Não poucas expectativas despertaram em algumas pessoas a chegada à Casa Branca de Joe Biden. Seus discursos de campanha fizeram o mundo respirar aliviado depois de ter sofrido os ataques do ex-presidente megalomaníaco Donald Trump.
É verdade que a respeito de Cuba nunca falou com clareza, disse que revisaria a política do anterior ocupante do Salão Oval, mas não disse quando ou por que, em duas ocasiões se referiu ao papel dos cubano- americanos, tampouco de forma clara, disse algo assim que deixaria a solução do problema de Cuba para os cubanos e que os cubanos que o interessavam eram os que viviam nos Estados Unidos.
Após cerca de seis meses de governo, na atual administração, pouco se fez na arena internacional, as tensões aumentaram entre os EUA e a Rússia, as tropas ianques continuam no Oriente Médio, no que diz respeito à América Latina, tudo continua igual, ao que parece que vamos ter Monroe por um tempo norteando as relações com o Continente ao sul do Rio Grande.
A prometida revisão da política criminal seguida pelo governo Trump contra a maior das Antilhas, parece ter concluído com a decisão de continuar a mesma linha de ação, não só Biden nada fez para eliminar as mais de 240 medidas de cerco unilateral econômica, mas decidiu desferir seus próprios golpes.
Aconselhado pela sombra nefasta de sua "eminência parda" Mauricio Claver-Carone, sempre nos bastidores, o senador Marco Rubio e outros membros do lobby anti-cubano em Washington, decidiram esperar pela "queda eminente do regime cubano" previsto por Carone "é questão de tempo", garante.
O discurso do lobby anti-cubano de hoje relembra aquela estratégia ianque do final do século XIX que aconselhava usar "a fome e sua eterna companheira a peste" para dizimar a população cubana e o Exército de Libertação, a fim de derrotar os que o eram. Era muito difícil tentar vencer pelas armas em seu projeto de anexação.
Joe Biden não só manteve intactas as medidas unilaterais de Trump que reforçam o Bloqueio Econômico, Comercial e Financeiro, já em fevereiro, como prorrogou até 2022 a declaração de emergência contra Cuba aprovada em 1996. Tal declaração impede a entrada de qualquer embarcação registrada nos Estados Unidos em águas territoriais cubanas.
Como se não bastasse, manteve Cuba na espúria lista de países que, segundo Washington, não colaboram suficientemente na luta contra o terrorismo, o que justifica qualquer ação contra Havana, inclusive a perseguição de transações financeiras.
Por outro lado, a rejeição global contra a política de cerco econômico dos EUA cresce a cada dia, mesmo dentro do próprio país do norte.
As manifestações têm ocorrido nas principais cidades do mundo, da América e Europa à Ásia e África, exigindo a eliminação imediata e incondicional do cerco mantida pelos Estados Unidos contra a Ilha há mais de 60 anos.
A rejeição das medidas coercitivas de Washington contra a Maior das Antilhas, unilaterais, extraterritoriais, em violação do direito internacional e dos direitos humanos dos cubanos, especialmente em tempos de pandemia COVID-19, mobiliza pessoas honestas e de boa vontade.
No dia 23 de junho, o projeto de resolução de Cuba contra a política de Washington será apresentado na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), que, sem dúvida, como aconteceu em anos anteriores, terá o apoio quase absoluto da comunidade internacional.
Esperamos que o atual presidente, Joe Biden, deixe de lado de uma vez por todas uma política fracassada, que causa inúmeros sofrimentos aos cubanos, uma política ignóbil e covarde, que não leva a lugar nenhum, porque nunca poderão derrotar um povo com orgulho de sua soberania e de seu sistema social e político que constrói com o esforço e sacrifício da maioria.
#EliminaElBloqueo
Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
https://www.cubaenresumen.org/2021/06/los-seis-meses-de-biden-cuba-y-las-veladas-promesas/
Retirado do cubano El Adversario / foto da capa: AF
Vídeo irônico sobre os EUA e como descobrem os verdadeiros "terroristas" :
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