Ron Wyden, democrata por Oregón e presidente do Comitê de Finanças do Senado. Imagem: Jacquelyn Martin / AP. |
O presidente da Comissão de Finanças do Senado, Ron Wyden, democrata do Oregon, apresentou ontem à noite um projeto de Lei do Comércio entre Cuba e os Estados Unidos de 2021, que visa revogar as sanções obsoletas e estabelecer relações comerciais normais com a Ilha.
“O embargo de nossa nação a Cuba é um artefato dos anos 1960. Continuar essa política de isolamento desatualizada e prejudicial seria um fracasso da liderança dos Estados Unidos. Embora Trump tenha aumentado as tensões com Cuba durante seu desastroso mandato no cargo, estou otimista sobre o novo curso diplomático do presidente Biden ”, disse Wyden.
"Apesar de tudo, o Congresso tem uma obrigação moral e econômica para com o povo americano de melhorar as relações entre os Estados Unidos e Cuba o mais rápido e seguro possível."
A Lei de Comércio Estados Unidos-Cuba de 2021 revogaria os principais estatutos que codificam sanções contra Cuba, incluindo a Lei Helms-Burton e a Lei da Democracia Cubana, bem como outras disposições que afetam o comércio, os investimentos e as viagens a Cuba. Também estabeleceria relações comerciais normais com o país.
Os senadores americanos Patrick Leahy, Richard Durbin e Jeff Merkley se juntaram a Wyden no projeto de lei.
Confira o texto do projeto aqui:
Proyecto de Ley de Comercio entre Cuba y Estados Unidos 2021
Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
http://www.cubadebate.cu/noticias/2021/02/05/senadores-estadounidenses-presentan-proyecto-de-ley-para-poner-fin-al-bloqueo-contra-cuba/
Para quem queira mandar mensagem ao Senador:
https://www.wyden.senate.gov/contact/email-ron
NT: É uma boa notícia, ainda mais nesse momento de um novo governo e com uma maioria democrata no Congresso. Vamos esperar e ver como o capital vai se comportar. #CubaSalvaVidas
AQUI OUTRA MATÉRIA SOBRE O ASSUNTO:
Uma crítica trabalhosa, mas positiva para a Casa Branca
Randy Alonso Falcon
Na semana passada, o porta-voz da Casa Branca anunciou a vontade do governo Joe Biden de rever a política dos EUA em relação a Cuba, cujo curso foi notavelmente estragado pelo governo anterior.
Após os inúmeros passos na direção certa dados no segundo mandato de Barack Obama - a fim de estabelecer relações entre as duas nações apesar das diferenças políticas e ideológicas - o governo Trump interrompeu tudo o que havia sido feito e tensionou as relações ao máximo possível.
Desde junho de 2017, quando assinou uma Diretriz Presidencial por Cuba, perante uma audiência enervada em Miami repleta de políticas anti-cubanas, mercenários de Playa Girón e assalariados da indústria anti-cubana nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump aplicou 240 medidas punitivas contra Cuba a uma taxa de mais de uma por semana.
O bilionário de Nova York, mas com sede legal na Flórida, lançou-se ferozmente na jugular da nação caribenha para tentar subjugar o governo cubano. Proibiu as viagens de cidadãos norte-americanos, limitou drasticamente a quantidade de remessas de dinheiro que os cubanos que viviam naquele país poderiam enviar a Cuba e forçou o fechamento dos escritórios da Western Union em todo o arquipélago cubano, perseguiu violentamente as transações financeiras cubanas e estabeleceu uma caçada para impedir a chegada do combustível; atrapalhou todos os investimentos estrangeiros em solo cubano e até obrigou Marriot a se retirar da administração de um hotel da marca Sheraton em Havana (único que uma empresa norte-americana tinha em Cuba).
Intercâmbios educacionais, culturais, esportivos e científicos entre os dois países também foram sabotados.
As decisões mais aberrantes contra Cuba por Trump e sua equipe foram: uma, a habilitação total do Título III da chamada Lei Helms-Burton (que nenhum outro governo ousou pôr em vigor), para promover processos judiciais sem precedentes contra qualquer empresa que tenha investido ou usado instalações ou terras nacionalizadas pela Revolução Cubana - mesmo que seus proprietários na época da medida não fossem cidadãos norte-americanos; e a outra, nos últimos dias do governo, a inclusão novamente de Cuba na Lista particular de Governos que apoiam o Terrorismo, medida duramente criticada por diversos setores dos Estados Unidos e pela comunidade internacional.
Como se vê, a revisão do governo Biden será trabalhosa. Trump, Pompeo, Claver-Carone e outros representantes do governo cessante, com o apoio entusiástico de Marco Rubio e outros congressistas anti-cubanos, teceram uma densa trama de medidas difíceis de desatar e que limitaram ao máximo os propósitos declarados de mudança, de sua campanha eleitoral, o novo inquilino da Casa Branca.
Esta vontade já foi ratificada, mas enfrentará não poucos obstáculos: de alguns inconvenientes jurídicos à oposição ativa das forças anti-cubanas no Congresso, passando por certas reivindicações para estabelecer um processo no desmantelamento das medidas, Isso enfraqueceria uma relação assimétrica, onde Cuba não bloqueia, ataca, nem financia as forças da oposição, nem tem uma base militar no país do norte, nem coloca os Estados Unidos em listas espúrias e manipuladas.
Mas se Trump, com base em decretos e resoluções, armou sua aberrante ofensiva anti-cubana em apenas 3 anos e meio, o governo Biden pode fazer o mesmo na direção oposta (embora Cuba não seja sua prioridade nestes tempos de pandemia e economia crise)
O que aconteceu entre 2014 e 2016, com a adoção de acordos bilaterais em cerca de vinte áreas como meio ambiente, saúde, ciência, justiça, esporte, cultura, educação e outras, em benefício de ambas as nações, mostra um possível caminho positivo, inclusive. no meio das diferenças. Não são poucos os membros da atual administração que sabem disso.
Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
https://www.cubainformacion.tv/contra-cuba/20210206/89923/89923-miembros-del-senado-de-eeuu-presentan-proyecto-de-ley-para-poner-fin-al-bloqueo-contra-cuba
Es mas que tiempo de que se elimine ese criminal bloqueo a la isla de Cuba..
ResponderExcluirNão ao bloqueio infame que visa dividir o povo de uma pequena nação com uma população que se agiganta ao lutar contra o imperialismo.
ResponderExcluirEnfim, o império começa a enxergar os equívocos cometidos contra Cuba. Venceremos!... Cuba, sin!! Viva Fidel!
ResponderExcluirQue seja o fim deste bloqueio genocida.
ResponderExcluirÉ a melhor noticia dos ultimos anos, vindas dos Estados Unidos. O mundo deve de todos, para todos. Primorosa iniciativa desse grande Presidente. Sucesso. Somos todos filhos do mesmo Deus.
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