Foto: Caricatura de Moro |
Os Estados Unidos procuram aplicar táticas de desestabilização testadas na Ilha como parte de suas estratégias contra países com vocação social e progressista
Autor: Raúl Antonio Capote
O esquema subversivo desenhado para Cuba pelo Governo dos EUA, depois de colherem inúmeros fracassos no seu objetivo de acabar com a Revolução e restaurar o capitalismo na Ilha, hoje espalham-se como modelo contra outros governos que são desconfortáveis para Washington.
A Bolívia, vítima recente de uma tentativa de golpe de Estado, ao pior estilo dos “gorilas” das últimas décadas, encabeça a lista de nações onde, segundo a Casa Branca, o padrão subversivo deveria ser aplicado.
Uma ONG argentina chamada Cultura Democrática serve de plataforma para a sua implementação. Isto é comprovado por um documento dessa organização intitulado “Apoio à sociedade civil cubana como método de pressão sobre os governos totalitários. Sua possível aplicação à Bolívia”, o que destaca o seu papel nesta trama.
O documento assinala que «com base na análise da abordagem política dos EUA, ao fortalecer a democracia e o uso legítimo de agentes de mudança na sociedade cubana, onde a cultura democrática desempenha um papel significativo no apoio à oposição cubana, propomos uma visão semelhante para a sua aplicação na Bolívia”.
Raramente se viu uma vergonha como esta, em que a monstruosidade subversiva descreve detalhadamente a forma como, desde a liderança política dos EUA, o sistema de medidas financeiras e econômicas do bloqueio, a formação de agentes de mudança, o trabalho contra a juventude, etc. ., e quão útil seria aplicar esta experiência a outros países da região.
O panfleto enfatiza em um de seus parágrafos como, segundo eles, “a prática tem mostrado que sentimentos e ações contra o regime podem ser despertados a partir de seu núcleo vital, que é a juventude”.
Por outro lado, menciona os diretamente envolvidos, ou seja, alguns dos operadores de "experiência", como Micaela Hierro, fundadora e presidente da associação Cultura Democrática, utilizada pelo Ned como intermediária para financiar organizações como o Movimento San Isidro, e aqueles que puxam os cordelinhos, entre eles a USAID, o Ned e a Rede Atlas.
Esta última organização, Atlas Network, é “elogiada” no documento por ter conseguido que um artista cubano ganhasse o Grammy Latino, “posicionando esta figura a nível internacional”, uma baixeza que dispensa comentários.
A relação deste projeto com a
tentativa de derrubar pela força, recentemente, o Governo legítimo de Luis Arce
na Bolívia, e outras ações semelhantes ocorridas nos últimos anos, envolvendo
os mesmos operadores que trabalham contra Cuba, pode parecer casual a alguns.
Contudo, não podemos ignorar que o esquema desenvolvido pela potência americana
é o resultado do aperfeiçoamento da guerra híbrida para desestabilizar o
continente.
Preservar a sua hegemonia
sobre o que continuam a considerar o seu “quintal” é uma grande prioridade e,
para o conseguir, não param (e não irão) parar por nada.
Precisa alternativa para votar, só QRC nem todos sabem usar. Wu mesma, amo Cuba mas sou ruim de tecnologia avançada, sei o básico
ResponderExcluir