Em função de muitas dúvidas surgidas com relação ao
uso da cloroquina em Cuba, este Comitê entrou em
contato direto com autoridade de Saúde Pública de Cuba
a fim de esclarecer a questão.
As informações bem detalhadas são as que se seguem :
"Cuba tem mais de 200 pesquisas no âmbito nacional para enfrentar o SARS-CoV-2 entre intervenções, estudos e ensaios clínicos. Há um esforço conjunto entre o governo e instituições científicas, para enfrentar a pandemia da forma mais eficaz possível. Uma prioridade particular tem sido para os cientistas cubanos encontrar o tratamento mais eficaz para esta doença. Outras prioridades têm sido a vigilância sanitária, as investigações ativas e o diagnóstico. Mas, sem dúvida, o desenho do protocolo foi um exercício acadêmico e científico que nos permitiu aprender-fazendo e modificar-trabalhando ”.
O protocolo cubano integra em si o conhecimento isolado que os demais países possuem. Inclui vigilância, diagnóstico, terapia e convalescença, tendo em vista que o país recupera mais de 94% das pessoas que contraíram o vírus.
O protocolo cubano de gestão clínica é fruto de intensas jornadas de trabalho e da contribuição de múltiplas instituições, e embora tenha um caráter nacional, "não é uma camisa de força", mas está adaptado às condições clínicas do paciente, uma ferramenta evolutiva, porque tem se desenvolvido à medida em que avança o conhecimento sobre a doença, em Cuba e em outros países.
O protocolo cubano inclui três componentes: gestão preventiva, gestão terapêutica e gestão de convalescença.
O tratamento recebido pelos pacientes confirmados com COVID-19 em Cuba tem o seguinte manejo terapêutico:
Obter um efeito antiviral e para isso se usa interferons e outras drogas antivirais já comprovadas em Cuba e em outros países; neutralizar a tempestade de citocinas; tratar oportunamente as complicações; manter as doenças de base estabilizadas.
O cumprimento desses objetivos é buscado simultaneamente, não em etapas.
Na primeira semana de doença, a ênfase é dada às medidas antivirais e, na segunda, busca-se o efeito mais específico do imunomodulador.
Pacientes que não apresentam sintomas são tratados com monoterapia, usando interferon-alfa 2b e Heberferon, juntamente com vigilância clínica rigorosa. No caso de pacientes sintomáticos, estes contam com um pacote de tratamento, adequado às demandas específicas de cada paciente.
São usados interferons, cloroquina e kaletra. Estes medicamentos não são usados como monoterapia, mas são usados em combinação.
No começo da epidemia se atribuiu à cloroquina efeitos antivirais e imunomoduladores. Em Cuba não havia dúvidas sobre este segundo efeito , já que é usada em doenças como o lúpus, mas a respeito dos efeitos antivirais não havia evidências científicas. Por esse motivo, foi utilizada metade das doses inicialmente propostas pelas recomendações internacionais, para evitar que os pacientes apresentassem reações adversas. A cloroquina é usada com moderação em Cuba.
Diferentes tipos de antibióticos, esteroides, heparina, eritropoetina, surfacen, CIGB-258, transfusão de plasma, entre outros, também foram incorporados ao tratamento.
Os resultados que Cuba exibe no atendimento ao paciente não é fruto de um único medicamento, mas da aplicação de todo o pacote, que inclui a sensibilidade dos médicos. Os números apresentados por Cuba também mostram a eficácia da estratégia epidemiológica que contempla o isolamento de contatos, suspeitos e internação oportuna com o início do tratamento, bem como o desenvolvimento da biotecnologia cubana e a estreita relação entre cientistas e intensivistas. Muitos pacientes cubanos receberam interferons desde o primeiro momento e os resultados foram muito satisfatórios. Destaca-se também o uso do CIGB-258 e do itolizumabe que nos permitem estar à frente do surgimento da tempestade de citocinas."
Esperamos ter contribuído com os esclarecimentos
colhidos junto às autoridades cubanas para nos
mantermos sempre bem informados.
Parabéns pelo esclarecimento.
ResponderExcluirEstava com a posição do Padilha, porém olhando o site do Ministério de Saúde Cuba se acha o nome cloroquina entre os medicamentos para os tratamento.
https://twitter.com/padilhando/status/1395408169980108803
Reproduzi no Blog Solidários a Cuba
https://convencao2009.blogspot.com/2021/05/cuba-usa-cloroquina-contra-covid-19.html
Cuba pesquisou, estudou e nao foi leigo quem fez o protocolo e sim cientista, e nem sempre medico tem que ser visto como cientista, eles usam a pesquisa mas nao investigam longe de um iletrado se achar dono da verdade, como fizeram no Brasil.
ResponderExcluir