3 de mar. de 2021

EMBAIXAD0R DA UNIÃO EUROPEIA EM CUBA: "NÃO CONSIDERO CUBA UMA DITADURA. CLARO QUE NÃO". #CubaViva

Embaixador da UE em Cuba Alberto Navarro


"Não, não considero Cuba uma ditadura. Claro que não ”, disse o embaixador da União Europeia em Cuba, Alberto Navarro, durante uma entrevista com Camila Acosta para a mídia independente CubaNet. Foi sua resposta à pergunta direta do jornalista: "Você considera que existe uma ditadura em Cuba?"

    A seguir, Acosta o questiona sobre o que ele considera então do Governo de Cuba, ao qual o diplomata se recusa a dar uma qualificação: “Como embaixador, não posso sair dando qualificações muito menos do governo em que estou credenciado. O que estou  verificando são os passos que se dão, a Constituição que se aprova, as medidas de trabalho autónomo que se aprovam, espero que agora também se promovam as pequenas e médias empresas".

    Estas declarações, feitas no âmbito do encontro entre representantes da UE e do Governo da Ilha para discutir o Acordo de Diálogo Político e Cooperação com Cuba, coincidem com o pedido de vários deputados europeus (do PPE, do Renew Europe e do ECR) ao Alto Representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell, para demitir imediatamente Navarro, por considerar que ele "defende" o regime de Castro.

     Além de uma lista de queixas, que mencionam em um comunicado, a petição dos eurodeputados critica a participação de Navarro numa carta enviada ao presidente Biden pedindo-lhe o levantamento do embargo imposto a Cuba. “Parece que o nosso embaixador em Havana assume posições políticas alinhadas com um regime que não respeita nem defende os direitos humanos ou a pluralidade democrática e permite licenças mais típicas de um líder político do que de um representante diplomático”, afirmam os eurodeputados signatários do petição, entre os quais estão os populares espanhóis Dolors Montserrat, Esteban González Pons, Antonio López-Istúriz e Leopoldo López Gil.

 

Navarro nega


      Na entrevista com Acosta, ela o questiona sobre esta carta, que Navarro nega ter assinado, embora apareça no número 25 dos que apoiam a iniciativa. "Não assinei esta iniciativa, não sei porque  há quem o diga. Não assinei essa iniciativa. Essa iniciativa saiu com cerca de uma centena de assinantes, entre os quais várias pessoas que conheço bem e que são minhas amigas, como Carlos Alzugaray, como Carolina de la Torre (…) pessoas que admiro muito. E havia um amplo espectro representativo da sociedade cubana. Sempre, sempre, desde que sou diplomata espanhol há mais de 40 anos, sempre fui contra o embargo unilateral dos Estados Unidos a Cuba. Ao que acrescenta: "O que fiz foi escrever um e-mail  dizendo que apoiei esse pedido. Da mesma forma que não me oponho a dizer que também apoio todos os avanços em favor da democracia, do diálogo e do respeito aos direitos humanos em Cuba, porque são temas pelos quais tenho trabalhado e continuo trabalhando aqui" . E insiste: "Mas, neste caso concreto, há quem diga que eu assinei, não assinei aquela carta, mandei um e-mail pessoal  dizendo que apoiei essas ideias porque são as que sempre fiz defendido. Eu diria que é mais inteligente, para favorecer a democracia em Cuba, levantar o embargo."


Tradução : Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

https://www.abc.es/internacional/abci-embajador-cuba-no-considera-cuba-dictadura-202102262024_noticia.html





Um comentário:

  1. O cara ligou democracia com mercado e iniciativa privada. E quer mais violação de direitos humanos que o bloqueio?

    Mas eu digo: Cuba é uma democracia, pq tem instituições legítimas, eleições, parlamento, e organizações civis liberdade de expressão e debate aberto e político. Também é democrática pq o povo tem direitos.

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