O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel,
qualificou de ”agressividade brutal” contra Venezuela a ordem executiva do
mandatário estadunidense, Donald Trump, que amplia a bloqueio econômico total às
sanções impostas contra o país sul-americano.
É um despojo, um roubo, uma
agressividade brutal que não devemos
permitir, escreveu o mandatário cubano em sua conta no Twitter, onde reiterou
também a solidariedade com seu homólogo, Nicolás Maduro e o povo venezuelano.
Díaz-Canel acrescentou nessa rede
social que a ação ‘covarde’ contra os ativos venezuelanos responde à frustração
de Washington ‘ante o valor e a resistência da Revolução Bolivariana’.
Trump assinou na véspera uma ordem
executiva que congela todos os ativos do Governo venezuelano e proíbe as
transações com esse Executivo a não ser que tenha isenções específicas.
A Casa Branca confirmou nesta terça-feira
a medida que autoriza o Secretário do Tesouro, em consulta com o de Estado, a
impor sanções às pessoas que apoiem o Governo de Maduro, que Washington qualifica de ilegítimo apesar
de ter sido reeleito em 2018 com 68 por cento dos votos.
Igualmente, restringe a entrada nos
Estados Unidos de pessoas sancionadas.
De acordo com a ordem, a qual deve
ser formalizada nesta terça-feira, todos os bens e interesses de propriedade do Governo venezuelano que estejam
daqui por diante nos Estados Unidos, ou em
poder ou sob controle de qualquer estadunidense, estão bloqueados e não
podem ser transferidos, pagar, exportar,
se retirar ou negociar de outra maneira.
A medida só compreenderia isenções
relacionadas com assuntos oficiais do executivo federal de Estados Unidos e
transações vinculadas com uma provisão de ajuda humanitária, segundo o diário
estadunidense The Wall Street Journal.
A escalada de agressividade contra
Caracas é similar às usadas por Washington contra Cuba, Irã, Síria e a República
Popular Democrática da Coreia.
Diante disso, o chanceler
venezuelano, Jorge Arreaza, denunciou via Twitter que o objetivo do novo plano
de Washington é forçar uma mudança inconstitucional no país sul-americano.
O criminoso bloqueio econômico, financeiro e comercial já em marcha, tem ocasionado severas feridas na sociedade venezuelana durante os últimos anos, indicou Arreaza em uma mensagem pública.
Acrescentou que o único objetivo é asfixiar
o povo venezuelano para forçar uma mudança de Governo inconstitucional no país,
em aberta violação aos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas.
O titular de Relações Exteriores sustentou
que as renovadas ações de ingerência evidenciam
que a administração de Trump e seus aliados apostam no fracasso do diálogo político na Venezuela, o qual se realiza em Barbado com o
acompanhamento de autoridades da Noruega.
Por sua vez, o presidente Maduro
ratificou o chamado à unidade popular para enfrentar a nova escalada. (PL)
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