a classes, quantos
precisavam ir ao médico e não podiam… A responsabilidade para com o povo
crescia, mas ali estava esse mesmo povo, em cada trecho por onde passou a caravana, como hoje, com a intenção de
assegurar sua respaldo à construção de uma sociedade justa.
Isso também se sentiu nesta
segunda-feira, quando centenas de matanceros rememoraram em horas da manhã a entrada triunfal da
caravana pelo território de San Pedro de Mayabón . Em cada povoado da Estrada
Central o povo se aglomerou para receber os novos “ barbudos” : 60 jovens destacados das organizações
estudantis, das Forças Armadas Revolucionárias e do Ministério do Interior, bem
como trabalhadores por conta própria.
Desde aquela madrugada de 2 de
janeiro de 1959, quando empreenderam viagem desde Santiago de Cuba, Fidel e os
combatentes sabiam que “a liberdade não
é tudo. A liberdade é a primeira parte, é a liberdade para começar a ter o
direito a lutar”. Por isso a cada ano se rememora a marcha desta caravana
que trouxe a luz do futuro a um país que
se sabe dono desse direito para lutar.
8 de janeiro de 2019
Matéria Original do Consulado de Cuba em São Paulo:
https://www.facebook.com/pg/ConsuladoGeralSP/posts/?ref=page_internal
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