O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, submeteu ao Congresso do país um projeto para encerrar a prisão
militar de Guantánamo. O plano é apresentado sete anos depois de Obama
ter feito a promessa de encerrar a prisão, num discurso feito então, já
na Casa Branca. Algo que diz ser uma necessidade:
"Tem ficado bastante claro que o centro de detenção da baía de Guantánamo não traz avanços à nossa segurança nacional. [Pelo contrário] enfraquece a nossa posição no mundo."
A demora foi justificada por Barack Obama, no discurso que
acompanhou a apresentação do projeto, devido às reticências dos
republicanos, que levou Obama a, segundo disse, “querer estar seguro de
que o plano era bom”:
"Eu indiquei [desde logo] que precisaríamos de tempo para o fazer (…). E infelizmente, durante esse período onde estávamos a trabalhar para poder fechar [a prisão], o que tinha anteriormente o apoio dos dois partidos [democrata e republicano] tornou-se de repente um assunto partidário. De repente, muitos recuaram por estarem preocupados com questões políticas."
O
plano prevê que os reclusos sejam transferidos da prisão, situada em
Cuba, para outro local: entre 30 a 60 para território norte-americano e
cerca de 90 para outros países, segundo noticia
o The New York Times. O projeto inclui ainda a identificação de 13
possíveis localizações para receber os detidos, em solo norte-americano.
Contudo, relata
a CNN, o encerramento da prisão é pouco provável, já que a aprovação do
plano depende do voto dos republicanos, que detêm a maioria no
Congresso e se opõem firmemente à ideia.
Segundo o The New York
Times, o encerramento da prisão militar em Cuba permitiria aos
contribuintes norte-americanos pouparem entre aproximadamente 59 a 77
milhões de euros, de forma direta. Mas a poupança já tem destino,
segundo o mesmo jornal: destinar-se-ia às obras de melhoramento de uma
das prisões militares do país, para que pudesse receber e manter em
segurança os detidos transferidos de Cuba.
Fonte: OBSERVADOR
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