13 de mar. de 2020

Cuba fabrica o medicamento contra o coronavirus


                                         

 Mais uma vez o mundo se rende ante uma realidade incontestável: uma ilha pequena, com pouco mais de 11 milhões de habitantes e sem praticamente grandes recursos naturais mostra às demais nações que sim, é possível fazer muito com pouco.  Demonstra na prática e sem qualquer vaidade  que se pode fazer muito pelos seres humanos com poucos recursos – desde que o ser humano se encontre no centro das atenções de um governo.
   Estamos – todos nós – enfrentando uma pandemia de nome coronavirus e só se fala disso nas redes sociais, jornais e mídia em geral. Esse vírus que aparece inicialmente na China e se espalha pelo mundo em alta velocidade encontra ainda naquele país um medicamento que o combate fortemente com ótimos resultados nas pessoas doentes por lá: o Interferon Alfa-2B . Com ele, cerca de 1500 chineses obtém alta nos hospitais. O medicamento foi criado nos laboratórios chineses- cubanos.  Além disso, Cuba trabalha intensamente na pesquisa de uma vacina contra o vírus que vai imunizar as pessoas contra a doença.
Nenhum – nenhumpaís ‘desenvolvido ‘ forneceu à China qualquer medicamento para combater a doença;  Imagine-se quantos milhões de dólares os países centrais usam em pesquisas bioquímicas inclusive para guerras bacteriológicas que são realizadas. E nenhum desses países pôde contribuir com o combate ao vírus. A ajuda (para o mundo todo) vem, dessa forma, de um país pobre.  É o caso de se perguntar qual é a diferença entre as pesquisas. A explicação básica e muito simples está no incentivo estatal na questão de saúde em Cuba. A educação e a saúde são os pontos principais em Cuba desde a Revolução Cubana em 1959. Para esses setores é  investido  grande parte do orçamento do país, que não significa alta porcentagem de dólares se comparado com os países centrais.


Além de toda essa dificuldade  há uma bloqueio genocida imposto a Cuba há quase 60 anos pelos EUA. Por meio desse bloqueio que não tem comparação com qualquer medida do tipo no mundo, ou seja, não existe no mundo nenhum país que tenha sofrido medida tão dura, duradoura e cruel por parte de outra nação. O  império mais poderoso do mundo atual segue bloqueando uma pequena ilha que jamais atacou qualquer país. Com isso, qualquer produto ou mercadoria que conte com 10% de componente norte-americano não pode ser adquirido por Cuba. Da mesma forma, qualquer produto que contenha 10% de componente cubano não pode entrar em território norte-americano. São medidas que impedem Cuba de seguir, por exemplo, com pesquisas, que impedem também importação de medicamentos de outros laboratórios, enfim, que impedem o país de progredir em pesquisas em geral para o bem do seu povo e de outros povos como agora estamos testemunhando.
Apesar de tudo é Cuba que vem socorrer os seres humanos nesta nova crise epidêmica e que chega sem aviso prévio. Dentre mais de 30 medicamentos analisados pelo governo chinês, o cubanos foi o mais eficaz chegando à cura de mais de mil pacientes no país. Na verdade o medicamento foi criado em um convênio com uma indústria chinesa e com tecnologia cubana. Esta tecnologia foi que permitiu a fabricação do remédio. Por isso a importância de convênio entre os países buscando o bem estar dos povos e soluções de seus problemas.
Tudo isso nos ensina sobre a importância das pesquisas, dos investimentos em saúde pública e especialmente nas universidades que são as instituições que para isso existem. Um problema que muitos países centrais sequer discutem. Enquanto o capital avança sobre tudo que é público na tentativa permanente de obter cada vez mais lucros, esse episódio é de grande importância para qualquer ser humano, uma vez que prova a importância da preservação da vida frente à especulação permanente de países que só investem em lucros e cirandas financeiras em geral. Não é preciso ir muito longe para ver um exemplo..... Cuba é um exemplo concreto de como “um mundo melhor é possível” – e necessário – como bem dizia o Comandante. E é possível. Por um momento se pode imaginar como poderia ser diferente  a realidade sem um bloqueio e Cuba. Os avanços que se pode alcançar com uma política menos cruel e menos gananciosa.


Cuba dá o exemplo o mundo. Não somente com o coronavirus. Seus cerca de 30 mil agentes de saúde se espalham pelo mundo nas condições mais precárias, combatendo Ebola na África, auxiliando  vítimas de terremotos, furacões , de intempéries da natureza em mais de 65 países pelo mundo;  e mesmo assim o país segue sendo criminalizado, caluniado, bloqueado. É preciso divulgar a verdade. Não se trata de defender Cuba – até porque o país não precisa disso – mas porque nós precisamos. Precisamos da verdade e de (re)aprender a humanizar  as relações. Um país que se preocupa mais com seu povo (e com outros povos) do que com investimentos e “crescimento econômico” é um país que merece respeito porque atende ao que normalmente se chama direitos humanos. Além da colaboração médica espalhada pelo mundo, a contribuição cubana em medicamentos é muito grande. O medicamento Heberprot – P  de eficácia já comprovada pela OMS impede a amputação de pés diabéticos e ainda não foi aprovada a entrada no Brasil pela ANVISA provavelmente em razão da procedência .Para que se tenha uma ideia, a OMS considera a índice de 12% dos casos de amputação. Em Alagoas, p. ex. o índice é de 60%. Absolutamente evitáveis. Vacina contra o câncer de pulmão, medicamento para vitiligo, etc. São muitas vitórias na área da saúde em um país bloqueado. 


É inevitável abordar o assunto do bloqueio contra Cuba porque sem ele se pode imaginar como seria (será!) o desenvolvimento de um povo sem esse imenso obstáculo ao desenvolvimento do país e de outros, por conseguinte.  O fim do bloqueio significa mais vida, mais saúde para todos. E o ser humano no centro das preocupações e das atenções.  

Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba em 13/03/2020

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