9 de out. de 2018

Reflexão em frente à televisão





               1%controla 46%da riqueza do mundo                   "Ainda não é suficiente..."


Os grandes meios de comunicação "privados", tentam modificar a percepção da realidade com elementos audiovisuais, não para gerar reações reflexivas, senão para nos vender uma realidade que não existe.

Mediante técnicas de manipulação do inconsciente semeiam em nossas mentes medo, rejeição, desejo, necessidades irreais. Um menino ou menina de nossos dias quando complete 18 anos terá visto mais de 200.000 atos violentos, na televisão ou em qualquer outro artefato tecnológico, será fiel a várias marcas de multinacionais, terá visto, escutado, lido, sentido inclusive, que o comunismo é mau milhões de vezes de milhões de formas diferentes, a revolução é má, o capitalismo é bom, você também pode ter um carro luxuoso, caminhar pelo tapete vermelho, ser um vencedor, se não o consegue é porque simplesmente é um perdedor.

O exército estadunidense é invencível, (quem se lembra do Vietnã e tantas outras derrotas) Lula é mau, é corrupto, o PT é mau, vai converter a Brasil em Venezuela (se eu fosse um pobre brasileiro deveria pular de alegria ante a notícia), mas os meios dizem que Venezuela é má, uma vez, milhões de vezes.

Não importa a verdade, não importam as provas, o dizem as mídias,  fabricam as mídias
Estás submetido a mais de 5 horas por dia de audiovisuais e programas interativos.  Se somássemos as horas que passamos em frente aos aparelhos eletrônicos quantos anos de nossa vidas seriam.

A vida de um jovem de 18 anos, sobretudo se vive em no meio ao "esplendor" da sociedade capitalista, tem sido manipulada, programada por poderosas corporações, é um adicto à droga tecnológica.

O sistema tentará controlar sua atitude, construirá seus temores, nutrirá suas inseguranças, manejará sua visão do mundo, suas ideias, será uma mercadoria a mais de sua indústria desenhada para construir outras mercadorias, para comprar e comprar outras mercadorias, nada será mais importante para ele que as comprar.

Por isso podemos nos explicar a existência de pobres de direita, de pessoas humildes que votam por Bolsonaro  no Brasil, como entender a existência de defensores do capitalismo explodidos pelo sistema, que vivem na miséria mais horrível, senão como podemos entender que em um país com alta cultura política existam pessoas que rendam culto ao sucesso do capitalismo, sistema fracassado, que tem sido incapaz de, apesar de dilapidar os recursos do planeta, solucionar o problema da fome de milhares de milhões de seres humanos, o problema da saúde, da educação, da segurança, um sistema egoísta que amealhou sua fortuna com o sangue de milhões de escravos africanos e de outras regiões do mundo, de milhões de operários e camponeses, promotor de guerras horríveis, que o único que tem garantido com seu culto ao mercado, é a riqueza de um por cento muito reduzido da população mundial à custa do sofrimento e da miséria da imensa maioria, a não ser que você não considere pessoas os mais de 80% dos homens e mulheres que habitam nosso planeta.

Como se entende que quem nada tem cultue o mercado e seja despojado de seu direito a uma vida digna por esse mesmo  mercado, desumano, impiedoso, selvagem.

Como enfrentar o estado atual. a situação atual... repete-se o dilema ser ou não ser e ser o quê.




* Raul Capote Fernández é cubano, professor de história, escritor e atualmente trabalha no Ministério das Comunicações de Cuba.


Matéria original:  https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1922442987849090&set=a.105263382900402&type=3&theater


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