Em 1993, em pleno período especial, Fidel Castro disse:
“A ciência e
as produções da ciência devem ocupar no futuro o primeiro lugar da economia
nacional, porque [...] temos de desenvolver as produções da inteligência. Esse
é o nosso lugar no mundo, não haverá outro”.
Como costumava acontecer, Fidel tinha razão, e a prova é como a Ilha está enfrentando a pandemia. Cuba é o único país da América Latina que está produzindo uma vacina própria. Aliás, uma, não. Quatro!
O Instituto Finlay de Vacinas tem duas candidatas, as Soberanas 1 e 2. E o Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia tem outras duas, a Mambisa, que será aplicada por via nasal, e a Abdala, ambas autorizadas, em novembro de 2020, a iniciar a fase de ensaios clínicos.
No dia 16 de janeiro, começou um ensaio clínico com a formulação mais simples e mais segura da Soberana 1, com 30 voluntários entre 19 e 59 anos que já tiveram a doença, mas apresentam um nível baixo de anticorpos, ou seja, poderiam reinfectar-se. É um estudo original, porque todas as outras vacinas no mundo estão sendo testadas em pacientes jovens e que não passaram pela doença. Este ensaio dá a possibilidade de saber como reagirão à vacina os mais suscetíveis e também permite que se faça com apenas uma dose, que funciona como um reforço. Até o momento, os resultados do estudo são muito positivos.
E embora a
Soberana 1 tenha iniciado os ensaios clínicos em agosto de 2020, a candidata
mais avançada é a Soberana 2. Segundo o diretor do Instituto Finlay,
esta vacina é diferente de todas as outras que existem atualmente no mundo.
Trata-se de uma vacina conjugada, em que o antígeno do vírus está enlaçado
quimicamente ao toxoide tetânico.
O diretor-geral do Instituto Finlay, Dr. Vicente Vérez Bencomo, anunciou que o país está se preparando para produzir 100 milhões de doses dessa vacina. Essa quantidade será suficiente para imunizar toda a população da Ilha e para vender a outros países interessados, como Venezuela, Irã, Índia, Paquistão e Vietnam, que já se manifestaram. Além disso, ele informou também, numa coletiva à imprensa internacional, que turistas poderão ser vacinados, caso desejem. A vacinação é voluntária para todos.
E a vacina Abdala, do CIGB, também já vai começar a segunda fase de ensaio clínico, com 800 voluntários entre 19 e 80 anos, saudáveis ou com doenças controladas. Este candidato vacinal apresentou um perfil adequado de segurança na primeira fase dos ensaios, aplicada a um grupo de 132 pessoas.
Essa
capacidade de produção científica é fruto de decisões e políticas adotadas pela
Revolução, apesar de todas as dificuldades. O principal obstáculo nesse caminho
é, como sempre, o bloqueio norte-americano contra Cuba, que tenta impedir a
compra de equipamentos e insumos, e até mesmo acordos com empresas de outros
países, para aumentar a capacidade de produção.
#CubaSalva
#CubaViva
#BloqueioNãoCubaSim
Sou fã incondicional de Cuba, com poucos recursos, mas, sempre á frente!!!
ResponderExcluirCuba, qué linda es Cuba. Quiero volver a esta tan amable y grandiosa isla...Gracias!
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