Edição de setembro da revista Ciência &
Saúde Coletiva foi dedicada exclusivamente ao programa que é fruto de
uma parceria entre Brasil, Cuba e a Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS). O representante da agência regional da ONU, Joaquín Molina,
assina um dos artigos publicados e discute os métodos de avaliação do
Mais Médicos.
A revista Ciência & Saúde Coletiva dedicou sua edição de setembro a uma análise das conquistas e desafios do Mais Médicos
— programa fruto de uma parceria entre a Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS) e os governos do Brasil e Cuba. Um dos artigos é do
representante do organismo regional da ONU, Joaquín Molina, que analisa
os métodos de avaliação da iniciativa.
“Decorridos quase três anos desde seu início, é evidente o impacto do
Mais Médicos na vida de milhões de brasileiros. Pela primeira vez,
habitantes de mais de 700 pequenas cidades brasileiras contam com um
médico residente em seu território e não precisam se deslocar para outro
município em busca de atendimento médico ou pagar por serviços
particulares”, destacam Molina e os coautores Renato Tasca, coordenador
da Unidade Técnica do Mais Médicos, e Julio Suárez.
O programa conta atualmente com um contingente de mais de 18,2 mil
médicos alocados em 4.058 municípios brasileiros e 34 Distritos
Sanitários Especiais Indígenas – 11,4 mil deles são estrangeiros.
Dados do Ministério da Saúde coletados pelos pesquisadores revelam
que, entre agosto de 2013 e janeiro de 2016, a cobertura estimada da
população atendida por equipes de saúde da família passou de 55,75% para
63,85%. O aumento de 14,4% pode ser associado à atuação dos
profissionais do Mais Médicos, segundo os especialistas.
Outro levantamento, do Tribunal de Contas da União, comparou dois
períodos — antes e depois da chegada do programa — em uma amostra de
municípios e identificou um crescimento de 33% na média mensal de
consultas nos municípios beneficiados. As cidades não atendidas pelo
Mais Médicos tiveram um incremento inferior (14%).
Os autores lembram que a estratégia de controle do Mais Médicos
desenvolvida pela OPAS engloba três áreas — monitoramento de desempenho,
avaliação de processos e resultados nos serviços de saúde e impacto
sobre o sistema de saúde.
“Por iniciativa do Escritório Regional, foi criado um grupo de
assessoramento, composto por especialistas internacionais, que acompanha
o processo de monitoramento e avaliação, com capacidade de apresentar
recomendações voltadas ao aperfeiçoamento do referido processo”,
explicam.
Para eles, avaliação do projeto é fundamental para prestar contas à
sociedade sobre o trabalho da OPAS, além de gerar conhecimentos que
contribuirão para o aprimoramento do SUS e de seus serviços à população.
Acesso aqui
o artigo de Molina, Suárez e Tasca – intitulado “Monitoramento e
avaliação do Projeto de Cooperação da OPAS/OMS com o Programa Mais
Médicos: reflexões a meio caminho”.
Fonte: ONUBR
VENCEREMOS !!!
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