24 de nov. de 2019

Fidel Castro, a pessoa mais leal que eu conheci, afirma Lula



Brasília, 22 nov (Prensa Latina) -  O líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, é a pessoa mais leal que eu conheci, afirmou hoje o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, no VII Congresso do Partido dos Trabalhadores (PT).

Fidel Castro, 'a pessoa mais leal que eu conheci. Tanto para mim como para o PT', disse Lula emocionado quando fez referência ao povo cubano e pediu que transmitissem essa revelação ao general de Exército Raúl Castro, primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba.



Na abertura do evento partidário, realizado nesta sexta-feira na Casa de Portugal, em São Paulo, o ex- dirigente operário, que saiu em liberdade em 8 de novembro, falou de sua vontade de lutar pelo Brasil e agradeceu uma vez mais a solidariedade que recebeu durante os 580 dias de prisão política.

'Estou mais disposto a lutar como nunca. Vou dirigir este país, não só para sentir suas vidas, senão para defender o povo brasileiro, que não merece viver o que está vivendo', enfatizou o ex-sindicalista e acrescentou que o PT é 'o contrário de (Jair) Bolsonaro'.

Comentou que no cárcere aprendeu a meditar 'porque não queria que entrasse rancor no meu corpo'. Quem tem ódio não pode fazer o bem, detalhou.

Recordou que não foram os governos do PT 'os que sabotamos a economia do país para forçar um julgamento político. Não fomos nós os que forjamos uma demanda para tirar um candidato da competição. E estas são as pessoas que nos dizem que não polarizemos o país'.

Como se Brasil não tivesse estado polarizado durante séculos entre os poucos que o têm tudo e os muitos que não têm nada, refletiu.

Lula insistiu que 'somos o oposto de Bolsonaro. Somos radicais na defesa das universidades, na soberania nacional, na saúde. Somos uma oposição e meia. Enquanto ele (o ex- militar) semeia ódio, nós demonstraremos que o amor fará com que este país seja muito melhor'.

O ex-presidente criticou ainda o ex-juiz Sergio Moro, agora ministro de Justiça de Bolsonaro, e a operação Lava Jato.

'Como podem dizer que lutaram contra a impunidade se Moro libertou ao menos 130 dos 159 acusados que ele mesmo tinha condenado? Negociaram todo tipo de benefícios com criminosos confessos, venderam até o perdão da pena que a lei não prevê, a mudança de qualquer palavra contra Lula', denunciou.

Para o ex-presidente, o  Brasil não está atravessando uma agitação social extrema, como ocorre em outros países de América Latina, pelo legado dos governos do PT, e mencionou entre eles a Bolsa  Família, 'o último recurso de milhões de pessoas deserdadas'.




ifb/ocs


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