3 de abr. de 2023

Campanha para retirar Cuba da lista terrorista promovida nos Estados Unidos

                   

     Membros da Seção de Nova Iorque da Conferência Nacional de Advogados Negros estão hoje promovendo uma campanha nos Estados Unidos instando o Presidente Joe Biden a retirar Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo.

       Prensa Latina informou que a decisão de Biden de manter esta designação vai contra a rejeição reiterada pela Assembleia Geral das Nações Unidas do bloqueio contra o país caribenho durante os últimos 30 anos, disse Joan P. Gibbs e Rosemari Mealy, promotoras da iniciativa.

    Segundo  disseram,  retirar Cuba da lista ilegal e unilateral não acabará com as restrições comerciais, econômicas e financeiras devastadoras impostas sob o bloqueio americano há mais de 60 anos, mas poderia aliviar o reforço dessa política hostil.

    Argumentaram que, entre outras coisas, a inclusão na lista dificulta Cuba para a realização de transações internacionais ou a obtenção de empréstimos para alimentos, medicamentos e infra-estrutura essencial para seu povo, disse PL.

     Publicado no jornal Amsterdam News, o texto lembrava que enquanto o democrata fazia campanha pela presidência "ele prometeu reverter as sanções draconianas impostas a Cuba" por Donald Trump (2017-2021).

  No entanto, Biden continuou "com a maioria das quase 250 sanções de Trump, incluindo a designação de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo que  adotou durante seus últimos dias no cargo", acrescentaram elas.

    Mas apesar do cerco apertado e da permanência nessa lista, Cuba "continua a ter maior expectativa de vida, menor mortalidade infantil e materna, melhores resultados na saúde, maior alfabetização, mais educação e menos violência do que os Estados Unidos", disseram as ativistas de solidariedade, citadas pela PL.

  Por exemplo, um relatório recente dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças constatou que em 2020 a taxa de mortalidade materna de mulheres negras não hispânicas era de 55,3 por 100.000 nascidos vivos, ou 2,9 vezes a taxa para brancos não hispânicos, acrescentou Gibbs e Mealy.

   Biden poderia terminar esta designação com um golpe de caneta, afirmaram elas, avisando que não precisaria do Congresso para fazê-lo.

    Em uma série de ações realizadas em 14 e 15 de março em Nova York, centenas de ativistas de todos os Estados Unidos fizeram o mesmo apelo a Biden, disseram, antecipando que uma manifestação maciça em frente à Casa Branca se seguiria em 25 de junho.

     A agência de notícias latino-americana explica que Cuba foi inicialmente incluída nesta relação em 1982 durante a administração de Ronald Reagan até 2015, quando foi removida pelo então presidente Barack Obama, no contexto do restabelecimento das relações entre Washington e Havana.

     O governo cubano reconheceu na época a justa decisão porque é uma lista na qual nunca deveria ter sido incluída, especialmente considerando que foi vítima durante as últimas seis décadas de centenas de atos de terrorismo planejados a partir dos Estados Unidos que custaram a vida de 3.478 pessoas e incapacitaram outras 2.099.


https://www.granma.cu/mundo/2023-03-25/promueven-campana-en-eeuu-para-eliminar-a-cuba-de-lista-terrorista

Tradução/Edição: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba                       


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