Havana, 21 de novembro (Prensa Latina) A Relatora Especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Alena Douhan, declarou hoje que as medidas unilaterais dos Estados Unidos contra Cuba carecem de legitimidade e afetam os direitos humanos da população
Ao apresentar os resultados
preliminares de suas investigações na ilha à imprensa nacional e estrangeira, a
autoridade observou que tais ações coercitivas afetam todas as esferas da vida
nacional e prejudicam diretamente seus habitantes, especialmente os grupos mais
vulneráveis.
Ela salientou que estes problemas são especialmente prejudiciais em meio às dificuldades que a nação caribenha enfrenta devido à crise internacional, ao impacto dos eventos climáticos e às dificuldades econômicas internas.
Ela enfatizou que os efeitos nocivos disso são agravados pela inclusão da ilha, motivada politicamente, na lista do Departamento de Estado de países que supostamente patrocinam o terrorismo.
Douhan lembrou que desde 1962
Cuba sofre com o cerco dos EUA, e que este ano essa potência estendeu a
presença do país na referida lista, o que causa sérios danos econômicos e
dificulta significativamente os esforços da nação caribenha para garantir
serviços básicos e desenvolver políticas sociais.
Em suas visitas e intercâmbios
realizados desde 11 de novembro com diversos setores da vida econômica,
política e social do país, organizações, instituições e projetos, Douhan
testemunhou em primeira mão o impacto real do bloqueio sobre os direitos
humanos dos cubanos.

Tais medidas limitam a
capacidade do Estado de desenvolver políticas públicas, ameaçam os direitos à
alimentação e a uma vida digna, dificultam os intercâmbios acadêmicos, afetam o
fornecimento de energia, água potável e medicamentos e violam o direito à vida em
geral, salientou.
A este respeito, o relatório
sobre o assunto, que será apresentado em setembro de 2026 ao Conselho de
Direitos Humanos da ONU, instará os Estados Unidos a cessarem esta política
unilateral “sem fundamento jurídico internacional”, incluindo as sanções
secundárias e o seu cumprimento excessivo.
O documento também apelará aos
Estados e às organizações internacionais para que adotem medidas que garantam o
pleno gozo dos direitos dos cubanos e permitam o desenvolvimento de programas
que beneficiem outros países.

Em seu discurso, Douhan
agradeceu ao governo cubano pelas facilidades oferecidas para o intercâmbio com
líderes, representantes da sociedade civil, especialistas, acadêmicos,
organizações internacionais e personalidades de diversos setores da vida
econômica, política e social do país.
Fotos: Vladimir
Molina Espada
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