A
aliança Netanyahu-Rubio é um acordo político e financeiro baseado na
perpetuação do conflito, do crime e da expropriação de um povo.
Raul Antonio Capote - 16 de setembro de 2025
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio,
chegou a Tel Aviv dias após ataques aéreos contra líderes do Hamas em Doha, no
Catar, e em meio a bombardeios intensificados contra civis em Gaza.
Rubio visitou o Muro das Lamentações em
Jerusalém, acompanhado pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
"Sob o comando do presidente Donald Trump e do secretário Rubio, esta
parceria nunca foi tão forte, e somos profundamente gratos por isso",
disse Netanyahu, enquanto visitavam os túneis subterrâneos com o embaixador dos
EUA em Israel, Mike Huckabee.
A presença do responsável norte-americano na
inauguração de um túnel turístico numa colónia israelita, localizada no bairro
palestino de Silwan, na Jerusalém ocupada, é mais um exemplo do reconhecimento
da Casa Branca às ações da entidade sionista contra o povo palestino.
Enquanto isso, a reunião dos dois políticos
discutiu as implicações diplomáticas e militares do recente ataque das Forças
de Defesa de Israel (IDF) ao Catar, bem como seu potencial impacto nos esforços
para chegar a uma trégua em Gaza e a possível anexação israelense de partes da
Cisjordânia.
É importante notar que esta visita acontece uma
semana antes da cúpula da ONU, que discutirá o reconhecimento da Palestina como
um estado, uma iniciativa que é a essência de tudo o que Netanyahu quer apagar
com mísseis.
O tom próximo e as semelhanças notáveis entre
os dois funcionários não são uma coincidência, mas sim o resultado de uma
aliança estratégica e política baseada em interesses e visões compartilhados.
A relação entre eles é a de dois aliados políticos
que se reforçam mutuamente.
Em Rubio, Netanyahu encontra um defensor
poderoso e confiável em uma das instituições mais importantes dos EUA, enquanto
este fortalece suas credenciais com sua base eleitoral e doadores.
Seu apoio tem um preço: a base financeira de
Rubio é reforçada por contribuições significativas.
O "Pro-Israel America PAC" (AIPAC)
lidera sua lista de doadores, junto com magnatas como Sheldon Adelson, um
doador famoso desde 2016, e outros filantropos pró-Israel como Norman Braman e
Paul Singer.
Por trás do avanço político de Rubio está uma
rede de lobistas que não é segredo: o poderoso AIPAC, juntamente com os Cristãos
Unidos por Israel (CUFI).
A Coalizão Judaica Republicana foi rápida em
comemorar sua nomeação como Secretário de Estado, descrevendo-o como um
"defensor declarado de Israel em tempos extraordinariamente
perigosos".
Assim, enquanto o pequeno enclave de Gaza sofre as consequências do genocídio sionista, a aliança Netanyahu-Rubio exibe um vínculo que vai além da retórica: é um acordo político e financeiro cimentado na perpetuação do conflito, do crime e da expropriação de um povo, tudo sob a sombra de Washington.
https://www.granma.cu/mundo/2025-09-16/el-diablo-los-cria-y-el-sionismo-los-une-16-09-2025-00-09-20
Trad/ed: Comitê Carioca
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