Em dois anos, o número de brasileiros que visitaram Cuba mais do que dobrou, passando de 22.862, em 2016, para 45.723, em 2018.
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Esse dado representa um grande salto em relação aos três anos anteriores (de 2013 a 2016), onde o número de turistas brasileiros aumentou de 17.795 para 22.338.
O turismo é a principal atividade econômica de Cuba. No último ano, o setor gerou cerca de 2.9 bilhões de pesos convertibles (aproximadamente 2.9 bilhões de US dólares).
4.683.655 foi o total de turistas recebidos pela ilha em 2018, quase o dobro dos 2.838.684 recebidos em 2013. A maior parte dos visitantes vêm do Canadá e Estados Unidos, seguidos pela Itália, Alemanha e Rússia. Embora tenha aumentado o número de brasileiros, ainda estamos na 15ª posição dos que mais visitaram Cuba no último ano.
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O que pode ter contribuído para esse aumento?
Quando de Raúl Castro assumiu o governo em 2008, algumas mudanças na legislação conferiram caráter mais dinâmico à economia do país. Destaca-se a regulamentação dos cuentapropistas (trabalhadores por conta própria), na qual muitos cubanos passaram a abrir pequenos negócios como bares, restaurantes, lojas e outros serviços.
Nos últimos anos, Cuba recebeu visitas de diversas celebridades e autoridades internacionais. Ressaltamos, a visita do Papa Francisco, em 2015; em 2016, a viagem histórica do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua família e o show inédito dos Rolling Stones; a presença de Will Smith no festival internacional de jazz, em 2017, e correndo a maratona de Havana, em 2018; e, em 2019, a visita do Príncipe Charles e da duquesa Camilla de Cornwall, da família real britânica.
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Desafios do turismo em Cuba
Apesar dos holofotes internacionais e do aquecimento do setor de turismo, os desafios que persistem não são facilmente ultrapassados. Atualmente, o governo de Donald Trump recrudesceu o bloqueio econômico, visando isolar Cuba. Os cidadãos norte-americanos, que já eram proibidos de viajar para Cuba para turismo, passaram a enfrentar novos empecilhos. Os cruzeiros da MSC, que eram vistos com frequência em Havana e traziam milhares de turistas a cada ano, foram proibidos ancorar em Cuba. Em setembro, novas sanções foram decretadas para empresas e navios que transportassem petróleo até a ilha, o que desencadeou uma crise energética sem precedentes na década atual, ainda que esta tenha sido amenizada com o apoio de aliados como Rússia e Venezuela.
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Apesar das dificuldades, o governo cubano segue investindo no setor, apostando nas vantagens proporcionadas pelas belezas naturais da ilha e no estímulo às diversas formas de arte presentes no país, como música, dança e artes visuais.
Novos hotéis de luxo, como o Grand Packard e Prado y Malecón, que foram inaugurados ou serão em breve, em celebração ao Havana 500, juntamente com a reforma de diversos pontos turísticos referência, como o Capitólio e a Sorveteria Coppelia, demonstram que os estímulos ao setor turístico continuarão sendo centrais na estratégia de desenvolvimento cubana durante os próximos anos.
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