O país está pronto para
receber o Sr. Barack Obama, o quadragésimo quarto presidente dos Estados
Unidos da América, com as honras que se dispensa a um chefe de estado e
com a hospitalidade e respeito devido a qualquer cidadão do mundo,
porém não é a chegada do Messias.
Esta semana nós acordamos com
notícias muito animadoras, como o início oficial do correio postal
direto Cuba-EUA e a autorização aos cubanos de utilizarem o dólar como
instrumento de pagamento e aos estadunidenses de viajarem para o país
sempre que declarem que não virão com finalidade turística. Essa
constância de pequenas coisas se mantém desde aquele 17 de dezembro que
teve um honroso despertar.
Talvez o presidente faça novos
anúncios durante a visita, porque existem dívidas pendentes de questões
mais importantes e até agora não implementou todas as prerrogativas a que
ele tem direito.
Cuba não faz concessões, não necessita. Na época, a
decisão de romper as relações e impor o bloqueio veio deles, sancionado
com insultos, agressões, leis rarefeitas e decretos que se repetem de ano para ano.
Em vez disso, o país com toda a
dignidade do mundo em uma das mãos e jurisprudência internacional na
outra, reclama com ardor o respeito às suas conquistas, á sua soberania
e ao direito de construir uma sociedade com o sistema político que
melhor lhe convém.
Obama em uma entrevista recente à CNN,
declarou que sua viagem a Cuba não é para fazer concessões, e é bom que o
faça, porque Cuba também não fará quando se trata de soberania. O que
tem que ficar claro é que a "normalização" implica em boas intenções.
O momento não é para continuar remexendo nos problemas da história, mas
ela é importante para planejar o futuro, porque o mais conveniente é
focar em objetivos verdadeiros.
E um esclarecimento para nós: a
visita deste presidente não modifica em nada a situação interna atual. A
solução dos nossos problemas dependem da eficiência que alcançamos com
as nossas atividades diárias.
A fruto do país vem do esforço
diário, e o chamado Produto Interno Bruto torna-se inteligente quando
somos capazes de preencher a arca nacional mais com as exportações do
que com as importações: os alimentos devemos buscá-los nos campos, não
no cais a espera do barco que um dia chegará.
O leite de nossas
vacas é tão nutritivo quanto o leite em pó importado, custa menos e está
no nosso país; o feijão daqui é melhor porque tem preço mais baixo, e é
essa série de questões que iram resolver para os cubanos.
Logicamente, aplaudamos a visita como uma chave mestra que abre todas as
portas, porque, depois do presidente dos EUA, muitos irão querer
passear em Havana ... antes não!, não querem se arriscar ante o
Departamento de Estado.
Estamos felizes com a chegada do cidadão
Barack Hussein Obama II, seu nome completo, como no momento em que nos
visitaram os mais altos cargos da França, Itália, Bélgica, etc, porém,
quanto a mudança do panorama da mesa que nós nos sentamos todos os dias,
será dos nossos encontros diários com a produção.
Os anos de
confrontos difíceis já cessaram, embora não os do antagonismo, porque a
Baía de Guantánamo é um espinho fossilizado que ainda vai demorar, porém
em seu lugar podemos afirmar que os ares do norte são bons para a safra
atual.
Portanto, não se envergonhe nem fique constrangido de
dizer Bem-vindo Presidente!, ou melhor, saiba pronunciar, Welcome Mr.
President!, se ele passar próximo a você. Nós cubanos olhamos o lado bom
das coisas e parece que na próxima semana haverá um esclarecimento
final: chegará a Cuba um presidente. Não um Messias para curar os males
da terra.
Fonte: Guerrillero
VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!
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