Por: José Manzaneda
A União Europeia tornou-se, de fato, uma colônia americana.
E sua mídia reproduz o esquema de propaganda da metrópole: censura e reportagens de guerra sobre o conflito ucraniano, submissão aos interesses de Washington na agenda de notícias internacionais
Se empresas petrolíferas europeias como a ENI ou a Repsol estão novamente operando na Venezuela porque o governo dos EUA lhes permite fazê-lo, depois de tê-las proibido durante anos, será que lemos alguma análise crítica, algum editorial na imprensa italiana ou espanhola denunciando tal subjugação da soberania europeia? Nada, nem mesmo o mínimo vislumbre de dignidade. "Os EUA permitirão que a Repsol e a ENI levem o petróleo venezuelano para a Europa", lemos. A imprensa europeia se limita a escrever o que o mestre dita.
No caso de Cuba, mais do mesmo. A lei estadunidense Helms-Burton persegue as empresas europeias que investem na ilha e ameaça e afugenta aquelas que estão planejando fazê-lo. Seus executivos - os da empresa hoteleira espanhola Meliá, por exemplo - estão até proibidos de entrar nos EUA. E o que faz a imprensa corporativa espanhola? Ela defende os interesses de suas empresas, ela denuncia tal extorsão? Não. Pelo contrário. O jornal ABC, por exemplo, coloca Camila Acosta como sua correspondente em Havana. Ela é a força motriz por trás do boicote ao turismo na ilha, que inclui ações contra Meliá e outras empresas espanholas.
O último exemplo de falta de dignidade europeia é a medida da Casa Branca de exigir um visto para entrar nos Estados Unidos para qualquer pessoa que tenha visitado Cuba. Lembremos que os cidadãos europeus não precisam de visto para entrar nos EUA, apenas um formulário digital chamado ESTA. Mas qualquer pessoa que tenha sido turista em Cuba terá agora que solicitar um visto para entrar nos EUA. Algum protesto dos governos europeus, medidas recíprocas? E a imprensa europeia? Qualquer denúncia, qualquer editorial, qualquer crítica a esta chantagem inaceitável? Nada. Mais uma vez, curvando a cabeça diante do império, cujo Departamento de Segurança Nacional, em seu website, deixa claras suas ameaças: "se for constatado que um viajante visitou um país designado como patrocinador estatal do terrorismo (...) ele ou ela deve solicitar um visto para entrar nos Estados Unidos".
Recordemos que Cuba foi incluída em 2021, pela Casa Branca, em sua "Lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo", algo que teve consequências letais para sua economia, como o bloqueio bancário internacional. Sua inclusão foi um truque sujo entre os presidentes dos EUA e da Colômbia, Donald Trump e Iván Duque. Este último havia decidido interromper o processo de diálogo com os guerrilheiros do ELN, que estava sendo realizado com a ajuda de Cuba, e exigiu que Havana entregasse a delegação negociadora da guerrilha. A recusa do governo cubano em violar o protocolo assinado pelas partes e pelos países garantidores foi a desculpa para Trump incluir Cuba, um país que tem dado tudo pela paz na Colômbia, na famosa "lista de países terroristas".
Mas voltemos à medida que exige visto para entrar nos EUA para qualquer pessoa que tenha visitado a ilha. A intenção é óbvia: colocar mais um pau na roda da economia cubana, enfraquecida pelo bloqueio, pelas 243 sanções recentes e pela pandemia, e atacar uma das poucas fontes de renda do país, o turismo. Tudo isso para que a escassez, a falta de medicamentos e os apagões elétricos se estendam com o tempo, a ponto de provocar o desespero da população e hipotéticos protestos em massa.
É por isso que é necessário difundir esta mensagem. Cuba deve ser visitada, seu turismo deve ser promovido. É uma questão de vida ou morte para um povo submetido a uma guerra impiedosa e cruel.
http://www.cubadebate.cu/opinion/2022/09/21/la-nueva-maniobra-contra-el-turismo-a-cuba-y-la-indignidad-europea-video/
Tradução e Edição: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
Foram sanções tão cruéis do governo Trump com relação a Cuba, que mesmo o ex secretário do presidente Obama comentou sobre a crueldade dos atos daquele pessoa, pois em plena pandemia, numa crise sanitária sem precedentes que provocou o lockdown, seria a população a pagar por isso. E a inclusão de Cuba como Estado terrorista, um descabimento! O sujeito sai e deixa esse legado malígno para a Ilha, condenando a mais dificuldades sua gente!
ResponderExcluirE VOCÊ PRECISA FICAR ESCONDIDO?! QUEM FALA A VERDADE NÃO TEM MEDO 🤯‼️‼️‼️‼️
ExcluirÉ tudo mto revoltante! Querem transformar Cuba num Haiti, país q é punido até hoje pela vitória da rebelião dos escravizados contra seus senhores!
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