Com a participação de 370 delegados de 25 países, entre eles Estados
Unidos, Canadá e Quebec, Palestina e Líbano aconteceu na República
Dominicana o VIII Encontro Continental de Solidariedade com Cuba de 28 a
30 Julho de 2016.
Esta conferência Continental é realizada a
cada dois anos em um país da América Latina e Caribe, o objetivo dos
participantes é compartilhar informações e experiências em apoio à
Revolução Cubana, aos países da ALBA, à liberdade de Oscar López Rivera e
dos presos políticos e à descolonização do Porto Rico.
O VIII
Encontro foi dedicado ao 90º aniversário do líder da Revolução Cubana,
Fidel Castro Ruz e ao 62º aniversário do querido Comandante Hugo Chávez
Frías.
O Encontro foi organizado conjuntamente pela Campanha
Dominicana de Solidariedade com Cuba, o Comitê Porto-riquenho de
Solidariedade com Cuba e o Instituto Cubano de Amizade com os Povos
(ICAP).
No final, foi anunciado que o próximo será realizado na Nicarágua em 2018.
Incluímos abaixo a Declaração Final do Encontro e o Plano de Ação.
VIII ENCONTRO CONTINENTAL
DECLARAÇÃO DE SÃO DOMINGOS
Convocados pelos nobres ideais de amizade e solidariedade que unem os
povos da Nossa América; aconteceu de 28 a 30 julho de 2016 no município
de Santo Domingo, República Dominicana, o VIII Encontro Continental de
Solidariedade com Cuba, com a presença de 370 delegados e delegadas de
25 países e a participação de representantes de organizações políticas,
sociais, juvenis, religiosas, sindicais, entre outros; dedicado ao
aniversário de 90 anos do líder histórico da Revolução Cubana,
Comandante em Chefe Fidel Castro Ruz e à memória eterna do Supremo
comandante da Revolução Bolivariana, Hugo Rafael Chávez Frias no 62º
aniversário de seu nascimento.
Em um contexto em que os
contra-ataques imperialistas arremetem com força para desmantelar os
processos progressistas, revolucionários e integracionistas da região,
os povos do continente se reuniram neste evento histórico, DECLARAM:
1) Nossa fervorosa saudação aos Cinco Heróis, exemplos de dignidade,
patriotismo e firmeza, que se encontram livres em sua pátria depois de
terem comprido largas e injustas sentenças em prisões norte-americanas.
2) Há 19 meses, em 17 de dezembro de 2014, se iniciou uma nova etapa
das relações entre os governos de Cuba e dos EUA depois de mais de 55
anos de confrontos e agressões por diferentes administrações
estadunidenses, que nunca se conformaram com o fato de ter tido uma
Revolução Socialista menos de 90 milhas de suas costas. Apoiamos o
processo de restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois
governos, enquanto reafirmamos nossa confiança na dignidade da ilha,
convencidos de que ela não vai ceder nenhum dos seus princípios e
valores éticos que são referência para os povos do mundo.
3)
Exigir o fim imediato do bloqueio econômico, comercial e financeiro
imposto a Cuba pelos Estados Unidos, monstruosidade que é constitui o
principal obstáculo para o desenvolvimento pleno dessa nação caribenha.
Os Estados Unidos devem cumprir a exigência da comunidade internacional
que em 24 ocasiões se pronunciou pelo fim desta política e ouvir uma
maioria crescente da opinião pública que apoia o levantamento do
bloqueio e das restrições de viagens.
4) Exigir a devolução
imediata a Cuba do território ilegalmente ocupado pela Base Naval em
Guantánamo, o governo dos EUA usurpa há mais de cem anos, contra a
vontade do governo e do povo de Cuba. Espaço usado como prisão, centro
de tortura, onde detentos são submetidos a tratamentos degradantes e
cruéis, em franca violação da Lei internacional de Direitos Humanos.
5) Reclamar o fim das transmissões ilegais de rádio e televisão que
deturpam e mentem sobre a realidade cubana e violam as normas da União
Internacional de Telecomunicações.
6) Exigir que cessem os
programas de subversão e desestabilização contra Cuba e se respeite sua
soberania, autodeterminação e independência.
7) Rejeitar a
política migratória exclusiva para os cubanos que encoraja a emigração
desordenada e perigosa. Por fim aos programas de roubo de talentos que
estimulam a deserção de profissionais cubanos que realizam missões em
outros países.
8) Demandar ao governo dos EUA o pagamento das
compensações ao povo cubano pelos danos econômicos e humanos causados
pela prática criminosa do bloqueio e as agressões contra Cuba.
9)
Ratificar nosso apoio irrestrito ao processo de atualização do modelo
econômico cubano que inevitavelmente levará ao fortalecimento do sistema
socialista.
10) Reiterar nosso apoio permanente e incondicional à
revolução Bolivariana iniciada pelo Comandante Supremo Hugo Rafael
Chávez Frias, hoje liderada pelo presidente Nicolas Maduro, antes dos
contínuos ataques da direita servil aliada do imperialismo. Exigir ao
governo dos Estados Unidos a imediata revogação do seu decreto
injerencista e intervencionista; assim como nos solidarizar com os
processos progressistas do Equador, Bolívia, Nicarágua, El Salvador; bem
como os movimentos populares que no Brasil enfrentam o golpe
parlamentar judicial contra a presidente Dilma Rousseff e que na
Argentina estão mobilizados contra o regresso do mais brutal
neoliberalismo.
11) Apoiar fortemente o direito do povo de Porto
Rico em sua luta pela independência e autodeterminação, a devolução das
Ilhas Malvinas para a Argentina; assim como reconhecer o direito dos
territórios ultramarinos à sua soberania e independência.
12)
Exigir a libertação de Oscar López Rivera, que está há mais 35 anos em
prisões dos Estados Unidos, e de todos os presos políticos que cumprem
penas injustas, condenados em diferentes países do mundo.
13)
Apoiar as lutas dos movimentos sociais nos Estados Unidos, dado a
crescente brutalidade policial contra a comunidade afro-estadunidense,
contra as minorias, imigrantes, comunidade LGBT e todo tipo de
discriminação religiosa.
14) Respaldar o direito do povo haitiano em sua luta pela saída da Missão de Estabilização das Nações Unidas de seu território.
15) Exigir a cessação da política de extermínio do regime sionista de
Israel contra o povo palestino e resolutamente apoiar o seu direito de
edificar o seu Estado soberano com capital em Jerusalém.
16)
Respeitar o direito reprodutivo da mulher em um ambiente de justiça e
igualdade e acesso dos jovens ao ensino gratuito e de qualidade, à
formação política, oportunidades de empregos dignos bem remunerados e
sua plena participação na tomada de decisões como futuros líderes de
suas respectivas sociedades.
17) Reconhecer e defender os direitos dos povos originários, respeitando sua cultura, tradições e costumes ancestrais.
18) Saudar com profundo agradecimento a solidariedade incondicional do
governo e do povo cubanos por toda a sua contribuição, apoio e
compromisso na busca da paz para a Colômbia, anseio histórico de seu
povo e de todos os povos amantes da paz.
19) Respaldar a
declaração emitida na Segunda Cúpula da CELAC realizada em Havana, que
proclamou a América Latina e o Caribe como zona de paz, assim como nosso
apoio incondicional aos mecanismos de integração como a ALBA, MERCOSUL,
CELAC, UNASUR e os processos progressistas da região que se esforçam
para recuperar seus recursos naturais, redistribuir suas riquezas,
enfrentar a pobreza, o analfabetismo, a corrupção e a poluição
ambiental, deixando para trás séculos de saques e neoliberalismo.
20) Apoiar firmemente todos os esforços pela unidade e integração de
nossos países para alcançar a Pátria Grande, do Rio Bravo até a
Patagônia, para que tanto lutaram nossos antepassados.
Agradecemos ao povo dominicano por sua hospitalidade e esmagadora
solidariedade com Cuba e com os povos do continente, especialmente ao
Comitê Organizador deste Encontro, formado por dominicanos e
porto-riquenhos, os copatrocinadores pela primeira vez na história do
Movimento de Solidariedade com Cuba de um evento desta natureza.
Facultado em Santo Domingo, República Dominicana, no dia 30 de julho de 2016.
PLANO DE AÇÃO
1 Multiplicar as ações contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA contra Cuba:
a) Realizar ações simultâneas em cada país todo dia 17 de cada mês que
tenha grande impacto midiático, conforme acordado na Cúpula dos Povos do
Panamá.
b) Incentivar a realização de protestos contra as missões diplomáticas e consulares dos EUA em nossos países.
c) Entrar em contatos com parlamentares para que eles intercedam com os seus homólogos estadunidenses.
d) enviar mensagens, cartas e telefonemas preparar para a Casa Branca e
o Congresso, exigindo o fim desta política cruel e genocida.
e)
Multiplicar o uso de redes sociais, sites, rádio, televisão e meios de
comunicação comunitários para denunciar os efeitos do bloqueio, a
ocupação ilegal da base naval em Guantánamo e a subversão política
contra a Ilha.
2. Exigir a devolução para Cuba do território ilegalmente ocupado pela Base Naval dos Estados Unidos em Guantánamo.
a) Organizar em nossos países exibições do documentário "Todo
Guantánamo é Nosso" aproveitando está legendado em várias línguas.
b) Divulgar e participar do Seminário Internacional pela abolição das
bases militares e pela paz que se realizará em Cuba no início do mês de
maio de 2017.
3. Apoiar com ações simultâneas a Terceira Jornada Contra o Bloqueio que será realizada em Washington DC, em agosto de 2017.
4. Promover e incentivar a participação em eventos organizados pelo ICAP em Cuba:
a) A Brigada Suramericana de Trabalho Voluntário e Solidariedade com Cuba / Janeiro de 2017.
b) Dia Internacional Maio Brigada de 2017.
c) Brigada Juan Rius Rivera de Porto Rico / Julho de 2017.
d) Brigada Venceremos dos Estados Unidos / Julho de 2017.
e) Brigada Latino-americana e Caribenha / Agosto de 2017.
f) Brigada Internacional Ernesto Che Guevara no 50º aniversário de sua morte, em outubro de 2017.
5. Trabalhar para fortalecer a estrutura e a unidade do Movimento
Continental de Solidariedade com Cuba, enriquecendo suas ações com a
participação ampla e representativa de todos os artistas de nossas
sociedades.
6. Fortalecer o uso dos meios de comunicação de
rádio, televisão, imprensa escrita e redes sociais como Facebook,
Twitter, YouTube, blogs e outros como espaços multiplicadores da verdade
sobre Cuba, frente as campanhas midiáticas das transnacionais da
desinformação.
a) Promover a exibição do documentário "El poder
de los débiles", mostrando o trabalho da revolução com as pessoas com
necessidades especiais.
b) Divulgar os pontos sobre o bloqueio realizados pelo IFCO / Pastores pela Paz.
7. Realizar atividades no âmbito das datas comemorativas da Ilha.
a) Desenvolver projeções de documentários e exposição de fotos sobre Fidel por ocasião do seu 90º aniversário.
8. Promover ações de apoio com outras causas:
a) Realizar atividades de sensibilização para exigir a revogação do
decreto injerencista e intervencionista dos EUA contra a Venezuela.
b) Organizar mesas ou painéis sobre a importância da integração
regional, a defesa dos governos progressistas da Venezuela, Equador,
Bolívia, Nicarágua, El Salvador; assim com apoiar os movimentos
populares que ocorrem no Brasil e Argentina.
c) Realizar passeatas, caravanas e outros eventos exigindo a libertação dos nossos prisioneiros políticos.
Facultado em Santo Domingo, República Dominicana, no dia 30 de julho de 2016.
Foto: Hector Planes
VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!
VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!
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