28 de mar. de 2020

Declaração de repúdio às campanhas agressivas da Casa Branca




        O Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba vem pública e indignadamente REPUDIAR  as sórdidas declarações do governo estadunidense com relação aos povos cubanos e venezuelanos de forma mais veemente. O absurdo de tais ofensas a nações que não agridem nenhum outro país é inadmissível em qualquer tempo, mas especialmente nos tempos atuais.
    Vivemos um dos períodos difíceis da humanidade com uma pandemia que cresce a cada dia de forma incontrolável matando milhares de pessoas sem escolher nações, ideologias, cores ou classes sociais.  Algumas teorias a respeito da origem do problema, outras a respeito das novas armas de guerra, governantes sensatos, governantes irracionais e irresponsáveis. E, fato, temos um inimigo invisível . A humanidade tem um inimigo invisível, à espreita. E, desgraçadamente, temos também os inimigos visíveis.
   A falta de decoro, educação, ética, humanidade por parte do atual inquilino da Casa Branca é inaceitável. O país que se diz mais poderoso do mundo nada faz pelos povos – especialmente pelos mais pobres. Imagine-se  a contribuição que os EUA poderiam dar ao mundo, à humanidade com seus recursos materiais e humanos caso um mínimo de sensibilidade ali se instalasse. Não nos referimos aqui ao povo estadunidense que já mostrou em outras ocasiões sua solidariedade com outros povos. Muitos ainda o fazem. Aqui o repúdio é ao governo estadunidenses e suas mega corporações  que estão na verdade no alto da pirâmide do poder e do dinheiro.
      Que não queiram usar seus recursos de forma solidária, é uma opção que têm. O que repudiamos aqui é o centro desse poder usar calúnias e mentiras contra outros países.  Instigar os países a não aceitar a ajuda médica e solidária de Cuba no combate ao Covid-19 é imoral. A cooperação cubana é reconhecida em todo o mundo, nada pede em troca e recebe estímulo e gratidão por onde passa. Essa declaração do governo dos EUA traz prejuízo a quem lhe der crédito, mas na verdade serve claramente a uma campanha em ano de eleições norte –americanas. Só assim se pode entender o porquê de tal pobreza de espírito e insensibilidade com o próximo uma vez que pode se tornar responsável por muitas mortes. Não vai acontecer porque o império segue cada vez mais isolado e desmoralizado no planeta.
    No entanto, ao país mais poderoso do mundo só importa mesmo a obtenção dos recursos naturais de outros países e a acumulação de riquezas. Assim sendo, a atual administração estadunidense em vez de se preocupar com seus próprios cidadãos e seu sistema de saúde pública precário, se ocupa somente com uma questão: a reeleição do atual presidente e agora, mira na Venezuela. E se supera nessa campanha mesquinha: como se estivesse no século passado em um filme de bang-bang,  coloca uma placa de “procura-se”  em um cenário do século XIX para ‘capturar’ um presidente constitucionalmente eleito de outro país . Sequer os cowboys  daqueles filmes iriam tão longe.
      E assim caminha o governo imperial. O país que mais consome drogas ilegais no mundo determina que o presidente de um país que não produz droga - mas que não se dobra perante o império – seja ‘capturado’.  Seria cômico se não fosse trágico. Um absurdo ao se comprovar facilmente que o império mantém relações cordiais com outros governos fabricantes e fornecedores do seu alto consumo.  Uma calúnia, um desrespeito à soberania da Venezuela, uma série de difamações, tentativas várias de humilhar um povo e seu presidente que não se submetem aos desejos imperiais.Não vão.
    É inaceitável essa série de calúnias e mentiras contra Cuba e Venezuela. Além disso, com toda essa pandemia alastrada por todos os países, seguem mantendo bloqueios a Cuba, Venezuela, Nicarágua, Irã, Síria. Não se pode imaginar o que esse império pretende com tais decisões genocidas. Os demais países do mundo, personalidades, o Alto Comissariado da ONU, enfim, exigem, reclamam, independentemente de suas ideologias que cessem os bloqueios ! 
Ora, senhores, ACORDEM! A realidade está à sua porta. O mundo aguarda unidade para lutar contra um vírus. Não se apequenem. Não sejam sectários. E não se iludam: o mundo pertence à humanidade. E ninguém vence a vontade dos povos.


Rio de Janeiro, 28 de março de 2020

Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba



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