O Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba no “Encontro Anti-Imperialista de Solidariedade, pela Democracia e Contra o Neoliberalismo" em Havana.
A entrega do abaixo-assinado pela libertação do ex-presidente Lula com impressionantes DOIS MILHÕES de assinaturas (em uma população de 11 milhões de habitantes no país)
Na continuação do evento, no dia seguinte a apresentação aconteceu na Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), um dos orgulhos da Revolução Cubana, criada pelo Comandante em Chefe Fidel Castro Ruz e que recebe jovens de todo o mundo para formar agentes de saúde que retornam após se formarem para seus países de origem com o compromisso de contribuir com sua população.
Ali se pronunciaram o reitor da Universidade e o presidente do ICAP Fernando González além de graduados naquela Instituição.
No auditório da ELAM foi exibido o vídeo do Comitê Carioca ( https://www.youtube.com/watch?v=fTbDqCN4gXg&t=75s de 2016) sobre os médicos cubanos que atuaram no Brasil em agradecimento ao governo cubano e àqueles profissionais.
O evento que contou com mais de 1300 delegados de mais de 80 países foi encerrado com os presidentes de Cuba Díaz-Canel e da Venezuela Nicolás Maduro além do Comandante Raul Castro que emocionou todos os presentes.
Após o encerramento do Evento, seguimos em Havana visitando diversos locais :
A Escola primária A. Montori onde os alunos se apresentaram cantando e com cartazes da Campanha Lula Livre.
Em seguida, visitamos a Federação das Mulheres Cubanas (FMC) onde conversamos sobre as questões femininas lá e no Brasil. Ali ofertamos uma camisa-símbolo da vereadora Marielle Franco, assassinada covardemente há quase dois anos e até hoje sem solução do caso.
Importante visita também fizemos à FEU (Federação dos Estudantes Universitários) na emblemática Universidade de Havana para intercâmbio de informações entre os dois países.
Além destas atividades, mantivemos encontro na sede do Icap com autoridades daquele Órgão e membros do Comitê Central de Cuba para projeção de atividades em conjunto.
O Memorial da Denúncia :
Um grupo de entidades do Brasil que lá se encontrava visitou o impressionante MEMORIAL DA DENÚNCIA.
Inaugurado há cerca de dois anos, a instituição conta os vários ataques feitos a Cuba especialmente pelo império estadunidense com fotos , vídeos e instalações em seu interior que chocam e impressionam. Um lugar de histórias dramáticas contra a Ilha.
"....Milito no grupo dos impacientes e no bando dos apressados e naqueles que sempre pressionam para que as coisas aconteçam e dos que muitas vezes tratam de fazer mais do que podem .Faça cada um a parte que lhe cabe e a obra será invencível".
Instalação no Memorial da Denúncia que representa (com arame farpado) o bloqueio imposto a Cuba há quase seis décadas .
O Rincón Brasil -Cuba :
Uma visita à parte: O Rincón de Brasil en Cuba Helio Dutra, casa de Amizade Brasil - Cuba.
Obra da incansável companheira Maria Auxiliadora Cesar , a Dôra, professora da UnB e fundadora do grupo de estudos NESCUBA (na foto, no meio, com um papel na mão) que vai contar com muita ajuda a partir da visita, uma vez que os brasileiros da delegação se mostraram muito interessados em contar com uma casa brasileira em Havana.
Ali se realizam aulas de português, de cultura brasileira e em breve, aulas de samba. A capoeira é muito admirada e alguns jovens alunos se mostraram bem interessados em intercambiar saberes.
Está localizado em um bairro onde a cultura floresce.
Hélio Dutra foi o mais cubano dos brasileiros, revolucionário e seu corpo foi enterrado em Havana, no cemitério de Colón, onde se encontram os túmulos de cubanos no Panteão dos Emigrados Revolucionários.
O Callejón de Hamel:
Para encerrar, uma atividade de santeria da nação Yorubá (Yoruba para os cubanos) onde assistimos um evento de ritos africanos muito semelhantes aos ritos no Brasil, com as representações de Xangô, Oxum, Yemanjá e suas danças e cantos impressionantes .
Manter as tradições afro é uma das formas de manter o povo consciente de suas raízes e sua cultura.
IR A CUBA É TUDO ISSO E MUITO MAIS !
SALVE A REVOLUÇÃO CUBANA !
Desde esta Cuba solidária, primeiro território livre da América, reconhecendo a heroica resistência de seu povo e as conquistas alcançadas em sessenta anos de Revolução, compartilhamos nossas lutas e esperanças, 1332 representantes de 789 organizações do movimento social e popular, de solidariedade; de redes, plataformas e articulações regionais e globais, de partidos políticos, parlamentares, religiosos e intelectuais de 86 países. Chegamos de todos os cantos do mundo, com uma longa história de exercício da solidariedade, frente à agressividade imperialista contra a Revolução Cubana, comprometidos com todas as causas justas e como parte dos esforços de unidade na ação e das articulações de luta, para reunir-nos em Havana, no Encontro Anti-imperialista de Solidariedade, pela Democracia e contra o Neoliberalismo, de 1 a 3 de novembro de 2019. Vivemos um novo momento na história. Os povos nas urnas, nas ruas e nas redes sociais demonstram, com seu voto e seus protestos, o esgotamento da ofensiva imperial conservadora e restauradora neoliberal da direita oligárquica, em aliança com o fundamentalismo religioso, o poder midiático, o capital e as empresas transnacionais, que, pela mão do imperialismo norte-americano, em sua natureza depredadora, exclui amplos setores da população, destrói o trabalho digno e a vida em harmonia com a natureza, e põe em perigo a espécie humana. Os povos estão demonstrando que é possível derrotar a ofensiva imperial, que em seus propósitos recorre à criminalização do protesto social, ao confinamento e deslocação de populações, ao assassinato de líderes sociais e políticos, ao feminicídio, à perseguição a líderes de governos progressistas e à judicialização da política. Abrem-se tempos de esperança. A unidade é vital e constitui um dever; a mobilização, um grito de ordem; a organização popular, uma tarefa iminente; e a integração, uma estratégia que nos conduzirá à vitória.
Neste momento crucial, comprometemo-nos a:
1. Fazer nossa a Declaração de Solidariedade com Cuba, aprovada neste Encontro, mobilizando-nos em ações permanentes, intensivas e sistemáticas de alto impacto midiático, contra a escalada agressiva do imperialismo ianque, como parte da Campanha Internacional “Mãos fora de Cuba”.
2. Exigir o levantamento do recrudescido, criminoso e genocida bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelo governo dos Estados Unidos, e apoiar a Resolução que será apresentada na Assembleia Geral das Nações Unidas, nos dias 6 e 7 de Novembro de 2019, certos de outra contundente vitória da comunidade internacional.
3. Denunciar as ameaças e agressões de diversa natureza, sobre todos os governos soberanos que se negam a servir à potência hegemônica, que procura instalar bases militares em seus territórios e usurpar seus recursos estratégicos.
4. Reafirmar e defender a vigência da Proclamação da América Latina e Caribe como Zona de Paz.
5. Denunciar os graves riscos que entranha, para a América Latina, o Caribe e o mundo, a decisão de ativar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), orientado a respaldar militarmente o afã do governo dos Estados Unidos de reviver a Doutrina Monroe.
6. Expressar nossa firme solidariedade com a Revolução Bolivariana e Chavista, a união cívico-militar do povo e seu legítimo Presidente Nicolás Maduro Moros, que tem sabido defender com firmeza sua soberania ante as agressões de todo tipo do governo dos Estados Unidos e seus aliados entreguistas, que adotam medidas contra os verdadeiros representantes diplomáticos do governo venezuelano. Apoiar o diálogo com sectores da oposição, para manter a paz na Venezuela.
7. Intensificar a mobilização em reclamo da imediata liberação do companheiro Luiz Inácio Lula da Silva, vítima da judicialização da política, que tem como objetivo a perseguição e encarceramento de líderes políticos de esquerda e progressistas latino-americanos.
8. Felicitar o povo do Estado Plurinacional da Bolívia, por sua vitória no processo eleitoral, e ao Presidente Evo Morales Ayma, por sua reeleição, como resultado das medidas em benefício popular e do crescimento econômico. Igualmente, denunciar as tentativas de golpe de Estado e de desestabilização, desatadas por sectores da oposição, instigados pelos Estados Unidos, contra a paz e a segurança cidadãs na Bolívia.
9. Condenar as tentativas da administração estadunidense de desestabilizar o governo da Nicarágua e reiterar o direito de seu povo à Paz.
10. Demandar a independência de Porto Rico, nação latino-americana e caribenha submetida há mais de um século à dominação colonial dos Estados Unidos, e cujo povo se revela vitorioso nas ruas, frente às políticas do governo anexionista.
11. Expressar nossa firme solidariedade com as nações do Caribe, em seu legítimo reclamo de reparação pelas sequelas da escravatura, assim como de um trato justo e diferenciado no enfrentamento à mudança climática, em correspondência com suas circunstâncias especiais e sua situação de maior vulnerabilidade.
12. Apoiar a demanda histórica do povo argentino pela recuperação das ilhas Malvinas, território que legitimamente lhe pertence.
13. Denunciar aqueles governos que, seguindo os ditados do imperialismo ianque e as receitas do Fundo Monetário Internacional, impõem a sangue e fogo, a seus povos, políticas neoliberais de choque, aprofundando a injustiça social e afetando especialmente os sectores mais vulneráveis da sociedade. Condenar energicamente o uso da força e repressão para tentar esmagar os justos clamores dos movimentos sociais e populares.
14. Defender a decisão do povo do Chile, de se rebelar com valentia nas ruas, para abrir as grandes alamedas contra as políticas repressivas e antipopulares do governo, e condenar o emprego de torturas, violações, mutilações e morte de cidadãos chilenos, nas mãos dos órgãos repressivos do país.
15. Condenar a repressão no Equador e os custo em vidas humanas para aquele povo irmão, que enfrenta o pacote neoliberal.
16. Rechaçar o governo pró-imperialista de Jair Bolsonaro, submisso aos interesses dos Estados Unidos e empenhado em reverter os avanços alcançados naquele país irmão, destruir os processos de integração e toda expressão progressista e de esquerda na região.
17. Respaldar o direito do povo colombiano à paz e defender a implementação plena do Acordo Final para alcançá-la, exigir do governo o respeito à vida dos ex-combatentes e líderes políticos e sociais. Conclamamos a retomar a Mesa de Diálogo com o Exército de Liberação Nacional.
18. Expressar a mais profunda solidariedade com o povo irmão haitiano, em sua luta pela justiça social, pelas reparações históricas e por uma vida digna.
19. Manifestar nosso respaldo à luta do povo hondurenho, em suas legítimas reivindicações.
20. Felicitar o povo argentino e seu presidente eleito, Alberto Fernández, pela merecida vitória nas urnas, que propicia uma derrota ao neoliberalismo e recupera a esperança e a dignidade dessa nação.
21. Felicitar o governo de Andrés Manuel López Obrador e sua contribuição à unidade da América Latina e Caribe, em defesa dos princípios de não-intervenção e respeito à soberania.
22. Expressar nosso apoio e solidariedade à Frente Ampla uruguaia, que defende a continuidade dos avanços alcançados nos últimos três lustros, a favor de seu povo.
23. Denunciar a intromissão do imperialismo nos assuntos internos dos países da África e Oriente Médio, a agressão e as guerras desatadas, sob a chamada cruzada contra o terrorismo, pelo controle dos recursos naturais dessas regiões. Rechaçar as medidas econômicas coercitivas contra o Zimbábue.
24. Apoiar a causa histórica de luta dos povos saaraui e palestino, por seu direito à livre determinação.
25. Exigir o fim da intervenção imperialista contra a Síria, e o pleno respeito a sua soberania e integridade territorial.
26. Saudar o processo de aproximação e diálogo intercoreano. Condenar as sanções unilaterais contra a República Popular Democrática da Coreia.
27. Rejeitar todas as formas de discriminação e violência, por razões de gênero, cor da pele, crença religiosa, orientação sexual ou qualquer outra manifestação que atente contra a dignidade e integridade das pessoas, e chamar à solidariedade com suas agendas de luta, assim como reconhecer a contribuição dos movimentos de mulheres e feministas nos processos emancipatórios.
28. Defender os direitos dos povos originários a sua cultura, a seus territórios, tradições e costumes ancestrais. Expressar nosso apoio às comunidades de origem africana e às minorias, na luta por suas reivindicações.
29. Reconhecer o protagonismo e compromisso de luta dos jovens, como fiéis continuadores do legado emancipador e internacionalista de nossos próceres.
30. Condenar energicamente a atual política anti-imigrantista dos governos dos Estados Unidos e da União Europeia, bem como toda manifestação de fascismo, xenofobia e racismo.
31. Denunciar a atual cruzada macartista do governo dos Estados Unidos e a campanha anticomunista que se realiza na Europa.
32. Convocar a luta global para defender os recursos naturais, a biodiversidade, a soberania e segurança alimentar, a mãe terra e as conquistas e direitos sociais.
33. Fortalecer a resposta à guerra cultural e simbólica que tem como espaço em disputa a subjetividade do ser humano, articulando a batalha midiática na Internet e nas redes sociais digitais, alimentando as redes da verdade frente à ofensiva da mentira do imperialismo neoliberal.
Portanto: Reiteramos a importância de avançar na construção da unidade anti-imperialista das forças políticas de esquerda e dos movimentos sociais e populares, em relação à pluralidade, à diversidade e ao direito soberano dos povos de escolher livremente sua forma de organização política, econômica e social, convencidos de que a unidade é a única via para alcançar a vitória no enfrentamento ao principal inimigo dos povos: o imperialismo ianque e seus aliados. Agradecemos ao povo, ao Governo da Ilha da Liberdade e da Unidade e ao Capítulo Cubano dos Movimentos Sociais, por sua hospitalidade e invariável solidariedade. Continuaremos junto de vocês, comprometidos com seu projeto social e com o compromisso de divulgar a verdade sobre esta invencível Revolução.
Este Encontro reafirma a vontade de luta de nossos povos e constitui um formidável estímulo a seguir adiante, conscientes de que continuaremos em resistência, até vencer. Ante o plano desintegrador do imperialismo e da direita conservadora, oligárquica e neoliberal, oponhamos o plano integrador, soberano e digno de nossos povos.
Unamo-nos para exigir nosso direito ao desenvolvimento, à vida e ao porvir. A unidade anti-imperialista é a táctica e a estratégia da vitória. Senhores imperialistas, Mãos Fora de Cuba!
Os povos continuamos em luta! Até a vitória sempre !!
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