7 de dez. de 2022

Cuba e as listas negras de Washington

Seguidores da Virgem de Régua, a Orisha Yemayá, a deusa do mar na religião iorubá e a Virgem Maria na religião católica em Cuba.

  Raúl Antonio Capote   

Como se o castigo imposto à ilha por sucessivas administrações estadunidenses  não fosse suficiente, o governo de Joe Biden acaba de acrescentar Cuba a outro de seus índices espúrios.

Em uma decisão que vai além da imaginação mais perversa, Washington incluiu a maior das Antilhas na lista negra dos violadores da liberdade religiosa, juntamente com a Nicarágua e o grupo russo Wagner, confirmou na sexta-feira o Secretário de Estado, Antony Blinken.

A atual administração está baseando sua decisão no fato de que, segundo eles, Cuba "cometeu ou tolerou violações particularmente graves da liberdade religiosa", explicou o Secretário de Estado em um comunicado.

De sua conta no Twitter, o Ministro das Relações Exteriores cubano Bruno Rodríguez Parrilla repudiou imediatamente a designação de nosso país em outra lista arbitrária. "O governo dos EUA precisa recorrer a acusações desonestas para manter a política insustentável de abuso contra o povo cubano".

Nada poderia haver nada mais desatinado, mas verdade, sanidade e razão têm pouco a ver com a política de Washington em relação à ilha.

" A inclusão de nosso país em uma lista arbitrária demonstra que, novamente, o governo dos EUA precisa recorrer a acusações desonestas para manter insustentável política de abuso contra o povo cubano. É sabido que em #Cuba sim há liberdade religiosa"  Bruno Rodriguez 

Se há um país no mundo que goza de liberdade religiosa, é Cuba, algo que é conhecido por todos que nos visitam e que foi avaliado por várias organizações internacionais.

Deve ficar claro que a inclusão de Havana nestas listas criadas pela Casa Branca não é simbólica; cada inclusão significa sanções contra a economia do país.

A inserção na lista de países patrocinadores do terrorismo, por exemplo, teve um sério impacto nas finanças do país, o que se reflete na vida cotidiana dos cubanos.

Mas nada disso é acidental, nem constitui um mecanismo individual de repressão; é parte da guerra não convencional contra a Revolução Cubana.

A inclusão de Cuba em listas negras de todos os tipos, além do efeito imediato nas relações econômicas com o mundo, visa destruir a reputação da ilha, privando-a da solidariedade internacional, isolando-a do mundo, para que ninguém aja contra seus agressores caso decidam usar a força.

O assassinato de caráter de uma nação é um processo premeditado e sustentado, destinado a destruir a credibilidade, deslegitimar o governo e justificar quaisquer medidas punitivas.

Faz parte dos métodos utilizados pelos serviços especiais americanos para destruir os adversários do sistema capitalista, os inimigos do império.


https://cubaenresumen.org/2022/12/05/cuba-y-las-listas-negras-de-washington/

Tradução/Edição: Carmen Diniz/Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba 

                                 




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