A esposa de Julian #Assange Stella fala após a audiência de hoje: "O Reino Unido não tem obrigação de extraditar Julian Assange para os EUA. De fato, suas obrigações internacionais a obrigam a deter esta extradição". 🐦@stellamoris1 🎗#FreeAssangeNOW 🌿
"Obrigado a todos vocês por estarem aqui hoje, apoiadores e imprensa. Vocês devem estar absolutamente atentos a este caso. Hoje era uma mera formalidade, mas que faz meu coração bater forte.
Hoje o magistrado assinou uma ordem para enviar Julian para os Estados Unidos. O Reino Unido não tem obrigação de extraditar Julian #Assange para os EUA. Na verdade, suas obrigações internacionais a obrigam a impedir a extradição.
Boris Johnson e Priti Patel, não extraditem Julian para o país que conspirou para assassiná-lo.
Boris Johnson e Priti Patel podem deter isto a qualquer momento, eles podem parar isto hoje.
Podemos acabar com este pesadelo hoje e devolver Julian à sua família.
Podemos fazer a coisa certa e aplicar o Artigo 4 do tratado de extradição EUA-Reino Unido, que proíbe as extradições por ofensas políticas.
Atualmente, eles estão violando seu próprio tratado.
Esta é uma questão política que está muito claramente no domínio político, apenas pela assinatura do magistrado.
Liberdade a Julian Assange".
Neste mesmo triste dia em que testemunhamos a atitude absolutamente submissa do Reino Unido frente aos EUA em decisões claramente políticas, declarando a extradição de Julian Assange para os EUA, os jornalistas brasileiros dão um exemplo de unidade, às vésperas de uma eleição importante na ABI .
Importante se ressaltar que foi uma decisão de certa forma esperada, uma vez que o recurso de Assange não foi aceito pelo poder judiciário do Reino Unido. Agora é esperar pelo resultado de novo recurso que a equipe de advogados dele vai interpor. E seguir fazendo pressão como sociedade para que tais poderes saibam que há uma multidão aqui fora da prisão lutando pela liberdade de Julian Assange porque só assim se consegue algum resultado favorável.
Só a luta muda a vida !
A nota pública da ABI divulgada hoje, indignada com mais uma decisão contra Assange, demonstra amadurecimento e, acima de tudo, a consciência de todo um processo que não é somente contra Assange mas sim contra a liberdade de informação que todo cidadão tem de ser informado sobre os atos que os Estados/governos praticam.
Em uma clara ameaça a TODOS e TODAS jornalistas, o governo estadunidense segue perseguindo e tentando calar quem trabalhe com seriedade e honestidade e independência, pilares do jornalismo.
Não vão conseguir nos calar. #FreeAssangeNOW
Tradução/Edição: Carmen Diniz p/ Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
A NOTA DA ABI:
Nota da ABI
Liberdade para Assange
Com enorme preocupação tomamos conhecimento da decisão da Justiça britânica permitindo a extradição do jornalista australiano Julian Assange, criador do portal WikiLeaks, atualmente preso na Grã-Bretanha, para os Estados Unidos. A ministra do Interior britânico, Priti Patel, dará a última palavra sobre a extradição. A defesa de Assange tem até o dia 18 de maio para apresentar a sua defesa.
A perseguição ao criador do WikiLeaks é um gravíssimo atentado à liberdade de imprensa. Ele está sendo acusado de espionagem pelos Estados Unidos, mas nada mais fez do que publicar notícias verdadeiras sobre crimes praticados pelo governo norte-americano. O fato de as informações serem politicamente incômodas para os Estados Unidos não autoriza a que sua difusão seja criminalizada.
Caso seja extraditado, Assange poderá ficar em prisões de segurança máxima nos Estados Unidos até o fim de seus dias.
Diante disse, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) manifesta sua integral solidariedade a Assange, denuncia de forma vigorosa a arbitrariedade da qual ele é vítima e conclama os meios de comunicação brasileiros a se somarem à sua defesa, que no momento se confunde com a defesa da liberdade de imprensa.
Paulo Jeronimo, presidente da ABI
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