28 de out. de 2022

A VOTAÇÃO NA ONU CONTRA O BLOQUEIO IMPOSTO PELOS EUA A CUBA - #MejorSinBloqueo

                                     

Carmen Diniz

       No próximo dia 2 de novembro Cuba apresentará na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) pelo 30° ano uma resolução pelo fim do bloqueio. Trata-se de uma proposta que é submetida às 193 nações que compõem a Organização das Nações Unidas (ONU) anualmente e que tem sido aprovada por essas nações em sua quase totalidade..

   Este ano de 2022 a Resolução leva o número 75/289 e se intitula:

“Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto  pelos Estados Unidos contra Cuba". 

 

 Em rápido cálculo pela tabela aqui inserida, se observa que  a condenação ao bloqueio atinge nos últimos anos em média 98% dos países membros da ONU. Ressalte-se que os únicos dois países que insistem em votar contra o fim do bloqueio são EUA e Israel com algumas adesões pontuais de alguns poucos países.  Inicialmente na década de 90 ainda se viu Romênia (1992) Albânia e Paraguai (1993) Uzbequistão (de1995 a 1997) Ilhas Marshall (de 2000 a 2003) acrescido de Palau (de 2004 a 2009), dois territórios ligados ao poderio estadunidense.  A partir de 2013 somente EUA e Israel votam contra o fim do bloqueio. Em 2016 pela primeira vez na história ambos decidem se abster e, portanto naquele ano não houve qualquer país membro contra. A partir de 2017 voltam a votar contra a Resolução os dois países de sempre: EUA e  Israel. Em 2019 o Brasil rompe com sua tradição diplomática e vota contra o fim do bloqueio, alvo de muitas críticas dentro e fora do país. Em 2020, em função da pandemia, não foi realizada a AGNU e em 2021 os dois votos de sempre contra  (EUA e Israel) e 3 países se abstêm : Colômbia (governo Duque), Ucrânia (já com o atual aliado da OTAN Zelenski) e o Brasil (de Bolsonaro). O gráfico é um retrato da geopolítica mundial em suas diferentes etapas. Mas em nenhum ano desde o início da votação histórica o bloqueio foi aprovado pelas Nações Unidas, fundada com a precípua finalidade de incentivar a paz no mundo.

   De se perguntar, neste caso, por que então o bloqueio não se encerra? A resposta está no fato de que a Assembleia Geral da ONU não tem poder decisório, de determinar a algum país que faça ou deixe de fazer algo, a AGNU é um órgão consultivo que só tem o poder de dar um parecer, de demonstrar o que os países que formam parte daquela instituição indicam como sugestão. 

     O fato é que o governo dos Estados Unidos ignora a reivindicação da quase totalidade dos países parceiros e ainda recrudesce o bloqueio a níveis intoleráveis para todo o povo cubano que em última análise é quem sofre as consequências de uma política falida em vigor há mais de seis décadas e que já foi inclusive considerada publicamente por um de seus recentes presidentes como uma medida "sem efeito nenhum". É medida ilegal, desumana e extraterritorial.

    O bloqueio criminoso que os Estados Unidos impõem ao povo cubano é genocida, assim como a inclusão de Cuba em uma lista abjeta e unilateral como Estado patrocinador de terrorismo, quando o mundo sabe que é  Cuba que é vítima de inúmeros atentados de terrorismo de Estado. Esta inclusão, assim como o bloqueio, causa imensas dificuldades no comércio internacional com a Ilha, assim como dificuldades em transações financeiras.  Os Estados Unidos, com essa arrogância em relação ao restante do mundo só serve para isolar cada vez mais seu próprio país dos demais


A palavra-chave usada neste ano em relação

à AGNU em sua votação contra o bloqueio é:

 #MejorSinBloqueo.

O mundo pede o fim do bloqueio

  




O bloqueio causa prejuízos inquantificáveis às famílias cubanas e impede Cuba de se desenvolver normalmente.  As perdas acumuladas em seis décadas devido ao impacto do bloqueio  de acordo com o Relatório 2021, totalizam mais de um trilhão de dólares. Nos primeiros 14 meses da administração do Presidente Biden, os danos causados pelo bloqueio atingiram mais de seis bilhões de dólares, outro recorde histórico.

A este respeito já se pronunciou o chanceler cubano Bruno Rodriguez Parrilla em seu twitter:              

El 2 y 3 de noviembre, presentaremos ante #AGNU, por

30ª ocasión, el proyecto de resolución vs bloqueo

Tras más de 60 años de asedio, esa política impacta hoy,

como nunca, a las familias cubanas dentro y fuera del país #Cuba tiene derecho a vivir sin bloqueo #MejorSinBloqueo

 https://twitter.com/BrunoRguezP/status/1570362246475436034



   Cuba tem o direito de viver sem o bloqueio. 

Cuba tem o direito de viver e desenvolver-se em paz. 

Será sempre melhor sem um bloqueio. 

Para Cuba, para os próprios  Estados Unidos e para o mundo.  

O Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba se solidariza mais uma vez com o valente povo cubano que com toda essa carga criminosa resiste e mantém uma Revolução que a tornou o Primeiro Território Livre das Américas  para nos inspirar e mostrar que outro mundo é possível. E necessário.  

Hasta la Victoria, Siempre !                                           




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