Palestina e sua Jerusalém árabe não estão sozinhas
Somos todos palestinos
As imagens das crianças palestinas assassinadas, a profanação de seus lugares sagrados como a mesquita de Al-Aqsa, a destruição de seus prédios e casas abalam o mundo novamente.
Foto: Anadolu Ajansi |
A escalada da violência durante o mês sagrado do Ramadã, quando os palestinos exercem seus direitos religiosos de oração, mais uma vez destaca a provocação de Israel e da administração anterior dos EUA que em 2017 declarou Jerusalém a capital de Israel e mostra que o "Acordo do Século "é na verdade a Vergonha do Século. A reivindicação real é o extermínio do povo palestino, que resistiu à ocupação israelense por 73 anos.
A Faixa de Gaza se tornou a maior prisão a céu aberto do mundo devido ao bloqueio israelense. Seus dois milhões de habitantes são impedidos de receber suprimentos médicos - em meio a uma pandemia - alimentos e combustível.
Nesta terça-feira, 11 de maio, a cidade de Beit Hanun em Gaza foi atacada por um bombardeio aéreo noturno pelo regime de Netanyau que causou várias mortes, destruiu casas, um prédio de 13 andares e estruturas civis.
Al-Quds ou Jerusalém, historicamente reconhecida como a Terra Santa ou Cidade Santa é da Palestina, ali se expressou o mais alto sentimento religioso de cristãos, muçulmanos e hebreus. Desde a ocupação, palestinos e árabes têm sofrido constantes abusos, violação de seus direitos e humilhação. Israel impõe restrições grotescas para impedir o acesso à Mesquita de Al-Aqsa, considerada um dos três lugares sagrados do Islã
A indignação explodiu na segunda-feira com o anúncio da expulsão de residentes palestinos do bairro Sheikh Jarrah em favor dos colonos. A ação criminosa do exército, polícia e colonos paramilitares contra a população civil, expulsando famílias palestinas de suas casas, demolindo suas casas, e contra palestinos que oravam em lugares sagrados na esplanada da mesquita de Al Aqsa, constituem atos de limpeza étnica. E crimes de guerra.
Foto: Mahmud Hams |
A Resistência Palestina advertiu Israel sobre a hostilidade contra a população civil. Mas Israel continuou sua escalada de agressão.
Diante do aumento da agressão sionista, os heroicos habitantes palestinos de Jerusalém saíram às ruas em levante popular, na Intifada, em defesa de suas propriedades e direitos, em defesa de Jerusalém como Capital do Estado Palestino.
Mortos e feridos palestinos caíram nesse confronto desigual, mas a luta e a resistência nas ruas da Cidade Velha de Jerusalém não cessam.
Esta intifada de Jerusalém uniu todos os palestinos em Gaza, na Cisjordânia e nos territórios palestinos dentro de Israel, a resposta de apoio veio de Gaza. As Brigadas de Resistência Palestina lançaram foguetes e mísseis contra postos militares israelenses em resposta aos crimes do exército israelense.
Israel lançou mais de 1.500 tiros de bombardeio em Gaza com armas de última geração. Até agora 103 palestinos morreram devido ao bombardeio massivo e indiscriminado que deixou grande destruição
O Ministério da Saúde palestino anunciou em 13 de maio que, entre as dezenas de mortes, estão 27 crianças e 487 feridos de diferentes gravidades.
Foto: Belal Khaled |
Israel alveja intencionalmente civis, a agressão até agora também causou grandes perdas materiais e danos à infraestrutura, casas e fazendas dos cidadãos, de acordo com informações relatadas por agências em Gaza:
- O bombardeio de mais de 500 torres residenciais de casas e escritórios, entre demolições totais e parciais; 1000 casas seriamente danificadas pelo bombardeio contínuo;
- 2 torres residenciais foram bombardeadas e totalmente demolidas e 12 meios de comunicação foram danificados, bem como outras instituições, associações e escritórios;
- O bombardeio de 52 sedes do governo, que vão desde quartéis de polícia, segurança e instalações de serviço;
- Sete escolas, várias clínicas de atendimento de saúde primárias e a estação de dessalinização de água no norte de Gaza foram gravemente danificadas por bombardeios pesados nas proximidades;
- O bombardeio de fazendas de animais, terras agrícolas, poços e redes de irrigação, com perdas de milhões de dólares;
- O bombardeio de ruas e infraestrutura, redes e transformadores de eletricidade, água e esgoto;
- Mais de 50 carros e meios de transporte público foram total ou parcialmente danificados;
- Além do fechamento contínuo das travessias comerciais da ocupação na Faixa de Gaza e da proibição dos pescadores de irem ao mar para pescar;
- O Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos condena com todas as suas forças os bombardeios e crimes de guerra de Israel e denuncia o uso de armas proibidas internacionalmente contra a população palestina de Gaza, a ocupação de Jerusalém, a repressão e profanação da mesquita de Al-Aqsa. Denunciamos o papel do imperialismo norte-americano, principal parceiro de Israel, que o torna cúmplice da ocupação.
Apelamos à solidariedade internacional urgente com o povo palestino, à liberdade de milhares de presos políticos e exigimos o fim da guerra e da ocupação.
Chega de 73 anos de ocupação, de sofrimento de Al Nakba, expropriação e tragédia da Palestina. Israel deve retirar-se imediatamente dos territórios ocupados e retornar aos limites de 1967.
Reiteramos nosso apoio ao direito legítimo do povo palestino de resistir à ocupação e se defender. Exigimos a luta pela libertação de sua pátria e a criação de um Estado da Palestina independente e soberano, tendo Jerusalém como capital. O direito de retorno dos refugiados palestinos às suas terras e lares também é um direito inalienável da humanidade.
Viva Palestina livre !
Palestina Vencerá!
Tradução: Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos
https://www.cubaenresumen.org/2021/05/declaracion-de-solidaridad-con-palestina-comite-internacional-paz-justicia-y-dignidad-a-los-pueblos/
"La vergUenza del siglo"
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