Somos os guardiões da sombra
Das laranjeiras e das oliveiras
Semeamos as ideias como o fermento na massa
Nossos nervos são de gelo
Mas nossos corações vomitam fogo
Quando tivermos sede
Espremeremos as pedras
E comeremos terra
Quando estivermos famintos
Mas não iremos embora
Tawfiq Zayyad
Em 30 de março de 1976, milhares de palestinos/as marcharam em protesto
contra uma decisão do governo de Israel de confiscar terras pertencentes às
comunidades palestinas. O protesto foi brutalmente reprimido e os confrontos
violentos resultaram em seis mortos e mais de cem pessoas feridas.
Desde então, todo ano nessa mesma data, os palestinos e palestinas em
todo o mundo realizam vigílias e plantam Oliveiras, espécie símbolo da região,
reafirmando o vínculo com sua terra, com a identidade nacional e em solidariedade
àqueles que perderam suas vidas resistindo diariamente à invasão israelense.
Aqui no Brasil, no dia 31 de março deste ano, vence o prazo dado pelo STF
de suspensão dos despejos urbanos e rurais durante a pandemia. Caso a
suspensão não seja prorrogada, cerca de 123.000 famílias em áreas urbanas e
30.000 em áreas rurais serão despejadas e expostas a diversas violações de
direitos humanos fundamentais, entre as quais, o direito à moradia e à
alimentação.
Assim como o povo palestino, nós também seguimos em luta defendendo os
nossos territórios contra as tentativas de privatização e ameaças do capital e contra
todas as ações de despejos. Para eles e para nós, as árvores são símbolos de
nossas raízes na terra, de nossa persistência e resistência! Dos frutos de nossa luta
e de nossa terra!
Assim, nesse 30 de março vamos nos unir ao povo palestino e plantar
árvores nos nossos territórios ameaçados de despejo ou que sofrem
constantemente a violência do agronegócio, para simbolizar a luta dos povos
pelo direito à terra!
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Nesta época em que testemunhamos tanta violência cometida contra os povos do mundo, o Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos presta sua homenagem ao resistente povo palestino em sua luta pela devolução de seus territórios e contra o inaceitável apartheid do governo de Israel. Apoiamos e sempre apoiaremos o Povo Palestino em sua resistência por sua nação.
A violência cometida dia a dia pelo governo de Israel contra o povo palestino é insuportável, injusta e criminosa. A quantidade de crianças e jovens presos e mortos pelo exército israelense é chocante e inaceitável por qualquer pessoa minimamente racional.
O Movimento Internacional BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções) é um movimento que trabalha para acabar com o apoio internacional para a opressão dos palestinos de Israel e pressionar Israel a respeitar o direito internacional. Uma de suas atividades é boicotar produtos de origem israelense para dessa forma pressionar o governo a parar com a violência praticada por eles. Se sabe que uma das formas de descobrir se um produto é de Israel é pelo número que se encontra no código de barras do produto. Neste caso, o número 7290000000. Espertamente há pouco o regime sionista genocida criou dois novos códigos para tentar burlar o boicote. Não vai adiantar. Os novos códigos:
Um exemplo do que pode ser feito, Ativistas pró-Palestina em Manchester colocam etiquetas "BOYCOTT ISRAELI APARTHEID" em produtos produzidos em assentamentos ilegais israelenses na loja de Sainsbury's : #BoycottIsrael
O APARTHEID ISRAELENSE
Você já parou para se informar sobre o apartheid de Israel contra o povo palestino?
Já pensou nas consequências que este sistema de segregação racial – que opera em benefício da população judaica israelense – tem no dia a dia de milhões de famílias?
Mais de 7,5 milhões de palestinos vivem entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, em áreas autônomas ocupadas pelo exército israelense ou nas fronteiras do Estado de Israel.
Todas essas pessoas, em alguma medida, estão submetidas às leis e práticas deste Estado que opera sistematicamente para reduzi-las à condição de intrusas indesejáveis e párias na sua própria terra histórica.
Um Estado que ao mesmo tempo em que oprime, persegue, prende e mata civis palestinos, promove a vinda de estrangeiros ricos para um território que não está sob a sua jurisdição.
Estes são apenas alguns dos aspectos mais conhecidos do apartheid de Israel, que tem sido denunciado há anos pelos principais órgãos de direitos humanos do mundo e que precisa da sua ajuda para começar a ser desmantelado.
Vivemos em um país com milhões de problemas e reivindicações, mas quando pensamos no fortalecimento da nossa democracia e na construção de uma nação forte e verdadeiramente soberana, precisamos tomar uma posição diante do apartheid na Palestina.
A tentativa de parcelas da sociedade brasileira de naturalizar um sistema criminoso como uma democracia plena e pujante é algo que tem de ser combatido.
Um país que se pretende grande não pode ser conivente com os crimes de lesa-humanidade e o extermínio de um povo em troca de duvidosos acordos comerciais e uma ideia vaga e distorcida de conexão espiritual.
O Brasil que defendemos – que esta Federação Árabe Palestina enxerga como modelo de nação soberana – é radicalmente contra o apartheid de Israel.
Informe-se, denuncie e contribua para que a luta contra este regime supremacista seja conhecida e ganhe mais espaço no debate público nacional.
Todos podem fazer a diferença.
MAIS : https://vermelho.org.br/coluna/o-apartheid-de-israel-na-palestina-e-a-hipocrisia-ocidental/
Edição e texto:Carmen Diniz / Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
Já pensou nas consequências que este sistema de segregação racial – que opera em benefício da população judaica israelense – tem no dia a dia de milhões de famílias?
Mais de 7,5 milhões de palestinos vivem entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, em áreas autônomas ocupadas pelo exército israelense ou nas fronteiras do Estado de Israel.
Todas essas pessoas, em alguma medida, estão submetidas às leis e práticas deste Estado que opera sistematicamente para reduzi-las à condição de intrusas indesejáveis e párias na sua própria terra histórica.
Um Estado que ao mesmo tempo em que oprime, persegue, prende e mata civis palestinos, promove a vinda de estrangeiros ricos para um território que não está sob a sua jurisdição.
Estes são apenas alguns dos aspectos mais conhecidos do apartheid de Israel, que tem sido denunciado há anos pelos principais órgãos de direitos humanos do mundo e que precisa da sua ajuda para começar a ser desmantelado.
Vivemos em um país com milhões de problemas e reivindicações, mas quando pensamos no fortalecimento da nossa democracia e na construção de uma nação forte e verdadeiramente soberana, precisamos tomar uma posição diante do apartheid na Palestina.
A tentativa de parcelas da sociedade brasileira de naturalizar um sistema criminoso como uma democracia plena e pujante é algo que tem de ser combatido.
Um país que se pretende grande não pode ser conivente com os crimes de lesa-humanidade e o extermínio de um povo em troca de duvidosos acordos comerciais e uma ideia vaga e distorcida de conexão espiritual.
O Brasil que defendemos – que esta Federação Árabe Palestina enxerga como modelo de nação soberana – é radicalmente contra o apartheid de Israel.
Informe-se, denuncie e contribua para que a luta contra este regime supremacista seja conhecida e ganhe mais espaço no debate público nacional.
Todos podem fazer a diferença.
MAIS : https://vermelho.org.br/coluna/o-apartheid-de-israel-na-palestina-e-a-hipocrisia-ocidental/
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