14 de jan. de 2020

O #bloqueio de #EE.UU.: agora, escassez de gás de cozinha para os cubanos.





Publicado em 14 janeiro, 2020 por siempreconcuba

2020 acaba de começar e os cubanos já padecem a sanha com que o governo dos Estados Unidos se empenha em dificultar suas vida mediante o bloqueio econômico. Agora a nova maldade que se avizinha é um período de escassez de gás de cozinha, o que mais utilizam as famílias cubanas para cozinhar.

É um efeito direto da hostilidade do governo de Donald Trump contra os cidadãos da ilha.

Em novembro foi aplicado o castigo por Washington contra a empresa Corporação Panamericana S.A, criada na década de 90 com a função de realizar compras de combustível para o país caribenho.

Segundo nota publicada na véspera pela União Cuba petróleo e o Ministério de Energia e Minas, essa empresa tinha contratado o fornecimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) que garantiria sem problemas o consumo da população e dos setores estatal e não estatal.

No entanto, depois das pressões e ameaças de Washington, os provedores se negaram a realizar as entregas planejadas para fim de dezembro e início de janeiro.

Desde o momento em que a Corporação Panamericana S.A. foi sancionada, realizam-se gerenciamentos para conseguir o fornecimento de GLP de outros mercados, o qual não se conseguiu concretizar, consigna o comunicado.

Sabe-se que os estoques do país não cobrem o consumo, o que explica os problemas no fornecimento do precioso combustível, que só poderá ser garantido a centros que ofereçam serviços básicos à população.

Há que recordar que durante todo o ano anterior o governo de Estados Unidos impôs novas e sucessivas sanções a companhias, armadores, navios e empresas de seguros, com o objetivo de impedir a chegada de combustíveis a Cuba.

Devido a isso se interrompeu o ciclo de chegada de navios tanques que permitiriam o abastecimento normal ao país, o que provocou desabastecimentos, sobretudo em gasolinas e diesel em outubro e novembro, principalmente.

Isso motivou a implantação de um plano de contingência que foi explicado pelo presidente Miguel Díaz- Canel e vários ministros em comunicados transmitidos por rádio e televisão.

Com o objetivo de não afetar os serviços básicos à cidadania, e evitar os apagões, foram paralisadas produções altamente consumidoras de energia e reduzidos programas e obras de desenvolvimento.




Nas instituições, centros de trabalho, estudos e outros foram tomadas medidas de economias, entre outras assumidas por governos locais e, sobretudo, pelo próprio povo, que acompanhou o governo naquela conjuntura.

Não poucas dessas medidas chegaram para ficar sabendo que a situação poderia ser repetida ou assumir novos cenários, como ocorre agora com o GLP, o de ‘balita’, como se  conhece popularmente e é utilizado em milhões de lares.  ( NT: seria o popular “bujão” no Brasil)

A questão energética não é a única que enfrenta Cuba frente à política de cerco da Casa Branca.



 2020 chegou com o anúncio do secretário de Estado, Mike Pompeo, de novas restrições aos voos charters para Cuba (antes proibiram os regulares ao interior da ilha), e severas limitações para os voos autorizados para o aeroporto internacional José Martí, desta capital.

Como antecedentes imediatos, em 2019 as autoridades estadunidenses cancelaram, restringiram ou proibiram cruzeiros, voos, remessas, serviços médicos, financiamentos, entre outros castigos.

Por tais sanções a ilha deixou de receber uns 800 mil turistas de cruzeiros e cerca de uma dezena de aeroportos cubanos viram-se impedidos de receber voos dos Estados Unidos.

No início da nova escalada, Estados Unidos dispôs a ativação dos capítulos III e IV da Lei Helms-Burton.

Os cortes federais daquele país começaram a receber ações contra Cuba e empresas de terceiros países com a intenção, entre outras, de inibir o investimento estrangeiro.

Por aí segue também a crescente lista negra de empresas cubanas às que Washington proíbe ter negócios com empresas estrangeiras, tal como ocorreu com a Corporação Panamericana S.A.

Foi em 2019 que o governo de Trump impôs um recorde em sua hostilidade com Cuba, ao aplicar contra a ilha, em média, um castigo por semana durante esse ano.

Tudo isso tem um custo para a ilha caribenha ainda por calcular, ainda mais que é difícil quantificar o dano que Estados Unidos provoca aos cidadãos cubanos, agora com mais ‘balitas’ para rechaçar o bloqueio. (Orlando Oramas León/PL)

(NT: aqui o termo “balitas” tem uma conotação diferente da anterior, como “balinhas”, projéteis.)




Nota de Imprensa da União Cubapetróleo sobre a situação do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP):
Durante todo o ano 2019, o Governo dos Estados Unidos impôs novas e sucessivas sanções a companhias, armadores, navios e empresas de seguros, com o objetivo de impedir a chegada de combustíveis a nosso país.
Em 26 de novembro de 2019 foi publicado que EE.UU. sancionou injustamente a Corporação Panamericana S.A, empresa criada na década do 90.
A Corporação Panamericana S.A tinha contratado o fornecimento de Gás Liquefeito do Petróleo (GLP) que garantiria sem problemas o consumo da população e dos setores estatal e não estatal, mas os provedores se negaram a realizar as entregas planejadas  para fins de dezembro e início de janeiro.
Desde o momento em que a Corporação Panamericana S.A foi sancionada, se realizam gerenciamentos para conseguir o fornecimento de GLP de outros mercados, o que não se conseguiu concretizar.
Continuam as ações para conseguir a importação de GLP.
Os estoques que atualmente existem no país não cobrem o consumo, por isso  têm ocorrido  dificuldades na venda normal e livre de GLP que só poderá estar garantido para os centros que oferecem serviços básicos à população.
Através da cada Ponto de Venda de Gás Liquefeito serão informadas as medidas de redução do consumo que se aplicarão até que exista um fornecimento estável de GLP ao país.
Se exorta a população a adotar medidas de contenção e o uso eficiente do Gás Liquefeito.


 Tradução : Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba







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