Havana, 24 de setembro
de 2019.
A Solidariedade
Internacional em primeiro lugar
Graciela Ramírez,
Resumen Latinoamericano – Cuba
Hoje na 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU se gravou na memória e se transmitiu ao vivo perante o mundo a
mentira, a calúnia e a agressão do governo mais poderoso da terra e seus
obedientes lacaios. Com desleal impunidade, o presidente de Estados Unidos, Donald Trump, manipulou novamente
as palavras democracia e liberdade em seu ódio imperial para com Cuba,
Venezuela e Nicarágua. Seu desprezo os nossos povos sintetiza-se em sua frase “Estados
Unidos primeiro”, a mesma que inspirou a doutrina Monroe para voltar a
colonizar-nos.
Jair Bolsonaro, o ultradireitista mandatário do Brasil, mentiu com deslealdade
proferindo calúnias sobre a cooperação médica cubana. Atacou a Venezuela e seu
legítimo governo, minimizou o incêndio da Amazônia, ocultou a verdade sobre sua
origem e a imperdoável inércia de seu gabinete, chegando ao máximo do ridículo
ao insinuar que a responsabilidade é dos povos originários.
O ex-capitão do exército convertido presidente disse ao mundo que a
Amazônia agora é propriedade de seu governo, já não é Patrimônio da Humanidade.
Mentiu também sobre a diminuição da violência em Brasil. O primeiro fato
violento é o injusto cárcere de Lula.
De janeiro a agosto, durante os primeiros 6 meses de seu mandato 1249
pessoas foram assassinadas de acordo com a
denúncia hoje da seção de Rio de Janeiro da Anistia Internacional. Uma estatística
que não é de todo o país. Faz só dois dias as balas da polícia terminavam com a
vida da pequena Ághata Félix de tão só 8 anos de idade. Ághata morreu por ser
uma menina negra, por viver em uma favela. Seu discurso “Brasil para o
mundo” constitui uma vergonha para todos os latino-americanos.
E depois falou Mauricio Macri, que jantaria com Trump enquanto milhares
de argentinos dormem nas ruas e teve que se declarar emergência alimentar para
que não sigam morrendo por inanição. Depois de autoelogiar seu gerenciamento
por “deixar para trás uma etapa de confrontação com o mundo”, vemos com uma
mistura de dor e espanto como entregou Argentina aos fundos abutres e ao
FMI convertendo no país com a maior dívida do mundo. Seu alarde por
Malvinas chega tarde, como quem quer ser despedido com a decência que carece.
Mas o cínico Macri também falou de liberdade e democracia para fustigar a
Venezuela.
Enquanto eles estavam na ONU, o Departamento do Tesouro de Estados
Unidos anunciava hoje um novo pacote de medidas contra Cuba e Venezuela: A
inclusão na lista dos denominados Nacionais Designados Especialmente
(SDN, por siglas em inglês) do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros
(OFAC) de embarcações e entidades encarregadas do transporte de petróleo de
Venezuela a Cuba. “EE.UU. continua tomando medidas enérgicas contra o
antigo regime ilegítimo de (Nicolás) Maduro e os malignos atores estrangeiros
que o apoiam. Os benfeitores cubanos de Maduro proporcionam um salva-vidas ao
regime e habilitam seu aparelho repressivo de segurança e inteligência",
disse o secretário do Tesouro Steven T. Mnuchin.
Na lista aparecem três navios do Panamá, um de Chipre e quatro barcos
panamenhos. “Com a medida adotada nesta terça-feira, estas entidades e navios serão bloqueados pela OFAC com todos os bens e
interesses de sua propriedade, bem como qualquer entidade da qual
seja acionista em EE.UU. Também, se proíbe aos estadunidenses qualquer trato
com as propriedades sancionadas”. Dizem sem se alterar do país que
pretende nos dar lições de democracia e liberdade.
A esta nova agressão extraterritorial e ilegal, soma-se às que vem
realizando desde junho o governo de EE.UU com o recrudescimento do bloqueio e a
aplicação do título III da Lei Helms-Burton. Entre outros:
Proibição de viagens em grupo de caráter educativo, cancelamento de licenças
aos barcos de passeio, passageiros e cruzeiros. Fortes sanções às
companhias navegadoras de origem estrangeira que transportam petróleo da
Venezuela a Cuba.
Isto tem provocado enormes dificuldades no transporte e o nconsumo elétrico,
afetando diretamente o povo cubano. A isso se somam os obstáculos bancários, a
limitação dos envios de dinheiro de emigrados a suas famílias, reduzindo a mil
dólares a cada três meses as remessas familiares.
Como parte da escalada de agressões de Estados Unidos a Cuba, em 19 de
setembro foram expulsos sem razão dois diplomatas cubanos credenciados ante a
ONU, e se restringiu ainda mais, o absurdo limite de movimento a que estão
obrigados os diplomatas cubanos.
É neste contexto de agressões sem trégua, que sobem a escalada ao
criminoso bloqueio que se aplica contra Cuba há seis décadas, que de 1 a 3
de novembro se reunirão em Havana intelectuais, ativistas, movimentos
sociais e amigos solidários no Encontro Antiimperialista de
Solidariedade pela Democracia e contra o Neoliberalismo.
Daqui se levantará a voz alta e clara pela Liberdade de Lula, pela vida
e a paz na Venezuela, contra a ingerência imperialista à região, pelo ALBA de
nossa América morena e o futuro de dignidade que merecem nossos povos.
À arrogância e prepotência imperial de Trump, Bolsonaro e Macri, à
impunidade de Almagro e seu ministério de Colônias, às s de Abrams, Pompeo e Rubio,
façamos sentir bem forte nesta tribuna internacional de solidariedade:
Os povos em primeiro lugar , a Solidariedade Internacional em Primeiro lugar!
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