Um dia, muitos vão abaixar a cabeça de vergonha, quando perceberem o mal que defenderam, e os heróis que ridicularizaram. |
Sobre o processo de Assange: após o dia 20 de abril quando ocorrerá uma audiência administrativa, a Ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel fará um pronunciamento muito provavelmente da aprovação da extradição de Assange aos EUA. Priti ocupa o cargo que no Brasil corresponderia à Ministra da Justiça, subordinada ao Poder Executivo, que é quem vai cumprir a decisão judicial. A equipe jurídica de Julian Assange, se confirmada esta decisão, vai ingressar com um recurso para mais uma vez apelar com base na questão médica assim como na frágil garantia por parte dos EUA de um suposto tratamento humanitário em prisões daquele país além da questão claramente política que o processo enfrenta. A partir dessa realidade é de se supor que o recurso seja aceito. O que se pode fazer nesta fase do caso Assange é demonstrar a indignação com tais medidas e enviar mensagens à Ministra e ao governo do Reino Unido assim como à Embaixada dos EUA no Brasil para que saibam que de vários países do planeta se reivindica a liberdade de Julian Assange. Abaixo seguem os endereços eletrônicos correspondentes e a carta da Assembleia Internacional dos Povos com a adesão de cada pessoa ou entidade a ser anexada ao pedido. Basta selecionar a carta e copiar os endereços para enviar àquelas autoridades. Priti Patel: public.enquires@homeoffice.gov.uk Embaixada Reino Unido: Liz Davidson: press.brasilia@fcdo.gov.br Emb EUA: imprensabrasilia@state.gov |
Julian Assange não deve ser extraditado, Julian Assange deve ser libertado!
Às autoridades diplomáticas e consulares dos Estados Unidos e do Reino Unido, Às autoridades legais e políticas responsáveis pelo julgamento de Julian Assange, A combinação de diferentes crises econômicas, sanitárias, alimentares e ecológicas agravou a crise social enfrentada pelos trabalhadores em seus países. A possibilidade de uma saída autoritária para a crise está se manifestando em muitos países do mundo. Diante das necessidades urgentes do povo - saúde, alimentação, moradia, segurança - governos autoritários impõem repressão, perseguição e silêncio. Nessas horas críticas para a humanidade, não podemos nos dar ao luxo de ficar em silêncio. Por mais de dez anos, Julian Assange enfrentou uma perseguição implacável porque se recusou a permanecer em silêncio. Seu trabalho jornalístico descobriu os terríveis abusos dos regimes políticos que impõem o terror, o genocídio e a destruição para satisfazer seus interesses. Se não fosse Assange e WikiLeaks, não teríamos ideia de quantos civis afegãos, iraquianos e iemenitas foram mortos pelas bombas e drones do império, que pensava que ao matá-los em terras distantes teria total impunidade. Enquanto estes crimes contra a humanidade ficam impunes, Julian Assange sofre uma terrível punição por ousar expô-los. O processo judicial contra ele é um exemplo do uso político de instituições estatais contra o interesse geral. Julian Assange não vê a luz do dia há mais de dez anos, sujeito à tortura e ao isolamento. Como no caso de outros presos políticos, este tratamento procura quebrar sua vontade e infligir punição exemplar, para que outras vozes também sejam silenciadas. Mas Julian Assange resiste, apesar das graves consequências para sua saúde mental e psicológica. Ele suporta a arbitrariedade e a injustiça com dignidade e rebeldia. Julian Assange disse ao tribunal decidindo sobre sua possível extradição para os Estados Unidos: "Não aceitarei que censurem o testemunho de uma vítima de tortura perante este tribunal.” Há milhões de nós que não aceitarão que sua voz seja silenciada, e não calaremos a nossa própria. Não estamos dispostos a desviar o olhar dos graves abusos a que ele está sujeito. Aqueles de nós que apoiam esta declaração se solidarizam com ele e sua família, sua companheira, seus filhos e seus pais. Unimos nossas vozes aos jornalistas de todo o mundo que sabem que sua profissão se tornará ainda mais perigosa se Julian Assange for extraditado, e que a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa estarão sujeitas a perseguições ainda mais implacáveis. Unimos nossas vozes às do povo britânico, que está indignado com a submissão das instituições nacionais aos interesses de uma potência estrangeira, em uma aplicação grosseira de extraterritorialidade, sem respeito ao Estado de Direito. Unimos nossas vozes aos ativistas e defensores dos direitos humanos, que sabem que podem ser os próximos a sofrer arbitrariedades, perseguições e torturas por parte de estados poderosos que buscam vingança, não justiça. Unimos nossas vozes aos juristas de todo o mundo que alertaram sobre graves irregularidades no processo judicial contra Julian Assange, e tememos que o Estado de Direito seja mortalmente ferido se ele for extraditado. Mas acima de tudo, unimos nossas vozes às dos milhares de vítimas nos países invadidos, atacados pelas forças militares dos estados poderosos, de todas as vozes silenciadas pela brutalidade da guerra, de todas as vítimas de crimes cujos perpetradores, até hoje, permanecem impunes. Julian Assange arriscou sua vida e liberdade ao não permanecer em silêncio, ao não aceitar que estes crimes permanecessem escondidos e impunes. Nestes tempos sombrios para a humanidade, precisamos da voz de Julian Assange, precisamos de todas as vozes que denunciam crimes contra a humanidade. A perseguição e prisão de Assange busca não apenas silenciar seu trabalho, mas atacar todo bom jornalismo e todos aqueles que levantam a voz para espalhar a verdade sobre a violência, guerras e tentativas de dominação por parte dos países imperialistas. Julian Assange não deve ser extraditado, Julian Assange deve ser libertado! Com os melhores cumprimentos, Assembleia Internacional dos Povos Aqui em outros idiomas: https://server.ipa-aip.org/s/bFSiP2jGmTqDMBr |
Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos - Capítulo Brasil.
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