" A eliminação total das armas nucleares deve ser a maior prioridade na esfera do desarmamento"
Senhor Secretário-Geral:
Senhor Presidente:
Distintos delegados:
É consternador que, a 75 anos dos
criminosos ataques a Hiroshima e Nagasaki, existam aproximadamente 13.400 armas
nucleares, das quais, quase 1.800 estão em alerta operacional, e 3.720
posicionadas[1],
mais da metade destas pertencentes aos Estados Unidos. Este país mantém o maior
número dessas armas prontas para serem usadas[2],
e é o único no mundo que lançou duas bombas atómicas.
A comunidade internacional não pode
permanecer impassível ante a Revisão da Posição Nuclear dos Estados Unidos, que
diminui o limite para o uso desse tipo de armas, inclusive em resposta às
chamadas “ameaças estratégicas não nucleares”.
Repudiamos a decisão do governo estadunidense de retirar-se do Acordo Nuclear com o Irã e do Tratado sobre Mísseis de Curto e Médio Alcance, firmado com a ex-União Soviética, ações unilaterais de graves consequências para a estabilidade e segurança internacionais.
Instamos a que renovem o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START) com a Rússia .
Condenamos suas tentativas de
restaurar a Doutrina Monroe, infringindo o Direito Internacional e a
Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz.
Senhor Presidente:
A pandemia da Covid-19 mostrou a
fragilidade de um mundo onde não se garante o acesso universal a serviços
básicos de saúde, ao mesmo tempo em que se modernizam e ampliam arsenais
nucleares, sob o pretexto de conceitos ou doutrinas militares de defesa e
segurança que continuam ameaçando a Humanidade.
A eliminação total das armas nucleares deve ser a maior prioridade, na esfera do desarmamento. A energia nuclear deve ser usada somente com fins pacíficos, para o desenvolvimento socioeconómico dos Estados, sem discriminação.
Reiteramos o chamado para ratificar o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares. Cuba se orgulha de ser o quinto Estado a ratificar esse instrumento, de integrar a primeira Zona Livre de Armas Nucleares em uma área densamente povoada do planeta, de pertencer à primeira região do mundo a se proclamar como Zona de Paz e de ser membro ativo do Movimento de Países Não Alinhados, promotor da comemoração do “Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares”.
Como expressou o Comandante em Chefe
da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz: “As bombas poderão matar os famintos, os enfermos, os ignorantes, mas
não podem matar a fome, as enfermidades, a ignorância”[3].
Merecemos um mundo de paz, livre de armas nucleares. Lutemos por ele.
Muito obrigado.
[1] Sumário do
Anuário do SIPRI 2020. Tomado de https://www.sipri.org/sites/default/files/2020-06/yb20_summary_en_v2.pdf
[2] Sumário do
Anuário do SIPRI 2020. Tomado de https://www.sipri.org/sites/default/files/2020-06/yb20_summary_en_v2.pdf
[3] Discurso ante o XXXIV período de sessões
da Assembleia Geral das Nações Unidas, 12 de Outubro de 1979.
Texto Original: http://www.minrex.gob.cu/es/la-eliminacion-total-de-las-armas-nucleares-debe-ser-la-mayor-prioridad-en-la-esfera-del-desarme
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