9 de julho de 2024 Raúl Capote Fernández
A nação que advoga para si o direito de julgar quem é
terrorista e quem não é, de acordo com os seus interesses geopolíticos,
determinando sanções e incorporando países nas suas listas ilegítimas quanto ao
patrocínio deste flagelo no mundo, acaba de ratificar a sua verdadeira posição
sobre o matéria. .
Reeditando acontecimentos e histórias
ocorridas desde 1959, desde o triunfo da Revolução Cubana, um indivíduo,
radicado em Miami, Flórida, EUA, Ardenys García Álvarez, portando armas e
munições, desembarcou ilegalmente na costa norte de Matanzas, a fim de realizar
ações violentas na Ilha.
Recordemos que, em dezembro de
2023, o governo cubano publicou a lista de pessoas e entidades que patrocinam o
terrorismo contra Cuba. Dois dias depois, foi noticiado que um novo plano de
recrutamento para a realização de ações violentas, concebido nos Estados
Unidos, havia sido neutralizado.
Como mostra o programa especial apresentado pela TV cubana (https://encurtador.com.br/hGkCJ) , encerrando o Noticiário Estelar na noite de segunda-feira, 8 de julho, Ardenys García, após seu treinamento militar, chegou ilegalmente a Cuba em um jetski, registrado na Flórida.
Após sua infiltração, passou a
exercer as atividades para as quais foi treinado por seu chefe Willy González,
personagem bastante conhecido do FBI e dos cubanos, por suas ações violentas e
explosões de raiva nas redes sociais.
O terrorista em questão
realizou recrutamentos em Cuba, realizou estudos de alvos, planejou atacar
unidades militares, tentou organizar um movimento clandestino armado e sabotar
a economia.
Estamos perante um crime gravíssimo,
não é novidade, contra a maior das
Antilhas, o bloqueio econômico, comercial
e financeiro e o terrorismo constituem uma
parte substancial da política dos EUA.
Segundo dados do Ministério
das Relações Exteriores de Cuba, os atos terroristas cometidos pelo governo dos
EUA causaram 3.478 mortes e deficiências em 2.099 pessoas na Ilha.
Como esquecer a sabotagem do
navio a vapor La Coubre, os assassinatos dos alfabetizadores Conrado Benítez,
Manuel Ascunce e outras crianças, jovens e camponeses cubanos cometidos por
bandos armados organizados pela CIA nos anos 60?
Nossos arquivos históricos
guardam a memória de mais de 600 tentativas de ataque contra Fidel Castro e
outros líderes da Revolução, ataques a barcos pesqueiros e navios mercantes,
bombardeios com fósforo branco contra populações civis e canaviais.
Sempre nos lembraremos da abominável sabotagem contra um avião da Cubana de Aviación em Barbados em 6 de outubro de 1976, da introdução da epidemia de dengue que matou 101 crianças em 1981, das bombas colocadas em hotéis na década de 90 e dos assassinatos de funcionários cubanos no exterior.
O ataque pirata à pacífica
vila de Boca de Samá, as metralhadoras disparadas de lanchas
rápidas em nossos hotéis, as bombas nas cidades, o incêndio de cinemas e
escolas, a guerra biológica que tantos danos causou à nossa economia, são atos
que marcam claramente uma execução de terrorismo organizado e financiado pela
Casa Branca.
Washington deve responder aos
apelos de Cuba para cooperar, confrontar e impedir os planos terroristas. Os
culpados devem responder à justiça estabelecida pelo direito internacional.
Cuba espera respostas.
(*) Escritor, professor, pesquisador e jornalista cubano. É autor de “Jogo das Iluminações”, “O Cavaleiro Ilustrado”, “O Adversário”, “Inimigo” e “A Guerra Contra Nós”.
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