1 de abr. de 2023

III Fórum Mundial de Direitos Humanos termina com uma declaração de apoio e um apelo para a libertação de Julian Assange #FreeAssangeNOW

                                                           

31/03/2023                          

   Isso ocorreu durante o encerramento da reunião, onde foi emitida uma declaração pedindo a libertação do jornalista australiano e fundador do WikiLeaks Julian Assange, o manifesto é encabeçado pelas assinaturas do presidente Alberto Fernandez e da vice-presidente Cristina Fernandez de Kirchner.

     A declaração também foi assinada por importantes grupos de direitos humanos como a Associação de Mães e Avós da Plaza de Mayo; ex-presidentes como Rafael Correa, ex-presidente do Equador; Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia; Evo Morales, ex-presidente da Bolívia; Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai; José Luis Rodríguez Zapatero, ex-presidente da Espanha; Baltasar Garzón, ex-juiz e coordenador da equipe de defesa jurídica de Julian Assange; a Associação Americana de Juristas; e o Grupo Puebla, entre outros signatários.

    Nesta linha, a equipe de defesa internacional de Assange, liderada por Garzón, agradeceu o gesto e expressou satisfação com o reconhecimento. O magistrado disse sentir "total satisfação com o apoio tão relevante como o demonstrado pelos principais líderes na defesa dos direitos humanos em todo o mundo".

     Por sua vez, a coordenadora da campanha de solidariedade para Julian Assange e articuladora desta declaração, Daniela Lepin disse: "Este gesto responde à preocupação e à solidariedade permanente da América Latina pela vida de Julian Assange, é um sinal de que este território faz política a partir da solidariedade e a materializa com fatos concretos como o que já vimos".

    Para Lepin Cabrera este evento "encarna os sentimentos de muitos líderes mundiais, trata-se de muitas vozes clamando pela vida de um jornalista injustamente perseguido e detido, encarna a defesa global das democracias porque sem liberdade de expressão não há democracia possível". Também se torna um sinal para aqueles que governam, pois são eles que devem dar garantias para o exercício de um direito fundamental, como o direito à comunicação", concluiu ela.

    Após quatro dias, no encerramento do fórum, Pablo Gentili, secretário executivo do terceiro Fórum Mundial de Direitos Humanos, e diante de uma multidão de participantes, declarou seu apoio e o do fórum para Julian Assange, fundador do WikiLeaks e prisioneiro em uma prisão britânica, aguardando a resolução de sua extradição para os Estados Unidos.

    "A liberdade de Julian Assange é a liberdade de cada um de nós" disse Gentili, concluindo um breve resumo da declaração solicitando um voto dos participantes e dos participantes presentes no Fórum para aprová-la.

     Além disso, a declaração declara: "Extradir Julian Assange abriria um precedente perigoso para a liberdade de imprensa e o direito de acesso à informação no mundo".

    Os signatários se alinham e apoiam a opinião do Conselho da Europa, que considera o tratamento do Sr. Assange como "uma das mais sérias ameaças à liberdade de imprensa".

    A declaração termina com um pedido: "Instamos o Departamento de Justiça dos EUA a retirar todas as acusações contra o Sr. Assange, apelando à própria Constituição dos EUA, às normas de direitos humanos reconhecidas no direito internacional, bem como às preocupações humanitárias mais básicas, pois a vida de um jornalista está em risco, e a liberdade de imprensa e o direito mundial de acesso à informação estão em risco".       

       

   A terceira edição do Fórum, realizada de 20 a 24 de março na Argentina, contou com a participação de mais de 21.000 pessoas de 98 países, com mais de 950 organizações envolvidas e um total de 200 especialistas e especialistas em direitos humanos. Participaram 2300 painelistas e 390 jornalistas credenciados. O evento foi organizado pelo governo argentino e liderado pelo Centro Internacional para o Progresso dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

  O Fórum Mundial de Direitos Humanos, que visa servir como espaço de debate público sobre os direitos humanos no mundo, busca reunir e integrar organizações nacionais, regionais e internacionais comprometidas com os direitos humanos. Esta terceira edição buscou aprofundar o diálogo, atualizando a situação prevista sobre os principais avanços e desafios na promoção e proteção dos direitos humanos no mundo.

   O Fórum teve sua primeira edição em 2013, no Brasil, com a participação de 74 países e mais de 700 instituições. Houve 369 atividades temáticas e 127 programas culturais, entre outras ações. Em 2014, o Fórum foi realizado no Marrocos e contou com a participação de representantes de 95 países e a participação de mais de 750 organizações.

https://filtraleaks.com/index.php/2023/03/31/iii-foro-mundial-de-derechos-humanos-culmina-con-una-declaracion-de-apoyo-y-el-pedido-de-libertad-de-julian-assange/

Tradução/Edição: Carmen Diniz p/Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

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