26 de set. de 2019

A Solidariedade Internacional em primeiro lugar






















Havana, 24 de setembro de 2019.

A Solidariedade Internacional em primeiro lugar

Graciela Ramírez, Resumen Latinoamericano – Cuba

Hoje na 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU se gravou na memória e se transmitiu  ao vivo perante o mundo a mentira, a calúnia e a agressão do governo mais poderoso da terra e seus obedientes lacaios. Com desleal  impunidade, presidente de Estados Unidos, Donald Trumpmanipulou novamente as palavras democracia e liberdade em seu ódio imperial para com Cuba, Venezuela e Nicarágua. Seu desprezo os nossos povos sintetiza-se em sua frase “Estados Unidos primeiro”, a mesma que inspirou a doutrina Monroe para voltar a colonizar-nos.

Jair Bolsonaro, o ultradireitista mandatário do Brasil, mentiu com deslealdade proferindo calúnias sobre a cooperação médica cubana. Atacou a Venezuela e seu legítimo governo, minimizou o incêndio da Amazônia, ocultou a verdade sobre sua origem e a imperdoável inércia de seu gabinete, chegando ao máximo do ridículo ao insinuar que a responsabilidade é dos povos originários.

O ex-capitão do exército convertido presidente disse ao mundo que a Amazônia agora é propriedade de seu governo, já não é Patrimônio da Humanidade.  Mentiu também sobre a diminuição da violência em Brasil. O primeiro fato violento é o injusto cárcere de Lula.

De janeiro a agosto, durante os primeiros 6 meses de seu mandato 1249 pessoas foram assassinadas de acordo com a  denúncia hoje da seção de Rio de Janeiro da Anistia Internacional. Uma estatística que não é de todo o país. Faz só dois dias as balas da polícia terminavam com a vida da pequena Ághata Félix de tão só 8 anos de idade. Ághata morreu por ser uma menina negra, por viver em uma favela.  Seu discurso “Brasil para o mundo” constitui uma vergonha para todos os latino-americanos.

E depois falou Mauricio Macri, que jantaria com Trump enquanto milhares de argentinos dormem nas ruas e teve que se declarar emergência alimentar para que não sigam morrendo por inanição. Depois de autoelogiar seu gerenciamento por “deixar para trás uma etapa de confrontação com o mundo”, vemos com uma mistura de dor e espanto como entregou  Argentina aos fundos abutres e ao FMI convertendo no país com a maior dívida do mundo.  Seu alarde por Malvinas chega tarde, como quem quer ser despedido com a decência que carece. Mas o cínico Macri também falou de liberdade e democracia para fustigar a Venezuela.

Enquanto eles estavam na ONU, o Departamento do Tesouro de Estados Unidos anunciava hoje um novo pacote de medidas contra Cuba e Venezuela: A inclusão na lista dos denominados Nacionais Designados Especialmente (SDN, por siglas em inglês) do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) de embarcações e entidades encarregadas do transporte de petróleo de Venezuela a Cuba. “EE.UU. continua tomando medidas enérgicas contra o antigo regime ilegítimo de (Nicolás) Maduro e os malignos atores estrangeiros que o apoiam. Os benfeitores cubanos de Maduro proporcionam um salva-vidas ao regime e habilitam seu aparelho repressivo de segurança e inteligência", disse o secretário do Tesouro Steven T. Mnuchin.
Na lista aparecem três navios do Panamá, um de Chipre e quatro barcos panamenhos. “Com a medida adotada nesta terça-feira,  estas entidades e navios  serão bloqueados pela OFAC com todos os bens e interesses de sua propriedade, bem como qualquer entidade da qual seja acionista em EE.UU. Também, se proíbe aos estadunidenses qualquer trato com as propriedades sancionadas”. Dizem sem se alterar do país que pretende nos dar lições de democracia e liberdade.

A esta nova agressão extraterritorial e ilegal, soma-se às que vem realizando desde junho o governo de EE.UU com o recrudescimento do bloqueio e a aplicação do título III da Lei Helms-Burton. Entre outros:

Proibição de viagens em grupo de caráter educativo, cancelamento de licenças aos barcos de passeio, passageiros e cruzeiros.  Fortes sanções às companhias navegadoras de origem estrangeira que transportam petróleo da Venezuela a Cuba.
Isto tem provocado enormes dificuldades no transporte e o nconsumo elétrico, afetando diretamente o povo cubano. A isso se somam os obstáculos bancários, a limitação dos envios de dinheiro de emigrados a suas famílias, reduzindo a mil dólares a cada três meses as remessas familiares.

Como parte da escalada de agressões de Estados Unidos a Cuba, em 19 de setembro foram expulsos sem razão dois diplomatas cubanos credenciados ante a ONU, e se restringiu ainda mais, o absurdo limite de movimento a que estão obrigados os diplomatas cubanos.

É neste contexto de agressões sem trégua, que sobem a escalada ao criminoso bloqueio que se aplica contra Cuba há seis décadas, que de 1 a 3 de novembro se reunirão em Havana intelectuais, ativistas, movimentos sociais e amigos solidários no Encontro Antiimperialista de Solidariedade pela Democracia e contra o Neoliberalismo.

Daqui se levantará a voz alta e clara pela Liberdade de Lula, pela vida e a paz na Venezuela, contra a ingerência imperialista à região, pelo ALBA de nossa América morena e o futuro de dignidade que merecem nossos povos.

À arrogância e prepotência imperial de Trump, Bolsonaro e Macri, à impunidade de Almagro e seu ministério de Colônias, às s de Abrams, Pompeo e Rubio, façamos sentir bem forte nesta tribuna internacional de solidariedade: 

Os povos em primeiro lugar , a Solidariedade Internacional em Primeiro lugar!




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