Havana, 25 de fevereiro
O Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, pediu hoje uma distribuição justa e solidária de vacinas contra a Covid-19 que permita proteger os pobres e os mais vulneráveis.
Em sua conta oficial no Twitter, o chanceler destacou como, enquanto dez países desenvolvidos respondem por três quartos das doses produzidas para prevenir a doença, muitos países em desenvolvimento não terão acesso à imunização até o final de 2022.
“O mundo precisa de uma distribuição justa e solidária”, insistiu.
Conforme reconhecido pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, os países pobres são os mais afetados pela desigualdade em termos de acesso aos medicamentos anti-Covid-19.
“Agora enfrentamos o perigo real de que, embora as vacinas tragam esperança para alguns, se tornem mais um tijolo no muro da desigualdade entre quem tem recursos e quem não tem”, frisou.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou recentemente que mais de 130 países não receberam uma única dose destes medicamentos, enquanto 75 por cento das imunizações aplicadas ocupam apenas dez nações, todas desenvolvidas.
Cuba avança hoje em quatro vacinas candidatas contra a emergência sanitária: Soberana 01 e Soberana 02, do Finlay Vaccine Institute; e Abdala y Mambisa, do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia.
O início da fase III dos ensaios clínicos do Soberana 02 está previsto para o próximo dia 1º de março, contará com 42.600 voluntários, para os quais a indústria biofarmacêutica cubana já produziu o primeiro lote de 150.000 doses.
A nação caribenha também cria capacidade para produzir 100 milhões de doses de Soberana 02 e, segundo projeções, Cuba pode ser um dos primeiros países a imunizar toda a sua população. (PL)
Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
https://siempreconcuba.wordpress.com/2021/02/25/defiende-cuba-distribucion-equitativa-de-vacunas-contra-covid-19-somoscuba-cubaviva/
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